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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

BAÍA DE GUANABARA - Inea e UFRJ monitoram bactéria KPC desde 2013




A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Isaura Frega, afirmou nesta terça-feira (16/12) que a bactéria KPC não oferece risco à saúde dos banhistas. Ela ressaltou, em entrevista coletiva, que o instituto faz um rigoroso monitoramento das condições de balneabilidade das praias, com boletins divulgados duas vezes por semana para as praias da Zona Oeste à Zona Sul.

- É importante que as pessoas acompanhem e sigam a recomendação do Inea em relação às praias e evitem as que estão impróprias. A bactéria KPC é agressiva em hospitais, mas não resiste à água salgada e à luz do sol - disse Isaura Frega.

Como a bactéria KPC havia sido identificada fora do ambiente hospitalar em outros países desde 2010, o Inea firmou uma parceria com a UFRJ para avaliar a questão em praias do Rio. O estudo, realizado pelo Laboratório de Investigação em Microbiologia Médica (LIMM) da UFRJ, identificou a bactéria nas praias do Flamengo e Botafogo.

A bioquímica e professora da UFRJ Renata Cristina Picão, responsável pela pesquisa, explicou que, como outras bactérias típicas de ambientes hospitalares, a KPC torna-se resistente a antibióticos e pode causar danos à saúde em casos de pessoas internadas e com imunidade muito baixa. "Ela não é perigosa para a saúde das pessoas com sistema imunológico íntegro", explicou a bioquímica. A pesquisa utilizou marcadores específicos para a identificação da KPC, ao contrário da análise laboratorial do Inea, que identifica grupos de bactérias.

Isaura Frega destacou que não existe registro de internação de pessoas infectadas pela bactéria KPC fora do ambiente hospitalar. "Vamos continuar com a parceria com a UFRJ e também estamos avaliando o que está sendo feito em outros paises que também promovem pesquisas sobre o tema. Mas não há motivo para alarme", disse Isaura Frega.

A presidente do Inea disse também que será feita uma fiscalização conjunta com a prefeitura no Rio Carioca em hospitais da região, para verificar se há algum caso de lançamento de esgoto in natura, o que pode estar prejudicando a balneabilidade da praia do Flamengo. Em 2014, a praia esteve imprópria para o banho em 70% dos boletins.

O gerente de Qualidade da Água do Inea, Leonardo Daemon, explicou que a praia é considerada imprópria quando existe uma elevada concentração de bactérias, independente do tipo, o que pode causar riscos à saúde. O Inea, assim como outros órgãos ambientais, segue os padrões do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para determinar a balneabilidade. De acordo com a legislação, o monitoramento teria de ser feito semanalmente, mas, no caso das praias da Zona Sul e Barra, ocorre duas vezes por semana.

Em relação a um dos locais de treino dos velejadores que treinam para as Olimpíadas, próximo à praia do Flamengo, Leonardo Daemon informou que existe um monitoramento específico para as áreas de prova, e que as condições de baneabilidade vem se mostrando adequadas.

Fonte: INEA

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Acesse as informações do monitoramento ambiental do INEA nos seguintes Boletins técnicos:





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