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quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Qualidade do ar em Niterói
Texto: Raquel Morais
Foto: Ruy Machado
Após julho e agosto com qualidade do ar considerada boa em Niterói e São Gonçalo, setembro registrou um aumento nas emissões de gases poluentes, segundo o Instituto Estadual do Ambiente. As análises são realizadas em vários pontos da cidade, como Icaraí e a Serra da Tiririca. Nos dois locais, a classificação no mês passado foi regular. São medidas as emissões de ozônio e monóxido de carbono.
O primeiro, quando próximo do solo é prejudicial à saúde por ser um poluente tóxico e pode causar irritação nos olhos e mucosas, asma e piorar doenças respiratórias pré-existentes.
“O Rio e Niterói tem vantagem quando relacionadas a outras cidades, como São Paulo, por exemplo. A circulação atmosférica facilita a dispersão dos poluentes na atmosfera e essa melhora a qualidade do ar”, explicou Emannoel Vieira, estudioso do tema e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) do curso de Geoquímica.
Emannoel evidenciou ainda alguns problemas que podem estar relacionados com a poluição atmosférica, como o excesso de veículos. “Niterói e São Gonçalo são cidades que possuem um número muito alto de carros e isso influência negativamente o ar, com a liberação do gás carbônico. Acho que o órgão ambiental do estado é pouco exigente sobre esse assunto. Acho que poderia ter mais controle do ar, com redução dos poluentes industriais e rodízio de carros, por exemplo”, palpitou. Quanto a São Gonçalo, o professor foi enfático. “Niterói tem mais oceano beirando os bairros do que São Gonçalo, por isso a qualidade é um pouco menor quando comparadas as cidades, sem contar que lá tem muito mais indústrias poluentes do que Niterói”, evidenciou.
Em nota, o Inea informou que para colaborar com a qualidade do ar, a população deve manter seu veículo regulado, priorizar os meios de transporte coletivo, evitar queimar lixo ou pneus, além de plantar e preservar a vegetação ao seu redor.
Itaboraí
Já em Itaboraí o estudo do ar é feito através de estações privadas e assim como Niterói, no mês passado teve a qualidade regular com as taxas de ozônio, enxofre e CO2 de 49, 4 e 8 respectivamente. Já em agosto teve a mesma condição regular, e em junho esse quadro estava mais positivo com qualidade boa, com ozônio em escala 17 e CO2 6. Essa situação mediana do município pode ser explicada pela cidade ter o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). “Nesse município existe um volume muito grande de caminhões o que piora a qualidade do ar. Apesar de ter muita área verde é um local que sofre com esses veículos grandes poluentes, principalmente de CO2, sem contar a poeira de construção que também suja o ar”, finalizou Emannoel.
Fonte: A Tribuna
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