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sábado, 4 de outubro de 2014

Boias ajudarão no monitoramento de mudanças climáticas no litoral brasileiro


Boias maregráficas: R$ 2 milhões de investimentos.


O litoral do país será monitorado, como forma de reduzir os impactos das mudanças do clima.

Em um projeto encabeçado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a primeira boia meteo-oceanográfica do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta) foi lançada em São Sebastião (SP) e fornecerá informações ambientais coletadas por meio de radares e sensores. Até o fim do ano, outros três equipamentos do mesmo modelo devem ser instalados na área litorânea do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Financiado pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), o programa soma um investimento total de R$ 1,96 milhão. A medida promoverá o monitoramento contínuo e por décadas das propriedades meteorológicas e oceanográficas, com o objetivo de levantar informações fundamentais sobre a variabilidade local e a questão climática ao longo da costa brasileira. Os dados serão disponibilizados gratuitamente pela página virtualdo SiMCosta.



http://www.simcosta.furg.br/portal/
Clique na imagem para acessar as informações das estações.

Estações

Ao todo, 12 estações maregráficas devem ser montadas, até o fim do ano, em municípios costeiros com alta densidade populacional. A rede ficará conectada com uma plataforma do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, assim, permitirá, ainda, o monitoramento detalhado das águas e a previsão de áreas costeiras sob risco, devido ao aumento progressivo do nível do mar. “O pontapé inicial foi dado”, afirma o gerente do Fundo Clima, Marcos Del Prette. “O sistema, como um todo, vai captar a dinâmica climática e natural do oceano e da costa brasileira.”

O projeto é coordenado pela Sub-rede Zonas Costeiras da Rede Clima e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas(INCT), com sede no Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Já a rede de boias meteo-oceanográficas será mantida e supervisionada por pesquisadores de instituições de ensino superior, participantes da Sub-rede Zonas Costeiras, distribuídas ao longo da costa brasileira.

Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao MMA, ele é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.

Fonte original: Lucas Tolentino / Ministério do Meio Ambiente

Fonte: Correio do Litoral


Um comentário:

  1. Prezado Axel
    Não sei se você se recorda, mas quando você foi presidente da antiga FEEMA, cheguei a apresentar a ideia de montarmos um centro de monitoramento oceânico para o estado do Rio de Janeiro, com a mesma base tecnológica desse sistema.
    Naquela época ninguém vislumbrou a necessidade e importância do projeto e assim não foi para frente. Se naquela época tivéssemos iniciado a concretização do projeto, hoje teríamos um banco de dados consolidado e confiável para analisar as alterações climáticas e suas consequências ambientais.
    Penso que ainda existe espaço e tempo para construirmos um sistema para o Rio de Janeiro, e assim ampliarmos o monitoramento da qualidade ambiental através do monitoramento de nossas águas costeiras, ajudando assim a compreender e vigiar tão importante ecossistema.
    Atenciosamente
    Prof. Dr. Friedrich Herms
    Faculdade de Oceanografia
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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