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sábado, 25 de março de 2017

NITERÓI INTENSIFICA REFLORESTAMENTO: Horto do Fonseca já tem nove mil mudas semeadas











COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

A Prefeitura de Niterói desenvolve um programa de reflorestamento de encostas que, apesar de permanente, tem avançado sem a velocidade necessária. No momento, um amplo e ambicioso programa de reflorestamento está sendo planejado priorizando várias áreas da cidade, particularmente na Região Norte de Niterói.

Em paralelo, implantamos o programa Niterói Contra Queimadas e o GECOPAV-Grupo Executivo para o Crescimento Ordenado e Proteção às Áreas Verdes, que previne a ocupação irregular das áreas de encostas e áreas de risco.

O trabalho de reflorestamento de encostas promove as seguintes vantagens para a cidade:
  • SEGURANÇA DAS ENCOSTAS: Protege da erosão superficial, prevenindo ou minimizando riscos geotécnicos (deslizamento de encostas). Devido às características geológicas do revelo de Niterói, é muito comum a presença de matacões e pequenas rochas que mediante chuvas ou outros fatores naturais ou por causa humana, podem se deslocar e descer perigosamente a encosta afetando residências e logradouros públicos, colocando a população em risco. A presença da floresta diminui os riscos, principalmente nos casos de rochas menores.
  • PREVENÇÃO DE ENCHENTES: a floresta retém água e em ocasiões de chuvas mais fortes, evita que haja um rápido escoamento de águas, que ao chegar às áreas mais baixas da cidade provocam o transbordamento de rios e enchentes de logradouros e áreas urbanas.
  • PREVENÇÃO DO ASSOREAMENTO: a floresta evita a erosão e o carreamento de sedimentos para os rios, para as drenagens naturais ou drenagens urbanas, causando o assoreamento. Rios e drenagens assoreados são mais susceptíveis à inundação. Para preveni-la, a Prefeitura se vê obrigada a promover com frequência a limpeza e o desassoreamento de rios, que é um trabalho caro e exige muito esforço das equipes de trabalhadores da Prefeitura.
  • CLIMA E CONFORTO TÉRMICO: encostas desmatadas refletem muito mais calor e aquece os bairros próximos. Com mais calor, aumenta a despesa com ar-condicionado em imóveis e veículos.
  • DESMATAMENTO E FOGO: os incêndios em vegetação, exceto nos casos de raios - praticamente a única hipótese de ignição natural, sempre tem origem humana e são a maior causa de destruição de florestas. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, áreas desmatadas são rapidamente ocupadas pelo capim-colonião, que por sua vez é altamente comburente e, portanto, susceptível ao fogo. O fogo no capim-colonião é de difícil controle, principalmente em encostas e, com frequência, incêndios iniciados em áreas de capim alastra-se para outras áreas ainda florestadas, ampliando a destruição.
  • FLORESTA E POLUIÇÃO DO AR: florestas previnem a formação de poeira e são importantes filtros para a retenção de particulados (poeira), melhorando muito a qualidade do ar. Também cabe destacar que, como vimos acima, florestas amenizam o clima e a ausência dela provoca maior aquecimento. Em locais mais quentes, veículos utilizam mais o ar-condicionado, o que aumenta o consumo de combustível. Maior gasto de combustível implica em maior emissão de gases por parte dos veículos e, considerando que o transporte é o maior responsável pela poluição atmosférica nos grandes centros urbanos. Portanto, podemos afirmar que florestas ajudam a prevenir a poluição do ar.
  • FLORESTA E LIXO: segundo estudos realizados pela Prefeitura de Niterói, a maior causa de incêndios em vegetação são a queima de lixo e balões, práticas ilegais e que precisam ser combatidas. 
  • FLORESTA E ÁGUA: o Brasil acabou de passar por uma grave crise hídrica e muitas cidades ficaram com o abastecimento de água comprometido. Sofremos as consequências da crise hídrica também na conta de energia, que foi sobre taxada devido à falta de água nos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia do país. As florestas são fundamentais para proteger os mananciais. Sem floresta, as nascentes secam. Sem as nascentes, os rios perdem a sua vazão e a natureza e o ser humano perdem a capacidade de sobrevivência.
  • BIODIVERSIDADE: florestas abrigam inúmeras espécies vegetais e atraem animais. Áreas desprovidas de florestas são pobres em biodiversidade.
  • PAISAGEM, LAZER E TURISMO: florestas são oportunidades para o lazer, recreação e para o turismo. Portanto, além de beneficiar diretamente a população, contribuindo para a qualidade de vida, florestas são indutores do turismo, gerando empregos e movimentando a economia.

Pelos motivos acima citados, a Prefeitura de Niterói criou o programa Niterói Mais Verde e tem envidado muitos esforços para proteger as áreas verdes da cidade, evitar que sejam destruídas pelo fogo e promover a recuperação das florestas nas encostas.

