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sábado, 30 de novembro de 2013

Brasil ganha lista das espécies de plantas ameaçadas de extinção


‘Alcantarea farneyi’: bromélia de flor amarela tem grande risco de extinção Divulgação/Jardim Botânico

‘Livro Vermelho’ criado pelo Jardim Botânico será usado para orientar conservação da flora

Renato Grandelle

RIO - Pau-brasil, rabo-de-galo e palmito-jussara são plantas bem diferentes com um problema comum. Figuram entre as espécies da flora mais ameaçadas do país, segundo um levantamento que será divulgado na próxima terça-feira pelo Jardim Botânico. A instituição lançará o “Livro Vermelho da Flora do Brasil”, onde avalia 4.617 espécies da flora nacional, previamente consideradas vulneráveis. Quase metade (2.118, ou 45,9%) corre risco significativo de extinção.

Esta é a primeira etapa de um estudo que pretende analisar, até 2020, todas as 44.711 espécies da flora brasileira — 52% seriam exclusivas do Brasil. O país concentra de 11 a 14% da diversidade de plantas da Terra, campeão mundial de biodiversidade vegetal. Essa é uma estimativa conservadora, pois estima-se que o país tenha até 75 mil espécies.

— Nossa lista da flora é atualizada praticamente todos os dias. Encontramos novas espécies até em regiões muito estudadas, como o Rio — destaca Gustavo Martinelli, coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora) do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico.

As espécies descritas na primeira edição do “Livro Vermelho” foram selecionadas por terem figurado anteriormente em listas de plantas ameaçadas de extinção.

O ranking de biomas com a flora em risco tem à frente Mata Atlântica e Cerrado, duas das 34 áreas do mundo com maior diversidade de espécies com alto risco de extinção.

— Os riscos variam de acordo com a região — ressalta Martinelli. — Na região da Mata Atlântica, os hábitats foram destruídos com o crescimento urbano. Menos de 12% de sua cobertura original sobrevivem até hoje. O Cerrado, por sua vez, foi degradado com o plantio da soja.

A Caatinga, os Pampas e a Amazônia também foram analisados.

— A área desmatada da Amazônia é restrita à fronteira agrícola, ou seja, às bordas da floresta no Mato Grosso e no Pará — lembra Carlos Alberto Mattos Scaramuzza, diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. — Há uma grande área em que os pesquisadores ainda não chegaram e, por isso, não conhecemos diversas espécies.

As espécies de plantas amazônicas mais ameaçadas são as alvo da exploração madeireira, como o mogno e o pau-rosa. Mas a expansão da área desmatada pela soja e pela mineração pode aumentar o risco à flora.

De acordo com Martinelli, o “Livro Vermelho” vai pautar novas políticas de preservação das plantas.

— A criação de novas unidades de conservação pode ser uma boa medida. Foi, sem dúvida, responsável pela preservação da flora amazônica — lembra. — Também precisamos investir em corredores verdes, ou seja, na integração de ecossistemas separados. Desta forma, garantimos a variabilidade genética de espécies isoladas. Seria uma medida eficaz especialmente na Mata Atlântica.

Diante de tantas espécies ameaçadas de extinção, Scaramuzza aposta em planos de proteção regionais, em vez de criar um para cada espécie.

— Se fizermos um projeto para cada planta, precisaríamos de milhares de documentos — explica. — Vamos agrupar os municípios onde existe uma espécie ameaçada e instituir em todos eles um mesmo projeto.

A análise de outras espécies de plantas, porém, pode esbarrar na falta de pesquisadores. Apenas 24 pessoas no Jardim Botânico são responsáveis por analisar mais de 6 milhões de registros, entre amostras geográficas e mudanças na nomenclatura de espécies.

— É difícil analisar um país tão grande — admite Martinelli. — Agora, além de estudar outro grupo das 44 mil espécies de plantas, avaliaremos projetos para aquelas que já descrevemos, começando pelo Cerrado.

Fonte: O Globo

Implosão do Esqueleto da Riodades: Assista à matéria do RJTV





Prédio é implodido em Niterói, RJ

Imóvel esteva abandonado por mais de 30 anos.
Foram usados 150 quilos de dinamite na implosão.


O prédio conhecido como Esqueleto da Riodades foi implodido na manhã deste sábado (30) em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A implosão aconteceu pouco depois das 10h e, em poucos segundos, o prédio abandonado por mais de 30 anos e ocupado por 19 famílias, veio abaixo.

Foram usados 150 quilos de dinamite. A remoção dos escombros deve durar dois meses. Segundo a prefeitura, no lugar será construída uma área de lazer.

