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terça-feira, 7 de abril de 2015
Seminário Cidade Resiliente: Niterói vai atualizar mapeamento de áreas de risco
Trabalho terá cooperação da UFRJ e da UFF
A Prefeitura de Niterói realizou na manhã desta terça-feira (07/04) o seminário "Cidade Resiliente - Cinco Anos do Bumba". Durante o evento, a municipalidade apresentou um balanço de ações que foram tomadas nos dois últimos anos para a prevenção e redução do impacto de chuvas na cidade, como as obras de contenção de encostas, modernização da Defesa Civil, criação de novas áreas protegidas, entre outras.
O vice-prefeito Axel Grael anunciou durante o seminário que, por meio de uma cooperação com as universidades federais Fluminense (UFF) e do Rio de Janeiro (UFRJ), a Prefeitura vai realizar a revisão da carta de risco das encostas na cidade que permitirá a atualização do mapeamento que existe hoje.
"Vamos trabalhar com uma base cartográfica de Niterói na escala 1:2000, muito mais detalhada, que vai nos permitir dizer quais famílias vivem em áreas de risco ou não", afirmou.
Axel enumerou algumas das ações feitas nos últimos anos como a criação do programa Niterói Mais Verde, que criou dois mosaicos (Norte e Sul),e elevou de 26% para 43,5% o percentual de áreas protegidas na cidade, a implantação do projeto Niterói Sem Queimadas, com um plano de contingenciamento contra incêndios em vegetação e o projeto PRODUIS, financiamento obtido junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que vai permitir obras de urbanização de comunidades como São José (Fonseca) e Igrejinha (Caramujo).
O subsecretário municipal de Defesa Civil, major Walace Medeiros, destacou a tecnologia implantada como 30 sirenes instaladas em 25 áreas de risco na cidade, uma rede de 26 pluviômetros, que permitem em tempo real verificar as intensidades das chuvas, os Nudecs (Núcleos de Defesa Civil em comunidades), aumento do efetivo do órgão e a estação meteorológica no Parque das Águas, no centro, que possibilita a divulgação de boletins sobre as condições do tempo com dois dias de antecedência.
Durante o seminário, também foram apresentadas também as cerca de 50 obras de contenção de encostas que foram feitas ou estão em andamento na cidade como na Rua Machado, no Caramujo, ruas Ponte Ribeiro, Manoel Correa e avenida Princesa Isabel no bairro de Fátima, morros do Palácio (Ingá) e Holofote (Fonseca), Grota do Surucucu (19 pontos), Estrada Francisco da Cruz Nunes, Quebra Mar de Jurujuba, Igrejinha (Largo da Batalha), Bombeiro Américo (Caramujo), Morro do Bonfim (Fonseca), Monan Grande e PACs do Capim Melado, Vila Ipiranga e Morro da Cocada.
A Emusa (Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento) anunciou ainda que obras em outros 15 pontos estão em fase de planejamento como a Travessa Beltrão (Santa Rosa), Rua Moacir Padilha (Morro do Estado), Morro da Biquinha (Jurujuba), Rua Gustavo Moreira (Morro do Céu), Alameda Custódio Esteves (Santa Bárbara), Avenida 22 de Novembro e Travessa Nossa Senhora de Lourdes (Cubango); Morro Boa Vista (São Lourenço); Rua do Bonfim (Fonseca); Ponte de Pedra (Grota do Surucucu); Estrada da Cachoeira, Campo da Barreira, Estrada Nossa Senhora de Lourdes, Rua Ludovico José da Rocha (Maceió) e Travessa Mioti (Santa Rosa).
O vice-prefeito afirmou que Niterói hoje tem planejamento para enfrentar problemas causados pelas chuvas.
"Hoje temos tecnologia, planejamento para evitar tragédias como a do Bumba. Desde 2013, implantamos uma rede de pluviômetros, sirenes e Núcleos de Defesa Civil nas comunidades. Antes, não tínhamos nada disso. Antes, quando chovia forte, não havia outra coisa a fazer senão esperar por um telefonema com uma má notícia. Não havia capacidade nenhuma de gestão de crise. Hoje, temos uma das melhores malhas de monitoramento de chuvas e situações de emergência, equipamentos modernos para fazer a comunicação entre a prefeitura e as comunidades. O Cisp, que terá como foco a segurança pública, contará também com o gerenciamento de todas as informações meteorológicas, dados dos pluviômetros. O cenário é diferente. Além disso, captamos recursos para obras de contenção de encostas", explicou.
De acordo com Axel, há uma grande preocupação com as famílias que vivem em áreas de risco.
"Niterói planejou o maior programa de habitacional de sua história. Até o fim deste ano, serão entregues cerca de 1.400 unidades habitacionais de interesse social. Até o final de 2016, serão contratadas 5.000 unidades. Com isso, todas as famílias que estão em áreas de risco terão opção de moradia digna e segura", opinou.
Fonte: Prefeitura de Niterói
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