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domingo, 28 de setembro de 2014

Após 40 anos de espera, obras do BRT Transoceânica serão iniciadas





Uma obra aguardada há 40 anos está saindo do papel em Niterói, no Rio de Janeiro, para transformar o transporte público de massa na região. Os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Occhi (Cidades) assinaram nesta quinta-feira (25/9) com o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, a ordem de início das obras do BRT TransOceânica, principal projeto de reestruturação urbana da cidade.

A obra de mobilidade urbana integrada será realizada numa parceria do governo federal e a prefeitura de Niterói e está avaliada em R$ 310 milhões. São 9,3 quilômetros de extensão com 13 estações, dois túneis e capacidade de transportar 80 mil passageiros por dia. Inicialmente são 700 trabalhadores na obra, mas no auge dos trabalhos, esse número chegará a 1.036. O prazo de execução da obra é de 24 meses.

Veja imagens de como ficarão as obras da Transoceânica em Niterói.



"O que estamos construindo é resultado de muito planejamento", afirmou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, pouco antes de descerrar a placa de início da obra juntamente com os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Occhi (Cidades). "Essa obra é um marco porque muda o paradigma da mobilidade em Niterói. Ano que vem já teremos o túnel perfurado e em 2016 nós inauguramos. É o primeiro BHLS de Niterói. Primeiro BHLS da América do Sul", comemorou.

O prefeito disse ainda que o BRT prepara desenvolvimento sustentável de Niterói para os próximos 30 anos. Além da obra do corredor expresso de ônibus, a parceria com o governo federal significará investimentos em drenagem e pavimentação. "Essa integração com governo federal vai levar a cidade ao topo de qualidade de vida."

Para a ministra Miriam Belchior, a obra é a realização de um compromisso com a população de Niterói e contribui para gerar emprego e renda na cidade.

"Essa obra simboliza um modelo ideal de obras de mobilidade. Primeiro ela está centrada no transporte coletivo urbano. Não queremos fazer obra viária, priorizamos transporte coletivo e de massa. Esse é um centro do projeto", afirmou a ministra.

O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, destacou que o início das obras do BRT Transoceânica ocorre na Semana do Trânsito e que o projeto é simbólico do que o país precisa para melhorar o transporte público. "Temos que ter todas as alternativas de modais de transporte", disse ele, lembrando que a Transoceânica estará integrada a ciclovias, facilitando a vida de quem quiser circular pela cidade de bicicleta.



Grande parte do projeto conta com ciclovias e bicicletário nas estações. O BRT TransOceânica é um projeto intermodal, integrando ônibus, bicicletas e estação hidroviária. O tempo de deslocamento até o centro do Rio de Janeiro, que atualmente dura aproximadamente duas horas, será reduzido para 30 minutos.

O BRT terá um sistema de modal inovador no Brasil, o Bus of High Level of Service (BHLS) é um modelo de ônibus menor com portas nos dois lados, permitindo integração nos dois lados das pistas, também conhecido como 'MetroBus'. O BHLS permite que os passageiros possam embarcar em faixas que não são exclusivas e nos seus próprios bairros. Após o embarque, os ônibus retornam à faixa exclusiva.

Em setembro de 2013, Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu foram contemplados com anúncio de R$ 2,6 bilhões de recursos para obras e projetos de mobilidade urbana, fundamentais para o desenvolvimento das cidades e prioridade do governo federal. Entre os empreendimentos previstos, está a implantação da Linha 3 do Sistema Metropolitano que integrará os três municípios fluminenses.

O contrato de financiamento para o projeto foi assinado em novembro de 2013 pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.

Fonte: PAC





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