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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Incêndio criminoso na Serra da Tiririca, em Itaipuaçu


O fogo atingiu locais de difícil acesso, sendo necessário um verdadeiro mutirão para combater as chamas em Maricá . Foto: Divulgação / Adriano Marçal / Lei Seca Maricá


Chamas provocadas por balão, que duraram 15 dias, só foram controladas ontem e queimam 3% do Parque. Autoridades investigam a autoria do crime

Um incêndio que teve início na madrugada do dia 26 de janeiro, na Serra da Tiririca, no loteamento Morada das Águias, em Itaipuaçu, Maricá, provocado por um balão, só foi totalmente controlado ontem. No incidente, cerca de 3% dos 3500 hectares do Parque foram queimados, o que corresponde a cerca de 10 hectares.

Para controlar a ação das chamas, na mata seca, foi necessário uma ação conjunta entre Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar e Inea (Instituto Estadual do Ambiente), que contou com 20 homens, dois helicópteros e nada menos que 45 mil litros de água, além da ajuda da população. Segundo o chefe do Parque Estadual da Serra da Titirica, Fernando Matias, o cenário da floresta não é nada animador, mas destaca que a perda poderia ser ainda maior.

"A integração entre todos os órgãos envolvidos na ação, foi essencial para a proteção da área e combate do incêndio".

Segundo o chefe do Parque, o incidente teve início na madrugada do dia 26 de janeiro, as primeiras equipes só chegaram ao local na manhã do dia seguinte. Por conta da dificuldade de acesso, as chamas só foram controladas no dia 31, quando as equipes passaram a monitorar o estado de latência do incêndio (quando o mesmo segue acontecendo, abaixo do solo por conta do material orgânico e a presença de oxigênio). Desta forma, o incêndio recomeçou no dia 8 e foi combatido e controlado.

Apesar do espaço queimado ser pequeno em comparação ao tamanho do Parque, Fernando Matias, lembra que independentemente da área, o ecossistema sempre sai perdendo em situações como essa.

 "Apesar da perda em número ser insignificante, é um ecossistema muito rico que acorre nas paredes rochosas, vegetação ameaçada, e animais. Desta forma, a perda é sempre significativa e a ameaça é muito forte", comentou.

Focos – Ainda segundo o chefe do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Fernando Matias, durante esse período de altas temperaturas, dezenas de focos pontuais foram combatidos e as equipes seguem em alerta máximo.

Suspeitos – Segundo o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais de 1998, configura crime fabricar, vender, transportar ou soltar balões com pena prevista de 01 a 03 anos de prisão ou multa. Segundo Fernando Matias, o Inea está trabalhando junto com a Polícia Florestal para identificar os responsáveis por soltar o balão que resultou no incêndio. Com a ajuda da população, eles já possuem suspeitos da ação criminosa.

Fonte: O Fluminense

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