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sábado, 19 de março de 2016

Inea identifica mais de 100 espécies endêmicas de aves no Parque Estadual do Desengano


A vistoria abrangeu 7 km de trilhas na região da Morumbeca dos Marreiros. Foto INEA

Os agentes flagraram um girau, estrutura utilizada por caçadores. Foto INEA.


Mais de 100 espécies endêmicas de aves da Mata Atlântica foram observadas por guarda-parques do Parque Estadual do Desengano, administrado pelo Inea, entre os dias 7 e 9 de março, em sete quilômetros de trilhas percorridas na região. A ação de monitoramento realizada na área conhecida como Morumbeca dos Marreiros, no município de Santa Maria Madalena, região Norte Fluminense, teve como objetivo a proteção da biodiversidade local.

O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, destacou o trabalho realizado pelos guarda-parques na área de conservação estadual:

“O monitoramento de trilhas é fundamental para estarmos atentos a preservação da fauna e flora local, inibindo atividades ilegais, como a caça, e estimulando o ecoturismo na região”, disse o secretário.

Ponto culminante do parque estadual, com 1761 metros de altitude, a Pedra do Desengano foi um dos locais estratégicos para a observação de exemplares da fauna e flora. Os agentes percorreram quase quatro quilômetros de trilhas até alcançar o cume da Pedra, de onde puderam constatar a permanência de plantas endêmicas e observar a presença de espécies típicas da fauna local.

Um dos exemplares de destaque observado durante a atividade foi o cateto (Tayassu tajacu), espécie de porco-do-mato, ameaçado de extinção no Estado do Rio. As aves foram o principal foco do monitoramento devido à facilidade de se adequarem às mudanças de ambiente.

“Essa atividade de monitoramento é importante por diferentes aspectos: observamos que a fauna e flora permanecem intactas, temos a possibilidade de coibir atos ilícitos, como a atividade de caça, e os visitantes, por sua vez, se sentem seguros ao avistar a equipe do parque percorrendo as trilhas”, explicou o chefe do PED, Carlos Dário.

Durante o trajeto percorrido na mata, os agentes ambientais ainda flagraram um girau, artifício utilizado por caçadores para prática ilícita de abate de animais com armas de fogo.

Com 22.400 mil hectares, o Parque do Desengano é a mais antiga unidade de conservação estadual, cobrindo áreas de Mata Atlântica dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense.

A trilha para a Pedra do Desengano é um dos atrativos indicados pelo "Guia de trilhas para a Pedra do Desengano", disponível no link:

http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwff/mde0/~edisp/inea_014692.pdf.

Esta trilha é indicada, devido ao seu nível de dificuldade, a ser feita conjuntamente com um condutor de visitantes do PED.

Fonte: INEA






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