Opiniões e notícias: Niterói, políticas públicas, Projeto Grael, náutica, meio ambiente, sustentabilidade, temas globais e outros assuntos.
OUTRAS PÁGINAS DO BLOG
▼
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Concentração de CO2 passa 400 ppm em 2016
Cientistas apontam que é improvável que níveis voltem a cair novamente abaixo da marca de simbólica ultrapassada pela primeira vez em 2013
CAMILA FARIA
DO OC
O ano de 2016 está quase consolidado como aquele em que a concentração de dióxido de carbono no globo ultrapassou oficialmente a barreira simbólica de 400 partes por milhão. Valores diários e semanais da medição do Observatório do Mauna Loa (Havaí) durante setembro, mês característico por ser um dos mais baixos em concentração de CO2, têm se mantido acima de 400 ppm, e cientistas preveem que devem finalizar o mês em 401 ppm. Os valores de setembro costumam estar entre os mais baixos do ano devido ao crescimento de plantas que, na primavera e no verão do hemisfério Norte, auxiliam na absorção do gás ao fazer fotossíntese. Já no outono (estação que começa em setembro no norte do planeta), pico sazonal do ciclo, as mesmas plantas perdem suas folhas, que se decompõem e liberam o carbono absorvido para a atmosfera.
De acordo com Ralph Keeling, cientista do Instituto Scripps de Oceanografia, responsável por medir a variação na concentração do principal gás de efeito estufa no Mauna Loa, evidências das últimas duas décadas apontam que os níveis de concentração até podem diminuir em outubro, mas não o suficiente para que fiquem abaixo de 400 ppm. E, até novembro, quando o ciclo retorna a valores tradicionalmente mais elevados, a previsão é de um novo recorde e uma possível quebra de outra barreira: a de 410ppm. “É possível que vejamos breves retornos a valores mais baixos, mas parece seguro concluir que não veremos um valor mensal abaixo de 400 ppm neste ano, ou novamente por um futuro indefinido”, escreveu Keeling no site do instituto.
A informação é preocupante: nos últimos 800 mil anos, os níveis de concentração jamais ultrapassaram 280 a 300 ppm, tendo atingido 400 ppm pela primeira vez no ano de 2013, durante o pico sazonal do outono. Em 2015, o planeta fechou o ano com valores de 400,9 ppm. Trazendo estes números para a realidade de nossa rotina, eles representam um aumento cada vez maior no aquecimento do planeta. Modelos climáticos sugerem que atingir algo em torno de 550 ppm faria o planeta esquentar 3 graus Celsius. Nem precisamos ir tão longe: para manter a temperatura em limites nos quais a humanidade possa se adaptar, é preciso limitar a concentração a, no máximo, 450 ppm.
Fonte: Observatório do Clima
-------------------------------------------------------
LEIA TAMBÉM:
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Sai acordo sobre emissões de aviação
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Pesquisadores apresentam projeções para extremos climáticos no Sudeste brasileiro
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Prefeitura cria o Grupo Executivo de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas de Niterói (GE-CLIMA)
Defesa Civil de Niterói alerta para ressaca até esta terça-feira
ABERTURA DA RIO 2016: Pesquisador da USP analisa a dimensão e a importância da mensagem ambiental do evento
QUEIMADAS: Inpe alerta para aumento de 65% no número de queimadas florestais em 2016
NITERÓI RESILIENTE: Defesa Civil capacita alunos da rede municipal para situações de risco
AMAZÔNIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: estrutura mais alta que a Torre Eiffel começará a monitorar floresta
Outras postagens
POLUIÇÃO DO AR: Secretaria Estadual do Ambiente lança 2º Inventário de Emissões Veiculares
Prefeitura de Niterói implanta sistema de monitoramento da qualidade do ar na Região Oceânica
Quanto custa a transição para energia limpa no Brasil?
BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: “Florestas pobres em biodiversidade se tornam emissoras de gases de efeito estufa”, afirma pesquisador
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua. Deixe aqui a sua crítica, comentário ou complementação ao conteúdo da mensagem postada no Blog do Axel Grael. Obrigado.