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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Descoberta de 15 sítios arqueológicos em obra da rodovia BR 101


Em Casimiro de Abreu foram encontradas louças do final do século XIX. Foto: Divulgação


Durante obras de duplicação da BR-101, também foram encontradas áreas de ocupação histórica em Rio Bonito, Casimiro e Silva Jardim

A Autopista Fluminense, empresa do Grupo Arteris responsável pela administração da BR-101 entre Niterói e a divisa com o Espírito Santo, identificou a existência de 15 sítios arqueológicos e 34 áreas de ocupação histórica durante as obras de duplicação da rodovia nos municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Rio Bonito. As descobertas foram registradas em mapas culturais que começaram a ser entregues ontem em eventos nos municípios.

O trabalho é parte do Programa de Educação Patrimonial promovido pela Arteris. A iniciativa tem como a missão de fazer com que a população possa repensar o próprio cotidiano, assim como as relações sociais e sua paisagem, a partir de um maior reconhecimento e valorização das características de cada localidade.

“O mapa cultural vai além de mostrar o patrimônio material. Também tivemos o cuidado de registrar e reavivar o patrimônio imaterial da região. Para isso, desenvolvemos um processo colaborativo, no qual recuperamos a memória das pessoas, com as suas fábulas, contos, mitos e outras representações folclóricas”, explica o coordenador de Meio Ambiente da Autopista Fluminense, Marcello Guerreiro.

Um dos destaques do mapeamento arqueológico realizado pela Autopista Fluminense é o Sítio Arqueológico Surucucu, em Silva Jardim, no qual foram localizados vestígios de uma fazenda do final do século XIX representativa da cultura cafeeira. No espaço existe um pátio de secagem de café, muro de fundação da sede e aqueduto com tanque. Também foram encontrados vestígios de pedra lascada.

Em Casimiro de Abreu existe o Sítio Arqueológico Jiló, no qual foram localizados vestígios de louças, vasilhames cerâmicos e vidros associados ao final do século XIX e início do XX. Peças relacionadas com a ocupação indígena também foram encontradas. Em Rio Bonito, muito próximo à BR-101/RJ, está o Sítio Arqueológico Kraftig, com artefatos de pedra lascada típicos do período pré-colonial.

“A ação é parte do compromisso de responsabilidade ambiental e social da Autopista Fluminense e do Grupo Arteris. Nosso objetivo com essa e outras ações é que o desenvolvimento proporcionado pela duplicação da rodovia seja acompanhado de preservação do patrimônio histórico e da memória”, afirma o diretor superintendente da concessionária, Odilio Ferreira.

O levantamento de sítios arqueológico e áreas históricas e o mapeamento cultural fazem parte dos requisitos para o licenciamento ambiental da duplicação da BR-101/RJ. As medidas foram definidas junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Contrato – A duplicação de 176,6 quilômetros da BR-101/RJ, entre Rio Bonito e Campos dos Goytacazes, é a maior obra do contrato de concessão assinado entre a Autopista Fluminense e o Governo Federal. A obra vai proporcionar um acesso com mais segurança e fluidez aos usuários em uma região de polos turísticos importantes, como a Região dos Lagos, Serrana, Norte Fluminense e as praias do sul capixaba.

Fonte: O Fluminense


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