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sexta-feira, 6 de junho de 2014

BID poderá apoiar a criação de uma linha do VLT em Niterói



Encontro entre Rodrigo Neves e Roberto Vellutini aconteceu na sede do banco, em Washington, nos Estados Unidos. Foto: Divulgação / Flávio Pessoa

Banco ainda liberou a primeira parcela do financiamento para obras em comunidades

O encontro, a princípio, era apenas para formalizar o primeiro financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com a Prefeitura de Niterói e, também, para prestar contas de como anda a agenda de etapas a serem cumpridas pela municipalidade para fazer jus ao auxílio da instituição. Mas na sede do banco, em Washington (EUA), no início da noite de quarta-feira, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, recebeu mais uma boa notícia em reunião com o vice-presidente de Operações em Países do BID, Roberto Vellutini: a instituição poderá apoiar a implementação de um veículo leve sobre trilhos (VLT), em fase de estudos, na cidade.

Ao expor o planejamento municipal de investimentos dos recursos já liberados pelo banco para Niterói nas áreas de mobilidade urbana, infraestrutura e urbanização, Rodrigo Neves explicou que uma etapa complementar à implantação da TransOceânica prevê a criação de uma linha do VLT ligando Charitas ao Centro da cidade. O prefeito manifestou interesse em obter apoio do banco e a ideia foi muito bem recebida.

Vellutini explicou que uma das mais recentes políticas de investimentos do BID prevê, justamente, o incentivo a este tipo de transporte por ser menos poluente.

“O VLT está dentro das nossas prioridades de mudança climática. É uma prioridade institucional, pois substitui as emissões do automóvel, gerando menos poluição. Do ponto de vista do BID, é uma área prioritária. Caberá, agora, à equipe técnica de Niterói, que já mostrou sua capacidade, apresentar uma proposta consistente para obter esses recursos”, destacou o vice-presidente do BID.

Parceria – O prefeito Rodrigo Neves explicou o motivo da visita e ressaltou a importância de novas parceiras com o BID.

“Vim agradecer a celeridade do banco na aprovação do projeto de Niterói. Esses recursos serão investidos numa das regiões com o menor índice de desenvolvimento humano da cidade, que sofreu muito com a tragédia de 2010 e receberá investimentos expressivos na contenção de encostas, urbanização e equipamentos sociais, além da implantação do Centro de Controle Operacional (CCO) e dos Centros de Tráfego por Área (CTAS) para a melhoria do sistema de tráfego e de trânsito. Essa reunião foi o ponto de partida para a próxima etapa do projeto”, disse o prefeito, adiantando que, ainda partir deste mês serão realizadas reuniões com as comunidades de São José e Jerônimo Afonso, ambas no Fonseca, e Caramujo, para debater as intervenções que serão realizadas nessas regiões.

Ele revelou que o objetivo é estruturar e concluir, neste segundo semestre, o projeto executivo dessas obras e iniciá-las no primeiro semestre de 2015.

Investimentos – Ainda de acordo com o prefeito, outro objetivo do encontro foi o de buscar novas possibilidades de parcerias com o banco, já com o aval da direção da instituição.

“Novos investimentos em urbanização de favelas e também na mobilidade são nossos objetivos. Nossos estudos integrados para a implantação da TransOceânica com um veículo leve sobre trilhos foram muito bem recebidos pela direção do BID. A acolhida do BID e da direção do banco foi muito positivo”, avaliou Neves.

Presente à reunião, a coordenadora da Unidade de Gestão do programa do BID, do Escritório Geral de Projetos de Niterói, Paula Serrano, explicou como se encaixa o projeto do VLT.

“O VLT é uma complementação ao projeto da TransOceânica, que será potencializado com a implantação do CCO e seus dez CTAs, dando mais fluidez ao trânsito.”  

Exigências– Por fim, Rodrigo Neves analisou a importância da liberação do financiamento pelo banco:

“O BID é uma das principais agências de financiamento e cooperação no mundo. Os programas são muito exigentes em relação à qualificação técnica das equipes e em relação à capacidade e responsabilidade da gestão fiscal. A obtenção e liberação desses recursos, num prazo tão curto, reforçam a credibilidade da nova gestão da Prefeitura.”

Dos recursos já aprovados pelo BID, R$ 50 milhões serão utilizados para as intervenções nas comunidades de Fonseca e Caramujo, R$ 15 milhões no CCO e R$ 4 milhões em programas de melhoria da qualidade da gestão pública.

Fonte: O Fluminense

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