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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Secretaria do Ambiente apreende 150 quilos de sardinha. Material apreendido alimentará pinguins


Coronel Padrone, coordenador da CICCA, alimenta pinguins. Pescado será doado para centro de reabilitação que recebe pinguins resgatados nas praias do Rio de Janeiro
Foto: Divulgação

Operação de combate à pesca e ao comércio de sardinha no período de defeso terminou com três pessoas presas em flagrante

Três pessoas foram detidas em flagrante e 150 quilos de sardinha foram apreendidos na operação realizada na madrugada desta quinta-feira (9), nas imediações do Mercado São Pedro, no Centro de Niterói, pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), através da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), em conjunto com a Polícia Ambiental, para combater a pesca e comércio de sardinha, por conta do período de defeso.

O defeso da sardinha (Sardinella brasiliensis) na Região sudeste é dividido em dois períodos: inverno, quando tem como objetivo permitir a reprodução da espécie; e verão, para possibilitar o crescimento do pescado até o tamanho ideal para captura. No inverno, ele começa no dia 15 de junho e vai até 31 de julho. Já durante no verão, vai de 1º de novembro a 15 de fevereiro.

Juscelino da Silva, de 56 anos, Jorge Ribeiro, 62, e Oswaldo Carlos da Silva Menezes, 63 anos, foram detidos em flagrante comercializando os 150 quilos de sardinha que foram apreendidos.

Todo o pescado será doado para a faculdade de veterinária Estácio de Sá, em Vargem Pequena. A faculdade é o único centro de reabilitação do estado apto a receber pinguins resgatados nas praias do Rio de Janeiro, recebendo cerca de 1.600 animais por ano. Os pinguins saem da Patagônia Argentina ainda muito jovens e vêm para no Brasil geralmente nesta época do ano (de julho a setembro).






Segundo o coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, os pinguins aparecem nas praias do Rio de Janeiro bastante debilitados, passam fome pelo caminho, chegam muito magros, hipotérmicos e desidratados. Durante o processo de recuperação, eles comem muito, cerca de 1 quilo por dia, e é fundamental que o peixe utilizado na alimentação seja muito rico em gordura, como é o caso da sardinha.

O Centro de reabilitação da faculdade Estácio de Sá trabalha com animais de vida livre, sempre com o objetivo de recuperar os animais para devolver ao seu ambiente selvagem natural e é um centro que não tem fins lucrativos.

Os três detidos foram encaminhados a 76 ª DP (Centro), onde foram autuados em flagrante e poderão ter uma pena de detenção de um a três anos, além da multa de R$ 700, com acréscimo de R$ 10 por quilo apreendido.

Fonte: O Fluminense







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