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sexta-feira, 4 de abril de 2014

União e estados se unem contra poluição do setor de transportes


Noronha: desconcentração industrial agravou o problema. Martim Garcia/MMA.


Brasil possui hoje combustíveis de melhor qualidade. Mas a situação preocupa.
LUCAS TOLENTINO

O setor de transportes deve ser o foco das ações de controle de poluição atmosférica nas grandes cidades. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) defendeu o posicionamento, nesta quinta-feira (03/04), em audiência pública sobre a questão na Câmara dos Deputados. Os esforços e a atuação conjunta dos governos federal e estaduais foram apontados como os principais mecanismos para conter o problema de ordem ambiental e de saúde pública.

As proporções dos impactos causados pelos poluentes justificam a necessidade das medidas no ambiente urbano. Hoje, a poluição atmosférica está associada a 7 milhões de mortes no mundo, conforme dados apresentados na audiência pública pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade. Além dos casos de câncer no pulmão e na bexiga, a entidade apontou que o ar tóxico pode estar relacionado ao câncer de mama.

FROTA

O crescimento da frota de veículos nas metrópoles é uma dos principais temas relacionados à qualidade do ar. “As indústrias passaram por um processo de desconcentração territorial significativo e, por isso, o setor de transportes é, hoje, o principal poluidor em termos urbanos”, destacou o gerente de Qualidade do Ar do MMA, Rudolf Noronha. “Temos uma articulação com os estados para sensibilizá-los em relação ao programas de qualidade do ar.””

O Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) e a distribuição de combustíveis menos poluentes aparecem entre as principais medidas. “O Brasil comercializa, atualmente, gasolina livre de chumbo, com percentual significativo de etanol e com menos enxofre”, exemplificou Noronha. “Temos os melhores combustíveis disponíveis no mundo.”

Além do MMA, participaram da audiência pública a coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Daniela Buosi, o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy, a pesquisadora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag, e o deputado Adrian Ramos (PMDB-RJ), que solicitou a reunião.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente


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