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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Espírito de grupo: velejadoras se unem por nova medalha feminina nos Jogos




No top 10 de três classes, equipe feminina do Brasil aumenta expectativa por resultados positivos em 2016 e usa amizade como trunfo para evolução em conjunto                                  

Por Helena Rebello
Niterói, RJ


Das 17 medalhas da vela brasileira em Olimpíadas, apenas um bronze foi conquistado por mulheres. No último ano, porém, a presença constante de um maior número de atletas no top 10 de suas respectivas classes vem aumentando a expectativa por um novo pódio feminino em 2016. De Isabel Swan e Fernanda Oliveira, que em Pequim 2008 faturaram o 3º lugar na classe 470F, à caçula Tina Boabaid, de 19 anos, as meninas do Brasil estão unidas em prol deste objetivo.

Às vésperas do Aquece Rio, evento-teste para os Jogos de 2016, Martine Grael e Kahena Kunze são as velejadoras brasileiras com maiores expectativas sobre os ombros, já que ocupam a liderança da classe 49erFX. Já na 470, Renata Decnop e Isabel Swan estão em sétimo lugar, enquanto Fernanda Oliveira e Ana Barbachan estão em nono lugar.                                    

- Houve uma renovação na equipe brasileira, principalmente da parte feminina. Houve um grande desenvolvimento do trabalho com as mulheres, que cresceram muito. Acho que as quatro classes femininas que são olímpicas vão estar bem fortes. Com certeza estamos construindo um banco de dados para que as gerações que virão cheguem em degraus mais altos do que os que a gente chegou. Fomos subindo aos poucos, ganhando conhecimentos técnicos, de barcos, de todas as variáveis complexas do esporte. Demos esse passo grande para que a vela feminina ganhasse um status mais profissional – disse Isabel Swan.                                    

Mesmo tendo compatriotas como adversárias, as brasileiras mantêm um ótimo relacionamento e veem a amizade no dia a dia como um dos trunfos para a evolução do grupo. Fernanda Decnop, atual 22ª do mundo na classe Laser Radial e irmã de Renata, acredita que o clima de união é essencial tanto para os momentos de folga quanto para os de competição.

- Acho que nunca recebemos tanto apoio como estamos recebendo agora, o que nos possibilita nos dedicarmos muito mais. Acho que depois de Londres as velejadoras começaram a se unir mais, a darem força umas para as outras e se dedicarem juntas. Vamos para a academia juntas, para a fisioterapia, fofocamos... Esse ambiente favorece a preparação 100%. É uma forma de espairecer, uma válvula de escape. E também trocamos ideia sobre vento, corrente, mesmo com as meninas de outras classes. O que muda só é a técnica do barco, mas a tática em relação à técnica da regata é a mesma – disse Fernanda.

Ao todo, o Brasil conta com 14 mulheres competindo no Aquece Rio, evento-teste da vela para os Jogos de 2016. A competição será na Baía de Guanabara de 2 a 9 de agosto de 2014.
Martine Grael sorri em conversa em grupo, que também conta com Fernanda Decnop (Foto: Helena Rebello)

 
Confira a lista completa de atletas do Brasil no evento-teste

Robert Scheidt – Laser Standard
Bruno Fontes – Laser Standard
Fernanda Decnop – Laser Radial
Maria Cristina Boabaid – Laser Radial
Jorge Zarif – Finn
Bruno Prada – Finn
Ricardo Santos – RS:XM
Albert Carvalho – TD: XM
Patricia Freitas – RS: XF
Bruna Martinelli – RS:XF
Henrique Haddad e Bruno Bethlem – 470M
Geison Mendes e Gustavo Thiessen – 470M
Fernanda Oliveira e Ana Barbachan – 470F
Renata Decnop e Isabel Swan – 470F
Dante Bianchi e Thomas Lowbeer – 49er
Marco Grael e Gabriel Borges - 49er
Martine Grael e Kahena Kunze – 49erFX
Juliana Senftt e Gabriela Nicolino – 49erFX
Clínio de Freitas e Claudia Swan – Nacra
Samuel Albrecht e Geórgia Rodrigues - Nacra


Fonte: Globo Esporte


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