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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Em Niterói, falta educação no trânsito principalmente perto das escolas


A infração mais comum é a de veículos parados em fila dupla. Foto: Maurício Gil

Igor Mello

Na volta às aulas, carros estacionam em locais proibidos ou em fila dupla nas escolas. NitTrans faz esquema para evitar transtornos pelas ruas da cidade

No dia da volta às aulas em parte da rede de escolas particulares de Niterói, o trânsito na cidade fluiu bem, apesar de diversas irregularidades no trânsito. As mais comuns foram carros parados em fila dupla ou em locais não permitidos. A Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans) fez um esquema especial para evitar transtornos nas ruas da cidade.

De acordo com o presidente da NitTrans, Paulo Afonso Cunha, a autarquia deslocou agentes para orientar os pais e motoristas de condução escolar em 15 colégios particulares da cidade, sobretudo em Icaraí.

“O operador se desloca no horário de entrada e saída, para ajudar no período com mais movimento de crianças. Até agora não tivemos nenhum acidente”, explica.

No entanto, mesmo com a fiscalização intensificada, a reportagem flagrou diversas irregularidades nas proximidades de grandes escolas da cidade. Na Rua Miguel de Frias, o trecho em frente a uma escola particular apresentava retenções. Diversos carros de passeio e vans de transporte escolar estacionaram em fila dupla, além de outros terem deixado os veículos em vagas destinadas apenas para embarque e desembarque de alunos, com permanência máxima de cinco minutos.

Na Avenida Sete de Setembro, vários ônibus escolares estavam estacionados em local proibido, em frente a uma unidade de ensino. Também foi flagrada a ocorrência de fila dupla na Rua Mario Alves. Os responsáveis dos alunos reclamaram da dificuldade para conseguir vagas de estacionamento. Foi o caso do vendedor Fabio Ferreira, de 33 anos, que levou o sobrinho para a escola.

“Está difícil demais para estacionar, principalmente na hora da saída. Meu pai foi levar o menino lá dentro e eu fiquei aqui dando voltas, porque não tem vaga. Quando a gente vem sozinho é ainda pior”, reclama.

A aposentada Arany Loureiro, de 52 anos, diz que acaba preferindo buscar a filha a pé, mesmo com o forte calor, para não ter que enfrentar as dificuldades do trânsito.

“É péssimo vir de carro. Meu marido vem trazer nossa filha todos os dias pela manhã e sempre se estressa, mas não tem jeito. Um carro para errado e acaba virando um efeito dominó. Piora o trânsito para todo mundo, até quem não está vindo ao colégio. A pé, pelo menos, não tem engarrafamento”, afirma.

Fonte: O Fluminense


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