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domingo, 20 de julho de 2014

Implantação de Companhias Destacadas começa a gerar resultados


Coronel Gilson Chagas afirma que já ocorreram grandes avanços no combate à criminalidade com a instalação das Cias Destacadas em Niterói. Foto: Evelen Gouvêa


Rafael Lopes

Comandante do 12º BPM afirma que ficou mais perto de bater todas as metas de redução de criminalidade depois da instalação das unidades em bairros de Niterói

Numa avaliação do trabalho das Companhias Destacadas instaladas em Niterói, o comandante do 12º BPM (Niterói), coronel Gilson Chagas, afirma que em seis meses de atividade, elas se tornaram fundamentais na atuação contra a criminalidade. Segundo ele, foram 75 assassinatos no primeiro semestre, 17 a menos que a meta de recudção de criminalidade estipulada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Mas apesar do avanço, o batalhão ainda não conseguiu atingir a meta de redução de assaltos e de roubos de veículos. Nos seis primeiros meses foram 2.330 assaltos contra 1.834 estipulados como teto. Foram roubados 782 veículos no período, quando a meta era não ultrapassar os 1.834 casos.

“Estamos nos aproximando dos números da meta. No segundo semestre, os índices irão cair, pois as companhias destacadas estarão em um ponto de atividade mais consistente”, aposta o comandante, lembrando, por exemplo, que não tem havido mais registros de conflitos entre criminosos no Morro do Palácio, no Ingá, como existiam antes das companhias destacadas.

De acordo com ele, o Morro do Estado também está mais tranquilo. “Os confrontos naquela região ocorrem apenas nas comunidades vizinhas da Chacará, Arroz e Abacaxi, mas operações constantes nesses locais já reduziram as atividades criminosas”, garante.




Gilson Chagas diz que boa parte dos resultados obtidos, também deve-se à ajuda dos moradores da cidade.

“As companhias destacadas estão em um momento específico de interação com a sociedade e na atuação contra os criminosos. A última (Cavalão) foi instalada no início do mês passado. É preciso ajustes, mas a nossa principal ferramenta estratégica é o apoio e denúncias que partem da população. Na Região de Pendotiba, os moradores estão sempre nos passando informações sobre movimentações suspeitas e roubos de veículos, principalmente”, exemplifica.

As bases fixas da PM foram adotadas após a onda de violência que assombrou Niterói no segundo semestre do ano passado, que foi seguida por uma série de reuniões entre a cúpula da Polícia Militar, da Prefeitura de Niterói e do Governo do Estado.

As companhias começaram a ser instaladas em dezembro de 2013, e atualmente já estão em cinco pontos de Niterói: Morros do Estado e Palácio, que atendem as regiões do Centro e parte da Zona Sul; em Pendotiba, que atende também à Oceânica; no Fonseca, para atender a Zona Norte; e no Morro do Cavalão, abrangendo São Francisco e Icaraí, na Zona Sul.

“No Fonseca, antes da instalação da Companhia Destacada, as pessoas evitavam passear no Horto Botânico”, lembra Chagas, referindo-se ao local onde a base foi instalada.

Entre a população, ainda há divergências sobre a eficácia das Companhias Destacadas.

“Não melhorou a segurança. Continuamos a mercê de assaltos a carros e pedestres. Voltaram os bailes funks que não deixam ninguém dormir e quando acaba eles saem drogados assaltando e aterrorizando os que trafegam por aqui! Apelido da minha rua: Rua do Perdeu! Tenho filhos adolescentes, tenho medo deles na rua”, desabafa uma moradora de 51 anos que reside há 13 em Icaraí.

Já o advogado João Roberto Abreu, de 30 anos, morador do Fonseca e dono de uma residência próxima ao Horto Botânico, aprova o novo esquema de policiamento trazido para Niterói.

“A Alameda São Boaventura ficou largada por muito tempo, mas agora vemos as viaturas passando ou estacionadas em pontos fixos. Isso nos deixa mais seguros”, declara.


Fonte: O Fluminense





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