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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Inea inaugura sede de estação ecológica no Nordeste fluminense com construção sustentável





Unidade de conservação que protege remanescente de Mata Atlântica conta com telhado verde, energia solar e outros itens verdes

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) inaugurou hoje (4/12) o complexo da sede administrativa da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, unidade de conservação de proteção integral com cerca de 3.260 hectares situada no Município de São Francisco de Itabapoana, na Região Nordeste do estado.

Em solenidade que contou com a participação da presidente do Inea, Marilene Ramos, e do diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do órgão ambiental, André Ilha, foram detalhados todos os materiais ecológicos utilizados na construção sustentável do complexo da sede.

Dentre os itens destacados, estão o projeto arquitetônico priorizando a ventilação e iluminação naturais, telhado verde, coletor solar nos postes e refletores, aproveitamento de energia solar, reuso de água de chuva e sistema de tratamento do esgoto com biodigestor.

“Esta foi a primeira sede de unidade de conservação estadual a ser concebida atendendo inteiramente aos conceitos se sustentabilidade, visando à redução do consumo de energia e conforto ambiental de seus usuários”, afirmou Marilene Ramos.
 
 


A estação ecológica foi criada em 2002 para preservar o último remanescente expressivo, em todo o Norte e Noroeste fluminense, de uma mata estacional conhecida como “mata de tabuleiro” – um tipo de floresta que perde parte de suas folhas na época mais seca do ano. A unidade de conservação preserva também áreas alagadas do Rio Guaxindiba, que lhe emprestou o nome, que abrigam espécies típicas de fauna e flora destes ambientes.

“A estação preserva o que restou de uma mata muito maior, que era tristemente conhecida como Mata do Carvão, devido à ação de carvoarias e madeireiras que operaram naquela região durante décadas”, disse André Ilha.

PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Esta mata abriga espécies de 36 famílias botânicas, dentre elas madeiras-de-lei ameaçadas típicas da Mata Atlântica, como a peroba-de-campos, o jacarandá-da-bahia, o angico e o pau-ferro.

Dentre os diversos animais que ali encontram refúgio, destacam-se o gongolo-gigante, uma espécie de centopeia bastante rara, e mamíferos como preás, capivaras, cachorros-do-mato, jaguatiricas, bugios e a rara preguiça-de-coleira (ameaçada de extinção). Nos brejos ocorre também o jacaré-de-papo-amarelo e aves igualmente ameaçadas, como o papagaio chauá e o gavião-pombo.

O complexo da sede da unidade, construído em terreno próximo aos seus limites doado pela municipalidade, compreende, além da sede propriamente dita, alojamentos para guarda-parques, alojamentos para pesquisadores, residência funcional do chefe, centro de visitantes, pórtico, guarita e uma torre de observação da mata – de onde se tem uma vista muito boa devido à natureza plana da região.

Embora estações ecológicas sejam um tipo de unidade de conservação que não admite a visitação com fins recreativos ou turísticos, ela pode receber grupos com caráter educacional, em visitas pré-agendadas a trilhas interpretativas acompanhadas por um de seus guarda-parques.
 
A pesquisa científica na unidade será incentivada e gerida pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), que firmou protocolo de intenções com o INEA para tal ali e nos parques estaduais do Desengano e Lagoa do Açu.

Fonte: SEA


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