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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Entrevista do prefeito Rodrigo Neves ao jornal O Fluminense




Niterói abrirá concurso para contratar 400 guardas

Em entrevista exclusiva a O FLUMINENSE, além do concurso, prefeito fala sobre mobilidade urbana, violência, Hospital Antônio Pedro e construção de 15 creches

Em entrevista exclusiva a O FLUMINENSE, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, fez um balanço das realizações dos primeiros 11 meses de sua gestão e anunciou projetos para o próximo ano, como a duplicação do efetivo da Guarda Municipal, que deverá abrir concurso para preencher 400 vagas no início de 2014.  O prefeito Rodrigo Neves também anunciou a construção de mais creches na cidade, com o objetivo de “universalizar a cobertura da educação infantil nas classes populares” até o fim de seu mandato. Nos próximos três anos serão criadas 15 unidades.

OFLU – A população de Niterói se queixa muito do aumento da violência. O que a prefeitura pode fazer, além de negociar com o Governo do Estado um plano de segurança para a cidade?

RODRIGO NEVES – A prefeitura não tem a atribuição constitucional da segurança pública, mas acho que cruzar os braços e colocar a culpa no Governo do Estado é a pior postura que um prefeito pode ter. Niterói foi a primeira cidade do estado do Rio a criar o Regime Adicional de Serviço (RAS), permitindo que a gente aumentasse o efetivo [de PMs nas ruas]. No começo do ano que vem nós vamos convocar um concurso público para 400 guardas municipais, para dobrar o efetivo. Obtivemos recursos do Ministério da Justiça e no dia 5 de dezembro vamos fazer a licitação do Centro Integrado de Segurança Pública. Niterói vai ser uma das primeiras cidades do Brasil a ter monitoramento por câmeras em todos os bairros e entradas da cidade.

OFLU – Na área da saúde, um dos principais anseios do niteroiense é a reabertura da emergência do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), mas a Universidade Federal Fluminense (UFF) diz que isso só será possível com mais repasses de verba da prefeitura ou do Governo do Estado. Dá para resolver esse impasse?

RODRIGO NEVES – Nós já passamos mais de R$ 3 milhões por mês para o Huap e a emergência do hospital está fechada. Tenho realizado importantes conversas com o reitor da UFF e a prefeitura tem reaberto suas unidades. O que eu posso fazer é um apelo público à UFF para que reavalie. Tudo que for preciso fazer em relação ao Governo Federal e ao Governo do Estado, nós vamos fazer.

OFLU – O grande projeto de mobilidade de seu governo é a TransOceânica, que promete vir acompanhada de uma transformação urbanística da Região Oceânica. Como está o planejamento para essa obra?

RODRIGO NEVES – Na próxima quarta-feira, eu recebo a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, que vem assinar comigo a liberação dos recursos para o financiamento da TransOceânica, de R$ 315 milhões do PAC da mobilidade. Esse foi o principal ponto da audiência que tive com a presidente Dilma Rousseff, logo depois de ganhar a eleição. Fui pelo menos cinco vezes em Brasília para negociar esse financiamento. Ela é mais que uma obra viária, é um projeto de mobilidade. A previsão é que a gente comece a furar o túnel Charitas-Cafubá em 2014 e o prazo para acabar é de 18 a 24 meses a partir daí.

OFLU – O senhor fala muito de obras e de gestão, mas no que o seu governo pretende avançar na área social e na educação?

RODRIGO NEVES – Solicitei à área social do governo um plano integrado de políticas sociais nessas regiões que serão pacificadas pela PM. Ampliamos em 200% o acolhimento de moradores de rua e com a UOC teremos a criação de mais um abrigo, para triplicar a capacidade de acolhimento. Até 2016 vamos zerar o déficit de educação infantil para as classes populares em Niterói. Nos próximos três anos vamos criar 15 creches.

OFLU – Recentemente foi confirmado o financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para diversas iniciativas em Niterói, sobretudo em favelas. Quando esse contrato será assinado e como os recursos serão empregados?

RODRIGO NEVES – O BID ineditamente reabilitou um financiamento que já estava arquivado há cinco anos. Conseguimos reabilitar sob a coordenação do vice-prefeito Axel Grael. Devo assinar o contrato em dezembro, em Washington, nos Estados Unidos. São quase R$ 100 milhões que serão investidos em obras de contenção de encostas, urbanização de favelas e melhoria do sistema semafórico da cidade. Niterói tem mais de 260 sinais de trânsito da década de 1970. Então, quando acontece uma queda de luz ou uma chuva mais forte, os sinais param porque estão completamente defasados tecnologicamente. Com esse financiamento, nós vamos ter o Centro Operacional da NitTrans, com câmeras de monitoramento. Todo o sistema semafórico será trocado, informatizado e terá nobreaks. Então, quando cair uma chuva nós não teremos mais problemas nos sinais da cidade.

OFLU – Quais iniciativas a prefeitura está tomando na área do meio ambiente?

RODRIGO NEVES – Nós criamos o Fundo Municipal do Meio Ambiente, também recuperamos o Parque da Cidade, que estava completamente abandonado, mas já está com outra cara. Vou assinar no dia 30 de novembro o Complexo de Parques e Áreas de Proteção Ambiental de Niterói. Não basta criar parques, é necessário ter gestão dos parques e áreas de proteção. Esse programa tem o objetivo de evitar a especulação imobiliária e a ocupação ilegal de áreas verdes da cidade. Vamos implantar a sede no Parque da Cidade.

Fonte: O Fluminense

 

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