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domingo, 6 de dezembro de 2015

DUAS GERAÇÕES DE HERÓIS OLÍMPICOS


COMENTÁRIO AXEL GRAEL:

A simpática matéria de Matheus Oliveira, publicada com grande destaque e chamada de capa, hoje (06/12/2015), no jornal O Fluminense, bem espelha o orgulho da nossa família em ver a nova geração de velejadores (Marco e Martine Grael)trilhando o mesmo caminho aberto por Torben e Lars e, antes disso, pelos nossos tios Axel e Erik Schmidt, tricampeões mundiais da Classe Snipe, medalhistas pan-americanos e também ex-atletas olímpicos.

As únicas correções a se fazer ao texto é que Torben (na classe Star) e Lars (na Classe Tornado), já haviam conquistado medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.

Axel Grael



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DUAS GERAÇÕES DE HERÓIS OLÍMPICOS

Os irmãos Lars Grael e Torben Grael, medalhistas olímpicos na vela, conversam com Marco e Martine Grael.
Foto: Lucas Benevides


Matheus Oliveira
 
Família Grael repete, com Martine e Marco nas Olimpíadas de 2016, o feito que Torben e Lars alcançaram nos Jogos de Atlanta

No ano de 1996, em Atlanta, dois irmãos gravavam seus nomes na história do esporte conquistando na mesma Olimpíada, medalhas na vela brasileira. Vinte anos depois, dois jovens com o mesmo sobrenome tentam repetir o feito e seguir mantendo o legado da família. O nome que os une: Grael.

Após Torben ter conquistado o ouro na classe Star, ao lado de Marcelo Ferreira, e seu irmão Lars ter alcançado o bronze na Tornado junto a Kiko Pelicano, a família novamente terá dois representantes nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro: Martine e Marco Grael, filhos de Torben, que também estará presente como coordenador técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela).

Maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos, Torben Grael comentou que a família sempre esteve junto em edições anteriores de Jogos Olímpicos.

“A sensação é diferente quando não estivemos juntos, pois desde o princípio a gente estava próximo em edições das Olimpíadas. Fomos a quatro Jogos Olímpicos em família e outros dois em que o Lars foi como coordenador técnico. Eu nunca soube o que era ir aos Jogos sem o Lars. Teve uma Olimpíada em que meu tio, o Eric Grael (NOTA: o nome correto é Erik Schmidt), também estava presente. E agora estão indo o Marco e a Martine, representando a família”, afirmou.

Lars destacou ainda que fora das regatas eles sempre trocaram experiências e sugestões para alcançarem bons resultados nas competições.

“Dentro de água era impossível, pois nossas classes competiam em raias diferentes. Mas em terra, a gente sempre trocava informação sobre o que deu certo ou errado. E ouvir a opinião de cada um de como encarar a próxima regata era frequente”, disse o ex-iatista que possui duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos em Seul, em 1988, e Atlanta, em 1996.

Torben destacou ainda que a presença do irmão, pela experiência e o conhecimento, foi muito importante em suas conquistas olímpicas.


Capa de O Fluminense, 06/12/2015.


Lars se mostrou orgulhoso com o feito de seus sobrinhos.

“Vejo isso com muito orgulho, pois há 20 anos nós conquistamos medalhas juntos e tenho a sensação de passar o bastão para eles em 2016. E tenho muita satisfação em ver essa renovação e os meninos chegando aos Jogos”, declarou.

A caçula do grupo, Martine Grael, que competirá na categoria 49erFX, classificou como a realização de um sonho a disputa das Olimpíadas na capital fluminense.

“Eu penso que disputar a Olimpíada em casa é um sonho e não algo maior do que realizar isso. Acredito que chegar nessa disputa com um nível alto é a realização de um grande objetivo”, avaliou Martine.

Marco Grael, que veleja ao lado de Gabriel Reis na classe 49er, destacou que ainda é necessário trabalhar muito para seguir os passos do pai e do tio na história do maior evento esportivo do planeta.

“Tem muita coisa que a gente precisa fazer para chegar na Olimpíada pensando em seguir os passos deles. Eles conseguiram excelentes resultados e acho que as conquistas do meu pai são feitos quase impossíveis de se alcançar, mas estamos indo para a Olimpíada com vontade de ganhar, não vamos lá para perder. Vamos fazer o nosso melhor e a pressão maior será nossa sobre nós mesmos”, revelou.

Torben ainda avaliou se esta pressão de disputar os Jogos no Rio será maior para os atletas brasileiros.

“A Olimpíada é uma competição que tem uma pressão maior, mas no caso da vela, fora dos Jogos, ela não está muito no noticiário. Mas quando você tem os Jogos, até pelos resultados, existe o interesse maior. Não sei se isso tem uma grande influência. A questão é você ir bem preparado e fazer o melhor que pode para conseguir superar isso”, avaliou.

Quanto às Olimpíadas, Martine avaliou ainda que os 20 primeiros times de sua classe possuem chances de medalha, enquanto Marco ressaltou que no masculino existe um domínio dos neozelandeses Peter Burling e Blair Turke.

Neste encontro de gerações, a família Grael mostrou que fez e seguirá fazendo história no esporte brasileiro.

Fonte: O Fluminense






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