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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Réveillon do Rio injetou 1,94 bilhões na economia e trouxe 11,4% a mais de turistas



O ministro Sérgio Sá Leitão e os números do réveillon: aumento do número de turistas - Gabriel Paiva / Agência O Globo



Réveillon do Rio movimenta R$ 1,94 bilhão


O fluxo de turistas no Rio de Janeiro no período do Réveillon, primeiro evento do calendário Rio de Janeiro a Janeiro, aumentou 11,4% em relação ao ano passado. No total, 707 mil turistas passaram pela cidade e injetaram R$ 1,82 bilhão na economia carioca. Incluindo os investimentos na organização da festa, o impacto chegou a R$ 1,94 bilhão. Esse movimento gerou 49 mil postos de trabalho – 9,3% a mais do que na edição passada – e R$ 115 milhões em tributos para o Rio.

Os dados fazem parte de pesquisa inédita encomendada pelo Ministério da Cultura (MinC) à Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o perfil de consumo do turista durante o Réveillon no Rio de Janeiro. O levantamento foi apresentado nesta quarta-feira, em entrevista coletiva com a participação do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão; do secretário de Economia da Cultura do MinC, Mansur Bassit; do coordenador da pesquisa na FGV, Luiz Gustavo Barbosa; do vice-presidente da Riotur, Lúcio Macedo; do diretor do BNDES, Carlos Alexandre da Costa; e do vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Paulo Michel.


"Incluindo os investimentos na organização da festa, o impacto chegou a R$ 1,94 bilhão. Esse movimento gerou 49 mil postos de trabalho – 9,3% a mais do que na edição passada – e R$ 115 milhões em tributos para o Rio".

O resultado mostra o impacto econômico das atividades culturais em um dos maiores eventos internacionais realizados no Brasil. "Os resultados foram muito além do que esperávamos", disse Sá Leitão. Para o ministro, a pesquisa da FGV validou os critérios do programa Rio de Janeiro a Janeiro: "Esses resultados mostraram que as premissas com as quais trabalhávamos, ou seja, de que eventos como o Réveillon têm uma alta capacidade de atração de turistas, de geração de renda, de geração de emprego e podem contribuir para o desenvolvimento da cidade e do estado, estão corretas. Os resultados são muito expressivos e nos deixam otimistas em relação à continuidade do Rio de Janeiro a Janeiro".

ACESSE OS DADOS AQUI: Leia a apresentação com os dados da pesquisa 

A pesquisa também mostra a visibilidade que as atividades criativas no Brasil ganham nestes eventos, alavancando a internacionalização da cultura brasileira. Dos 707 mil turistas que passaram a virada do ano no Rio, 614 eram brasileiros e 93 mil, estrangeiros. Os brasileiros eram majoritariamente de São Paulo (41,4%), seguido de Minas Gerais (16,3%). Do exterior, a maioria era da Argentina (33,1%), seguida da Europa (21,4%). No total, 2,4 milhões de pessoas passaram pelas areias de Copacabana durante a festa da virada do ano.

"Dos 707 mil turistas que passaram a virada do ano no Rio, 614 eram brasileiros e 93 mil, estrangeiros. Os brasileiros eram majoritariamente de São Paulo (41,4%), seguido de Minas Gerais (16,3%). Do exterior, a maioria era da Argentina (33,1%), seguida da Europa (21,4%)".

Atraídos pelo tradicional evento carioca, os brasileiros ficaram em média cinco dias no Rio de Janeiro e gastaram em média R$ 287,45 por dia. Os estrangeiros passaram um dia a mais na capital carioca e gastaram, em média, R$ 329 por dia. Os meios de hospedagem atingiram 98% de ocupação.

"...os brasileiros ficaram em média cinco dias no Rio de Janeiro e gastaram em média R$ 287,45 por dia. Os estrangeiros passaram um dia a mais na capital carioca e gastaram, em média, R$ 329 por dia. Os meios de hospedagem atingiram 98% de ocupação".

Boa parte dos turistas brasileiros se hospedaram na casa de amigos (35,4%). Outros 31,9% ficaram em hotéis, pousadas e albergues; 25,6% alugaram casas; 3,6% ficaram em navios e 3,2% em casas próprias. Entre os estrangeiros, 47,5% ficaram em hotéis, pousadas e albergues; 27,2% em casas alugadas; 11,1% na casa de amigos ou parentes; 3,2% em navios e 1% em casa própria.
Rio de Janeiro a Janeiro

Coordenado pelo Ministério da Cultura em parceria com outros ministérios (Desenvolvimento Social, do Turismo e do Esporte), governos do estado e do município, iniciativa privada, empresas estatais e sistema "S", o programa Rio de Janeiro a Janeiro visa contribuir para a revitalização econômica do estado do Rio em 2018. O objetivo é criar oportunidades de emprego e renda no Rio de Janeiro, considerando sua vocação para as atividades criativas e o turismo.

O segundo evento do calendário do Programa é a Corrida de São Sebastião, que será realizada no dia 20 de janeiro. Outros 93 eventos já foram selecionados para o calendário – todos tradicionalmente conhecidos por seu alto potencial de geração de emprego e renda nas áreas de economia criativa, turismo, esporte e negócios.

Ainda se inscreveram para entrar no calendário do Rio de Janeiro a Janeiro 678 projetos de eventos. Os selecionados serão divulgados até o fim de janeiro. Eles poderão ter patrocínio das estatais e usar as leis de incentivo ao esporte e à cultura para serem executados. Serão disponibilizados R$ 1 bilhão de todos os apoiadores que fazem parte do Programa, sendo R$ 150 milhões do governo federal. Outros R$ 50 milhões serão aplicados na divulgação do programa.

O Rio de Janeiro é a porta de entrada dos turistas no Brasil. Segundo estudo da FGV, um incremento de 20% no fluxo de turistas tem impacto de R$ 6,1 bilhões na economia do estado e gera 170 mil novos empregos.

"As atividades criativas respondem por 3,9 % do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense e o turismo, por 4%. Já as atividades ligadas ao turismo representaram 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro".

As atividades criativas respondem por 3,9 % do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense e o turismo, por 4%. Já as atividades ligadas ao turismo representaram 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O setor de viagens e turismo no Brasil empregou diretamente, em 2016, 2,5 milhões de pessoas, 2,8% do total de empregos. A projeção é que, nos próximos 10 anos, haja um crescimento anual de 2,4% dos empregos no setor, chegando em 2027 a 3,2% do total de empregos no Brasil.

Assessoria de Comunicação. Ministério da Cultura

Fonte: Ministério da Cultura









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