Assista ao vídeo em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/11/predio-e-implodido-em-niteroi-rj.html


Defesa Civil de Niterói promove simulação de emergência em três escolas públicas


Ações de conscientização contra os desastres naturais

Voluntários da Cruz Vermelha demonstraram técnicas de primeiros socorros. Foto: Marcelo Feitosa

Verônica Padrone e Paula Valviesse

Alunos de escolas estaduais e municipais de Niterói são preparados para agir melhor em situações de risco. Ação mobilizou alunos, professores e funcionários

Os órgãos de Defesa Civil de todo o Estado organizaram diversas ações de conscientização em lembrança ao  Dia Estadual de Redução de Riscos e Desastres. Em Niterói e em São Gonçalo, a ação mobilizou, ontem, alunos, professores, funcionários e diretores das redes estadual e municipal de ensino, com objetivo de preparar as crianças para que respondam melhor em situações de risco através da aplicação dos conhecimentos adquiridos durante a simulação.

Em Niterói, a Defesa Civil realizou um simulado de evacuação em três unidades escolares:  Escola Municipal Ernani Moreira Franco e Colégio Estadual Conselheiro Josino, no Fonseca; e Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Piratininga. A ação reuniu voluntários do Núcleo Comunitário de Defesa Civil (Nudec), agentes da Secretaria de Defesa Civil, bombeiros e voluntários da Cruz Vermelha. De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, major Walace Medeiros, essa foi a primeira simulação realizada no município.

“Buscamos primeiro promover uma mudança de concepção junto às comunidades, que ainda não estão acostumadas a se preocupar com a prevenção para situações de risco. Para isso estamos trabalhando na capacitação de voluntários, conforme protocolo de mobilização da Defesa Civil. Essa é a primeira vez que essa ação é realizada no município”, diz o major, que explica que Niterói possui 25 regiões mensuradas como área de efetivo risco e risco iminente, afirmando que para a próxima semana serão iniciadas as instalações das sirenes.

Para a diretora da Escola Municipal Moreira Franco, que, na tragédia do Morro do Bumba, em 2010, abrigou 210 pessoas por 36 dias nas instalações do colégio, a medida proporciona um ensinamento importante para as crianças que, em sua maioria, moram em comunidades de risco.

“Passamos pelo Bumba e as crianças conviveram com essa situação. Além disso, muitos moram em áreas de riscos e, na maioria das vezes, o índice de acidentes em desastres são maiores pela falta da prevenção e do conhecimento. A capacitação é uma grande aliada para prevenir as tragédias”, aponta.
Em São Gonçalo, o evento foi realizado em doze escolas e envolveu trinta agentes de Defesa Civil. O subsecretário da Defesa Civil de São Gonçalo, Coronel Alves, esteve em um dos colégios envolvidos, a Escola Municipal Maria Amélia Áreas Ferreira, no Engenho Pequeno, e explicou que a ação faz parte de um programa do Governo do Estado, com o objetivo de mobilizar a maior quantidade de pessoas das escolas municipais e estaduais, além de outros órgãos do município, para mostrar a possibilidade de mobilidade em caso de acidentes.

“O que estamos fazendo hoje, é realizando uma simulação com o objetivo de avaliar a desocupação de áreas de risco. Estamos orientando as crianças a se deslocarem calmamente para um local seguro, pois é dessa forma que esperamos que seja em caso de desastres.”, disse o coronel, que informou que o município receberá 31 sirenes, que serão instaladas até o final desse ano.

Segundo o Governo do Estado, cerca de 110 mil pessoas participaram dos simulados, que envolveu 350 escolas da rede estadual, distribuídas entre 88 municípios, com objetivo de propagar a prevenção, tendo como ponto de apoio para difusão dessas informações as crianças e os adolescentes.

Ainda pelo Dia Estadual de Redução de Riscos e Desastres, foram realizados seminários com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros sobre a construção de cidades mais resilientes.

Também foi apresentado o Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil, pelo secretario de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões.

As ações de conscientização vão de encontro a Lei Federal 12.608/2012, que estabelece a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, assim como as definições técnicas para aplicação da mesma, como a adoção de medidas necessárias à redução de riscos de desastre por entidades públicas e privadas e a sociedade em geral, difundindo informações, principalmente, em comunidades localizadas em áreas de alto risco. 

Fonte: O Fluminense

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Conheça as ações da Prefeitura de Niterói para preparar a cidade para as chuvas e o aperfeiçoamento da Defesa Civil de Niterói:

Prefeitura prepara ‘Pacotão’ de obras para Niterói
Gestão dos rios de Niterói: a emergência e o "passo a frente"
Defesa Civil instala sirenes de alerta em 25 comunidades
Prefeitura de Niterói anuncia PARNIT: áreas de interesse ambiental serão protegidas
Prefeitura iniciará obras de contenção de encostas no Viçoso Jardim e Morro do Holofote
Prefeitura de Niterói e DRM discutem gestão de encostas de Niterói
DRM e Prefeitura de Niterói promovem Oficina Técnica "Cartografia Geotécnica de Aptidão Urbana"
Defesa Civil de Niterói: trabalho em várias frentes para fazer de Niterói uma cidade mais segura
Município de Niterói recebe primeiros pluviômetros automáticos
Vistoria na comunidade da Boa Vista, Niterói
Verba para contenção de encostas em Niterói
Vistoria para verificar situações de risco nas encostas de Jurujuba, Niterói
Município de Niterói recebe primeiros pluviômetros automáticos
Começa a implantação de sirenes de alerta em Niterói
Vistoria na comunidade da Boa Vista, Niterói


