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domingo, 10 de dezembro de 2017

Entrevista de Martine Grael sobre a mais dura etapa da Volvo Ocean Race



Terceira etapa da Volvo Ocean Race promete ser a mais dura até agora

Ventos fortes são previstos para o início da regata entre a Cidade do Cabo até Melbourne.


Para assistir ao vídeo, acesse aqui Martine na VOR

A terceira etapa da Volvo Ocean Race começa neste domingo (10) prometendo ser uma das mais difíceis para as sete equipes que disputam a competição de Volta ao Mundo. O barcos partem da sul-africana Cidade do Cabo para Melbourne, na Austrália, para 6.500 milhas náuticas nos mares do sul.

E logo de cara, os velejadores terão pela frente ventos fortes de até 40 nós. O famoso “Cape Doctor”, vento que sopra do Sudeste durante os meses de verão, dará o tom de cara. Depois é a vez dos ventos da Latitude 40. As ondas gigantes e o frio intenso também fazem parte da perna.




''Na verdade estou bem nervosa para essa próxima perna, pois nunca fiz isso antes e fazer em competição é muito intenso. É uma etapa que passa pelos mares do sul com uma quantidade de risco muito grande envolvido. São ondas varrendo o barco e a pressão da água forte. As ondas mais a velocidade do barco tornam a travessia bastante difícil e perigosa! Até pequenas lesões podem se tornar um problema durante a regata! É uma perna muito fria, dura e longa. Uma dessas etapas que fazem as lendas'', disse a brasileira Martine Grael, integrante do AkzoNobel.

"Pode ter muito vento durante a primeira semana e altas velocidades", concordou Charles Caudrelier, comandante do Dongfeng Race Team. "Eu acho que vai ser uma perna fantástica".

O holandês Bouwe Bekking, do Team Brunel, também opinou sobre a terceira etapa. "Devemos lembrar que é o final da primavera, apenas no início do verão e o inverno acabou de passar no Hemisfério Sul, de modo que a água ainda está fria", disse o veterano. ''Essa era a perna que tinha mais quebra. Os barcos hoje são mais fortes do que antes, mas ainda assim as coisas podem acontecer".

Decidir quando imprimir mais velocidade e quando reduzir para proteger a tripulação e o equipamento é um equilíbrio que precisa ser adotado. A etapa é importante, pois esta é a primeira a valer dobrado. O vencedor irá somar 15 pontos (7 x 2 = 14 mais um bônus de 1 ponto).

"Eu acho que temos muita experiência em nosso barco e temos que confiar nessa experiência nos mares do sul", explicou Charlie Enright, do Vestas 11th Hour Racing. ''Para terminar primeiro, você deve primeiro terminar a prova em Melbourne".


Fonte: Volvo Ocean Race










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