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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Comperj: chance de novo começo em 2018



Comperj: paralisação das obras reduziu receita, que deve crescer com retomada do empreendimento. Arquivo


Vinícius Rodrigues


Retomada das obras em 2018 promete alavancar arrecadação de Itaboraí em mais de 50%, prevê o prefeito

Entre 2013 e 2015, o município de Itaboraí arrecadou quase R$ 800 milhões de ISS (Imposto Sobre Serviço). Já em 2016, esta arrecadação despencou para R$ 33 milhões. Para o prefeito Doutor Sadinoel, a retomada de obras no Comperj em 2018, anunciada pela Petrobras, promete alavancar a arrecadação em mais de 50%.

“Acredito que a retomada das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), através da conclusão da Unidade de Processamento de Gás Natural, possa movimentar a economia da cidade e trazer um novo ciclo de crescimento. Espera-se que o montante suba para R$ 50 milhões, além de diminuir a taxa de desemprego na cidade”, declarou Sadinoel.

Entre 2013 e 2015, o município de Itaboraí arrecadou quase R$ 800 milhões de ISS (Imposto Sobre Serviço). Já em 2016, esta arrecadação despencou para R$ 33 milhões. (...) a retomada de obras no Comperj em 2018, anunciada pela Petrobras, promete alavancar a arrecadação em mais de 50%.

Para qualificar e preparar os moradores do município para as obras, que deverão ser iniciadas no segundo semestre de 2018, segundo estimativa da própria Petrobras, a Prefeitura de Itaboraí pretende angariar recursos para finalizar a construção do Instituto Federal Fluminense (IFF), que já era para estar pronto há mais de três anos.

O prefeito disse ainda que a arrecadação de R$ 200 milhões de ISS em 2018 vai possibilitar investimentos em outros setores da cidade.

“A previsão para o ano de 2018 é iniciarmos com grandes realizações, tais como a inauguração de novos postos de saúde, pavimentação de diversos bairros, inauguração de novas creches municipais, incentivar o turismo em nossa cidade, oferecer esporte e música nas escolas municipais e associação de moradores. Nossa meta é proporcionar uma melhor condição de vida para a população de Itaboraí”, prometeu o prefeito.

Casa em ordem – Entre todos os municípios do Estado que tiveram problemas de arrecadação com o setor de petróleo, Itaboraí foi um dos mais prejudicados durante o ano passado. Isso porque a cidade só arrecadou 57% dos cerca de R$ 870 milhões que estavam previstos no orçamento previsto para este ano, segundo o Portal de Transparência da prefeitura. Além da queda de receita, a atual gestão da prefeitura herdou R$ 400 milhões em dívidas da anterior, que atrasou pagamentos e deixou de pagar o 13º salário dos servidores na virada de 2016 para 2017. O futuro do maior empreendimento do município, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), também era uma incógnita no início do ano passado.

Os desafios encontrados pelo prefeito Doutor Sadinoel já começaram na posse, que não pode ser feita na sede do Executivo por falta de energia elétrica, cortada por falta de pagamento. Para mudar o quadro, o prefeito promoveu um choque de gestão que contou com o enxugamento da máquina pública em mais de 30% e um esforço para o pagamento dos servidores ativos e inativos.

“Com o compromisso de valorizar o funcionário público, já na primeira semana de gestão, a Prefeitura de Itaboraí efetuou o pagamento do 13º salário, que não foi pago pela antiga gestão. Nesta lista entraram os funcionários comissionados, estatutários e que recebem via Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Já o salário de dezembro foi pago em duas parcelas, em 15 de fevereiro e 15 de março. Também foram renegociadas as contas atrasadas de luz, telefone e internet, além de resolução sobre os contratos e licitações”, pontuou o prefeito Sadinoel.

Apesar das dificuldades, com a casa arrumada investimentos começaram a ser feitos. Na área da Saúde, a administração do Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior foi passada para a Associação Mahatma Gandhi, uma troca que, segundo a prefeitura, gerou uma economia de R$ 800 mil mensais aos cofres da prefeitura. Outra ação foi reabrir o Atendimento Médico de Emergência (AME) em Itambi, que realizou quase 2,8 mil atendimentos nos primeiros 40 dias de funcionamento.

“Ainda temos muita coisa para fazer, mas acredito que teremos um 2018 bem melhor do que 2017. Foi só o primeiro ano de gestão. Vamos continuar trabalhando”, prometeu o prefeito Sadinoel, apostando na retomada das obras no Comperj.


Fonte: O Fluminense



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