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sexta-feira, 6 de abril de 2018

LIXO MARINHO: Em Itajaí, ONU pede fim da poluição plástica durante maior regata à vela do mundo



Veleiro representa a campanha #MaresLimpos na regata e realiza ações de limpeza dos oceanos. Foto: ONU Meio Ambiente

Em abril, chega ao Brasil a maior regata à vela do mundo. A competição aportará em Itajaí, Santa Catarina, com o apoio da ONU Meio Ambiente, que entra na disputa para pedir o fim da poluição dos mares pelo lixo plástico. A agência das Nações Unidas e a Volvo Ocean Race promoverão na cidade um encontro de especialistas e atividades de conscientização. Um veleiro representará a campanha #MaresLimpos das Nações Unidas.

Em abril, chega ao Brasil a maior regata à vela do mundo. A competição aportará em Itajaí, Santa Catarina, com o apoio da ONU Meio Ambiente, que entra na disputa para pedir o fim da poluição dos mares pelo lixo plástico. A agência das Nações Unidas e a Volvo Ocean Race promoverão na cidade um encontro de especialistas e atividades de conscientização.

No dia 18, acontece o seminário técnico O futuro dos oceanos: Combate ao lixo no mar, com a participação do procurador-chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina, Darlan Airton Dias, da gerente de campanhas da ONU Meio Ambiente, Fernanda Daltro, da defensora da campanha #MaresLimpos das Nações Unidas e idealizadora do projeto Menos 1 Lixo, Fernanda Cortez, e do professor da Universidade de Aveiro, Armando da Costa Duarte, entre outros especialistas.

O evento é organizado pela Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (FAMAI), pela Prefeitura de Itajaí e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o apoio da ONU Meio Ambiente.

O organismo internacional também divulgará na cidade catarinense orientações aos visitantes, para que assumam compromissos de redução do consumo de plástico. Ações também terão como público-alvo os donos e usuários de barcos de lazer e turismo, que receberão informações sobre o descarte correto do lixo em alto mar.

Um veleiro da ONU

No mar, o veleiro Team Clean Seas será uma das sete embarcações disputando a regata. A equipe do barco, composta por mais de dez tripulantes, embarcou no torneio com a missão de recolher o lixo plástico marinho encontrado durante o percurso de 45 mil milhas náuticas. A Volvo Ocean Race passará por quatro oceanos, cinco continentes e 12 cidades.

“A poluição plástica é um problema global que precisa de solução global. A passagem da Volvo Ocean Race pelo Brasil, com foco na campanha Mares Limpos, é uma oportunidade de chamar a atenção de diversos setores da sociedade para o tema e, quem sabe, ver a comunidade e as empresas locais se engajando e assumindo compromissos por um planeta sem lixo em nossos rios e oceanos. Por exemplo, promovendo ações voltadas para educação e mudanças de comportamentos tanto da sociedade civil como de todos os setores envolvidos na produção do plástico e na gestão de resíduos”, afirma Denise Hamú, Representante da ONU Meio Ambiente no Brasil.

Tecnologias sustentáveis

A Volvo Ocean Race também apresentará o Veleiro ECO, primeiro do Brasil desenvolvido para expedições e pesquisas oceanográficas. O modelo foi produzido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e conta com tecnologia de ponta. A embarcação permite a coleta e análise de dados com custo reduzido para estudos sobre mudanças climáticas e diversidade marinha.

O barco estará aberto para visitação a partir de 15 de abril e detalhes também serão apresentados em um estande especial dentro do Itajaí Stopover. “Após a Volvo, faremos a primeira grande expedição oceanográfica do Veleiro ECO, rumo à Ilha da Trindade, Arquipélago de Martin Vaz e Arquipélago de São Pedro e São Paulo, para análise das comunidades planctônicas”, explica a gerente de operações do projeto Veleiro ECO, Andréa Green Koettker.

Outra ação em prol do meio ambiente promovida na Volvo Ocean Race será o oferecimento de copos reutilizáveis. Esses copos são considerados 25 vezes mais ecológicos que os descartáveis. Durante o evento, será possível adquiri-los por cinco reais, valor que será deixado no guichê de retirada como um caução. Após o uso, a pessoa pode devolver o utensílio e pegar o dinheiro de volta ou, se preferir, levar para a casa.

“O maior impacto está na produção, onde os recursos naturais necessários são praticamente os mesmos para copos descartáveis e reutilizáveis. A grande diferença é que os descartáveis são usados uma única vez. Já os reutilizáveis, centena de vezes”, explica Manuela Angelim, representante da Meu Copo Eco. Ela conta que até o processo de serigrafia possui tinta que não libera gases tóxicos.

Fonte: Nações Unidas no Brasil








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