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domingo, 19 de outubro de 2014

Torben aproveita brechas na agenda para competir e conquistar títulos


Torben Grael e Guilherme Almeida, campeões do norte-americano de Star (Foto: Dan Phelps).



Por Leonardo Filipo
Rio de Janeiro


Treinador da seleção olímpica de vela venceu campeonato norte-americano ao lado de Guilherme Almeida e no fim do mês disputa regata de vela oceânica

A missão de comandar a vela brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016 não afastou Torben Grael das competições. Tampouco lhe tirou o ímpeto das vitórias no mar. Quando surge uma brecha na apertada agenda, o treinador e dono de cinco medalhas olímpicas volta às regatas. No último fim de semana, ele conquistou o campeonato americano da classe Star, em Oxford, ao lado de Guilherme Almeida. A dupla superou 41 barcos dos Estados Unidos, Canadá, Brasil e Argentina. No próximo dia 24, o velejador de 54 anos disputa a regata oceânica Santos-Rio.

- Estou fazendo algumas regatas de Star, como sempre fiz, só que em um nível menos intenso. Tinha dado uma paradinha e voltei como Guilherme Almeida, que me incentivou. Ser campeão teve um gostinho especial porque nunca tinha ganho o campeonato norte-americano. Ganhei cinco vezes o europeu e o sul-americano. Que eu me lembre tinha disputado o norte-americano uma vez só e fiquei em terceiro - disse Torben.

Na vela oceânica, o bicampeão olímpico está à frente do Magia V, com cinco prêmios no currículo e vice-campeão na Búzios Sailing Week 2013 e da Copa Eduardo Souza Ramos. Este ano disputou quatro regatas e além da Santos-Rio vai participar da Semana de Vela de Ilhabela e do Circuito Rio de Vela de Oceano.

Medalhas olímpicas de Torben
Prata na Soling em 1984 (com Daniel Adler e Ronaldo Senfft)
Bronze na Star em 1988
Ouro na Star em 1996
Bronze na Star em 2000
Ouro na Star em 2004 (com Marcelo Ferreira)

- Não parei, na realidade. Só estava competindo mais em oceânica. Sem muita pretensão, mais para manter a atividade. Fazemos as principais regatas do Brasil e algumas competições. Também tenho acompanhado um pouquinho o pessoal que organizou a última regata de volta ao mundo, no barco sueco feminino treinado pelo Joca (o brasileiro João Signorini).

Em relação às condições oferecidas aos atletas pela CBVela e pelo Comitê Olímpico do Brasil, Torben não tem dúvidas em apontar um avanço na época em que, apesar de a vela sempre frequentar os pódios olímpicos, o esporte sofria com a situação a então Confederação Brasileira de Vela e Motor:

- Agora estamos conseguindo dar aos atletas uma condição que eles nunca tiveram. Sempre pode ser melhor, em comparação a outras equipes de fora. Mas em comparação com o passado foi um avanço grande. A confederação teve um período que era muito inerte. A gente acabou aprendendo a se virar sozinho. Tem o lado ruim e o bom.


Fonte: Globo Esporte






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