O reflorestamento é um trabalho árduo, de risco e muito caro. Calcula-se que para promover o plantio e fazer a sua manutenção até que a floresta se estabeleça de forma a poder desenvolver-se naturalmente, são necessários pelo menos 10 anos de manejo e tratos culturais mais intensos, consumindo-se pelo menos US$ 10 mil/hectare.

Portanto, quando se vê o fogo numa encosta, é preciso pensar que é dinheiro que está virando fumaça, que é a saúde das pessoas que está sendo prejudicada, que são empregos que estão deixando de ser gerados, e que são oportunidades para o futuro que estão sendo desperdiçadas.

Também, como vimos, recuperar florestas é necessário, é muito trabalhoso e custa muito caro. Os recursos públicos que são canalizados para reflorestar áreas que foram queimadas poderiam ser aplicados em outras necessidades da população.

Portanto, evitar queimadas é uma questão de bom-senso e de inteligência. Incêndios em vegetação precisam indignar as pessoas e esta indignação precisa ser canalizadas para ações efetivas. Uma boa forma de ajudar é participar dos cursos de Formação de Voluntários para a Prevenção de Queimadas, o chamado NUDEC-Queimadas, oferecidos pela Defesa Civil de Niterói. Saiba como participar aqui.


Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói



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Horto do Fonseca já tem nove mil mudas semeadas


Mudas suprirão parte da demanda dos projetos de reflorestamento de áreas degradadas que estão em execução ou em fase de planejamento. Foto: Leonardo Simplício / Prefeitura de Niterói



Plantas serão usadas em reflorestamento de áreas degradas

Com capacidade para produzir, por ano, cerca de 100 mil mudas de espécies de floresta nativa da Mata Atlântica, o viveiro do Horto do Fonseca está funcionando a pleno vapor. A unidade, que passou por recente processo de revitalização, através de um convênio entre a Prefeitura de Niterói e a Ecoponte, já conta com nove mil mudas semeadas e em fase de crescimento. As plantas serão usadas para o reflorestamento de áreas degradas, além de ações educacionais e sócio-ambientais.

De acordo com a bióloga e uma das responsáveis técnicas do viveiro, Cynara França, entre as primeiras espécies que estão sendo semeadas estão Jacarandá, Pitanga, Manduirana, Angico Vermelho, Tamboril e Imbuia. “A próxima espécie a ser semeada será a Pau-Ferro”, revela Cynara.

A bióloga explica que durante o ano serão realizados três ciclos de produção e, em cada um, serão liberadas aproximadamente 34 mil mudas. “Essas espécies foram escolhidas por apresentarem um crescimento mais rápido no ambiente e por se adaptarem bem ao sol. São as chamadas pioneiras”, explica ela.

O administrador Regional do Fonseca, Leonardo Reis, conta que parte da produção será encaminhada para projetos da Ecoponte e parte usada em ações na cidade, principalmente em áreas de reflorestamento. Reis diz, também, que será criado um projeto de educação ambiental no viveiro para a realização de visitas guiadas voltadas para alunos de escolas do município.

Serão dez mil mudas cedidas, anualmente, para a concessionária, por um período de cinco anos. A área onde está localizada o viveiro no Horto do Fonseca, conta, ainda, com uma sala de sementes, onde algumas delas são preparadas para um crescimento mais rápido, que é o processo conhecido como quebra de dormência, vestiário com chuveiro, almoxarifado, além de uma sala para aulas de educação ambiental.

Fonte: O Fluminense



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2 comentários:

  1. Crucial o trabalho de reflorestamento e conscientização. Pois com o reflorestamento e atuação publica inibe de uma certa forma a proliferação de favelas, desde que também haja em paralelo uma politica para que se evite a construção de casas, sob pena de termos um legado negativo cada vez maior . De outra banda todos os benefícios muito bem explicitados nesse blog.Por oportuno, apesar da boa vontade ainda vejo um pouco que incipiente dita política pública, de modo que deveria ser constante. sds,

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  2. Sobre tema ambiental, notadamente para aqueles que gostam de pássaros creio que a prefeitura deveria preparar algum convênio para preservação dos pássaros silvestres além do combate quanto á captura dos pássaros. Não sei se àqueles que porventura leiam este espaço tem a noção de que os micos, isso mesmo, os micos que por vezes alimentamos e que achamos bonitinhos E DE FATO SÃO, talvez sejam os maiores responsáveis pela diminuição dos pássaros. Na verdade esses animais foram introduzidos na mata Atlântica, sendo originário do NE .Creio que os Orgaos de controle deveriam preocupar com dita situação para poviDências ou para manejo ou de castração dos animais. att

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