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sábado, 20 de setembro de 2014

Amigos lamentam o falecimento de Carlos Alberto Parizzi


 
Parizzi com o prefeito Rodrigo Neves, Axel Grael e a jornalista Mariana Peccicacco, durante a realização da Copa Brasil de Vela, realizado na Praia de São Francisco, em Niterói, em janeiro de 2014. Foto de Fred Hoffmann.
 
 
Parizzi deixará saudades
 
Niterói, o governo municipal, o esporte (a vela e o futebol, em particular) e a crônica esportiva perderam hoje Carlos Alberto Parizzi. E eu, perdi um grande amigo, conselheiro e um incentivador.
 
Parizzi era uma pessoa especial. Versátil, multitalentoso e com experiência profissional diversificada: tinha formação em educação física, direito, jornalismo e administração pública. Conseguia a proeza de ser subsecretário de Esportes de Niterói, comentarista esportivo na rádio e TV, colunista do jornal O Fluminense, músico, esportista, etc. 
 
Por sua postura crítica e "sem papas na língua", era conhecido no rádio, na TV e na crônica esportiva como "Parizzi: o polêmico"! A faceta de "polêmico", que o celebrizou na mídia, não existia no convívio com os amigos e na sua dimensão de gestor público e de agente político. Ali, demonstrava um perfil afável, amigo, conciliador e agregador.
 
Como nosso colaborador no governo municipal, era aquela pessoa a quem se podia confiar missões na certeza que objetivo seria alcançado. Fazia as coisas com entusiasmo, pois gostava e tinha talento para a administração pública.
 
Em 1996, quando dávamos os primeiros passos para a criação do Projeto Grael, Parizzi era a nossa "ponte" dentro do governo e fazia hercúleos esforços para que a burocracia andasse e aquele sonho se tornasse realidade. Colaborou também com o Projeto Gerson, Projeto Fernanda Keller, Projeto Gugu, Projeto Tatuí... Enfim, estava sempre onde precisavam da ajuda dele.
 
Empreendedor, ajudou a conceber e organizou com Torben Grael, Marcelo Ferreira e com a CBVela (Confederação Brasileira de Vela), em janeiro de 2014, a Copa Brasil de Vela, realizada na praia de São Francisco. O evento contou com as melhores tripulações da vela nacional e de velejadores de diversos países e foi considerado um evento teste informal para os Jogos Olímpicos de 2016. O sucesso do evento credenciou Niterói a organizar a segunda edição que acontecerá em dezembro, e que tinha mais uma vez o nosso Parizzi a frente da organização. 
 
Nesse momento, Niterói está recebendo a Etapa Niterói do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia e, mais uma vez, tivemos a participação decisiva de Parizzi na sua realização. Em outubro do ano passado, estive com os organizadores do evento no Rio de Janeiro, ocasião em que, em nome do prefeito Rodrigo Neves, portamos a proposta de trazer o evento para Niterói. Coube a Parizzi, planejar, operacionalizar os procedimentos administrativos e viabilizar o evento em Niterói. E cá estamos nós usufruindo com orgulho da Etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, que está acontecendo na Praia de Icaraí e levando, através da televisão, as imagens da nossa bela cidade para todo o país.
 
Parizzi deixará saudades, mas deixará também um inegável legado. Muito obrigado por tudo, amigo Parizzi.
 
Lembrando da sua tradicional saudação, sempre que nos encontrava: "Há tranquilidade...?", desejamos que nosso amigo encontre a merecida tranquilidade eterna.
 
Que bons ventos te recebam "lá em cima"!!!!
 
Axel Grael
Vice-prefeito de Niterói
 
 
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Lars Grael complementa as informações do texto acima sobre Carlos Alberto Parizzi
 
Em adição a nota do Axel Grael acima, complemento informações do amigo Carlos Alberto Parizzi.

Entusiasta da Vela, Parizzi teve papel fundamental na criação e consolidação do Projeto Grael.

No Circuito Rio de 1994, o ICRJ colocou em disputa o título por equipes. A disputa era entre equipes de 3 barcos com prioridade de agrupamento por clube, cidade e flotilha. Neste ano, entre barcos da regra IMS.

