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terça-feira, 10 de abril de 2018

Golfinhos aparecem em Itacoatiara



Flagrados pela câmera de um drone, na praia de Itacoatiara, cerca de 15 golfinhos-de-dentes-rugosos nadaram próximo à costa. Foto: Yago d’Ávila / Valente Filmes / Divulgação



Cerca de quinze animais nadaram próximo à costa

Quem frequenta as praias de Niterói tem percebido a presença de golfinhos no mar. Segundo especialistas, esta época do ano, que abrange as estações de outono e inverno, é propícia para a aparição e a presença deles se torna comum pela orla não apenas de Niterói, mas também do Rio de Janeiro. Neste sábado, quem curtia o dia de sol na Praia de Itacoatiara, na Região Oceânica de Niterói, teve uma grata surpresa: cerca de 15 golfinhos-de-dentes-rugosos nadaram próximo à costa.

De acordo com a bióloga marinha Luiza Perin, os pesquisadores de cetáceos - animais pertencentes à classe dos mamíferos - ficam sempre atentos para o registro da ocorrência destes animais.

“Golfinhos têm hábitos gregários, ou seja, vivem em bandos, e por isto, normalmente são vistos em grupos. As espécies que se aproximam da costa costumam nadar em bandos de dezenas de indivíduos, já as que nadam mais afastadas, chegam a reunir mais de cem em um mesmo grupo”, explicou.

Liliane Lodi, pesquisadora do Projeto Ilhas do Rio, que faz o levantamento e monitoramento de baleias e golfinhos do Rio de Janeiro, afirma que os golfinhos se aproximam neste período para se alimentarem de tainhas, que também estão na época. Na sexta-feira, a equipe de pesquisadores também encontrou golfinhos.

“Essa aparição é muito comum neste período. Ainda não consegui analisar meu material de imagens e identificação individual, mas sei que pelo menos dois animais já apareceram por aqui no último ano. No grupo, tem golfinho filhotes, juvenis e adultos”, contou a especialista.

Segundo Liliane, os pesquisadores já esperavam pela aparição da espécie e estão saindo de barco toda semana em busca dos animais, que costumam nadar próximo à costa, cerca de 100 a 500 metros ou menos dos banhistas. Há registros dos animais por todo o Brasil, com presença recente em Copacabana, Leblon, Ipanema e Região Oceânica.

“Na sexta (6), vimos que um dos golfinhos estava com restos de plástico enrolado nele, o que é, infelizmente, muito comum por aqui. A espécie é curiosa e brinca com esses restos, mas a prática pode se tornar um problema sério para eles. Ainda estamos pesquisando, a partir das identificações, onde esses animais ficam durante as outras épocas, mas uma pesquisa minha mostrou aparição deles na região de Cabo Frio”, finalizou Liliane.


Fonte: O Fluminense














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