A Equipe de Niterói 1 era formada pelo Magia 3 (Farr 42`) de Torben Grael; H3+ (Farr 31`) de Lars Grael e pelo Expert Nit (Fast 310) de Carlos Alberto Parizzi.

O barco que parecia o menos cotado da equipe, teve atuação brilhante e com Ralphinho Vasconcellos no leme. Venceu na geral a Regata Victor Demaison (Maricás) e foi fundamental na conquista do título.

A ABVO se solidariza com familiares e amigos da Vela de Carlos Alberto Parizzi.

Lars Grael
(por e-mail)
 
 
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Jornalista esportivo Carlos Alberto Parizzi morre após sofrer infarto
 

 



Atualmente, Parizzi assinava a coluna Academia do Futebol em O FLUMINENSE. Jornalista também atuava como subsecretário de Esportes na cidade de Niterói

Morreu no início da tarde deste sábado, Carlos Alberto Parizzi, de 62 anos, que escrevia a coluna esportiva “Academia do Futebol” do suplemento Torcida, do jornal O FLUMINENSE, publicada às quartas-feiras e aos domingos. Recentemente, ele, que também era subsecretário de Esportes de Niterói, havia sido convidado para integrar a equipe do telejornal Informe, da TV OFLU, ao lado de Dayana Resende. Parizzi sofreu um infarto agudo do miocárdio, por volta de 14h.

Segundo familiares, o comentarista esportivo tinha acabado de sair de um almoço na casa dos sogros, quando abriu o carro, estacionado próximo da esquina entre as ruas Pereira da Silva e Tavares de Macedo, em Icaraí, e começou a sentir dores, seguidas de um desmaio. Pessoas que passavam pela calçada ligaram para os bombeiros, que tentaram reanimá-lo por cerca de 40 minutos. Parizzi foi encaminhado para o Hospital Municipal Carlos Tortelly, no Bairro de Fátima, mas chegou ao local já sem vida.

Sua mulher, Carla Xavier, recebeu uma ligação dos bombeiros por volta de 14h, explicando o fato, e foi imediatamente para o hospital, acompanhada de sua mãe, Marília Dutra. O comentarista esportivo deixa sua mulher, com quem tinha um relacionamento de cerca de 10 anos, duas enteadas – uma de 18 anos e outra de 15 – e uma irmã, Marlici Parazzi. O velório será neste domingo, a partir das 9h, no cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Região Oceânica de Niterói. Parizzi será cremado, no mesmo local, na segunda-feira.

“Ele tinha um relacionamento de muito amor com a minha filha e ela está muito abalada, todos nós estamos. Foi súbito, pegou todos nós de surpresa, só tenho que lamentar e cuidar da minha filha, agora, que está arrasada com a perda”, comenta, entristecida, Marília, sogra de Parizzi.

De acordo com o amigo de infância, o médico Fernando Lopes, Parizzi passou mal e sentiu falta de ar na terça-feira (16), depois de rir bastante após participar de um dos programas, no qual era comentarista. Marcou vários exames, os fez e só constou uma dilatação na artéria aorta, que já era conhecida e estava sendo acompanhada. Ainda segundo o amigo, no ano passado, Parizzi teve falta de ar, tosses contínuas e foi identificado que estavam sendo causadas por um remédio que ele tomava, que provocou placas no pulmão. Nesta semana, os exames não constaram nada e tinham outros marcados para a próxima terça-feira.

“Nós dois crescemos juntos, vivíamos um na casa do outro, o pai dele era como se fosse meu pai, também estudamos juntos. Mesmo eu sendo vascaíno, a gente sempre se deu muito bem. Essa noite, ele me mandou uma mensagem por WhatsApp para a gente marcar um encontro, porque sempre que ele passavam mal ele me ligava. Tínhamos uma relação de mais de 50 anos, não sei nem o que pensar nesse momento”, comentou Fernando.

Conhecido nas rádios pelo apelido “O Polêmico”, Parizzi, flamenguista fervoroso, ainda, era comentarista esportivo no programa “Balanço Esportivo”, do canal CNT; e no programa diário “Comendo a Bola”, da rádio Bradesco Esportes FM (91,1 FM), do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Parizzi era graduado em Enfermagem e em Educação Física e acabou se envolvendo com o jornalismo, onde se tornou um grande comunicador multimídia.


Fonte: O Fluminense




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