Águas do Brasil inaugura sede em Niterói e reforma prédio


José Carlos Sussekind, Rodrigo Neves, Cláudio Abduche e Axel Grael participaram da inauguração da nova sede do grupo. Foto: Maurício Gil

Prédio na região central da cidade foi restaurado. Foto: Maurício Gil

Grupo transfere escritório principal do Rio de Janeiro para Niterói e revitaliza construção histórica localizada na região central do município

Com o intuito de preservar a história de Niterói e centralizar a sede da empresa na cidade, o Grupo Águas do Brasil inaugurou, na última quinta-feira, sua nova sede social no Centro de Niterói. Localizado, na Avenida Marquês de Paraná, o edifício histórico foi revitalizado, mantendo a arquitetura original.

De acordo com presidente do Conselho do Grupo Águas do Brasil, José Carlos Sussekind, a escolha de transferir a sede da empresa, que ficava na capital do Rio, em Copacabana, para Niterói, vem do apreço e carinho que a cidade recebeu o grupo, através da Águas de Niterói. Ao todo, o Grupo possui 12 concessões de 14 municípios do Brasil, dos estados do Rio, São Paulo, além de Manaus, atendendo a cerca de 6 milhões de clientes.

“Dos 3,5 mil funcionários da empresa, 900 trabalham em Niterói. Mas é aqui que nossa concessionária tem um significado forte para a sociedade. A nossa cabeça pensante vai estar aqui. Se a cidade cresce, entendemos que temos que crescer também”, afirmou Sussekind.

Para o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, a transferência da sede para Niterói representa mais um avanço na cidade. Além disso, o fato de se revitalizar mais um imóvel na cidade agrega valor.
“Isso é muito bom porque valoriza e amplia o desenvolvimento de negócios de Niterói e atrai turismo para a região. Além disso, a Águas de Niterói vai poder empregar muitos estudantes da cidade. Não podemos esquecer que a empresa ainda vai inaugurar em dezembro mais reservatórios e uma adutora, o que vai proporcionar mais tranquilidade para a população”, declarou o prefeito.

Já o diretor-presidente do grupo, Cláudio Abduche, ressalta que toda a contabilidade e finanças da empresa estão na cidade e que a Águas de Niterói vira referência para as demais concessões.
“A gente entende que a concessão de Niterói tem muita força. É um modelo de empresa e de saneamento que deve ser seguido, devido aos resultados e a performance dela nas comunidades e bairros da cidade. Toda vez que se concentra serviços, se ganha qualidade. É isto que pretendemos fazer ao mudar nossa sede para Niterói”, explica Abduche.

Na ocasião, também estiveram presentes o vice-prefeito de Niterói, Axel Grael, o secretário municipal de Saúde, Chico D’Angelo, o presidente da Neltur, Paulo Freitas, o secretário municipal de Planejamento Econômico, Fabiano Gonçalves, entre outras autoridades. 

Fonte: O Fluminense


Demolido o "Esqueleto da Riodades" em Niterói



A construção abandonada conhecida como "Esqueleto da Riodades" foi demolido na manhã deste sábado, por volta de 10h10. Fotos: Lucas Benevides

Alguns fios de alta tensão também foram atigidos e a Ampla cortou a energia no entorno para reparos
 


Construção abandonada foi ao chão na manhã deste sábado e contou com a satisfação de moradores, que reclamavam que o prédio servia como ponto de tráfico de drogas

A construção abandonada conhecida como "Esqueleto da Riodades" foi demolido na manhã deste sábado, por volta de 10h10. Cerca de 150 metros do entorno do edifício foi isolado para preservar os moradores e motoristas. Muitas pessoas acompanharam a explosão e estavam felizes por finalmente darem fim a um local que servia como esconderijo de criminosos e tráfico de drogas.

O prefeito Rodrigo Neves estava presente e vários órgãos como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e a concessionária de energia elétrica Ampla. No momento da explosão, pequenos resquícios atingiram algumas pessoas e elas sofreram ferimentos leves. Elas foram socorridas no local por uma unidade do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e liberadas em seguida. Alguns fios de alta tensão também foram atingidos e a Ampla cortou a energia no entorno para reparos.

Fonte: O Fluminense

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Leia também em:
Esqueleto da Riodades: esquema de implosão é montado

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fundo da Mata Atlântica é regulamentado por lei estadual


Experiência pioneira fez Rio de Janeiro ser considerado o estado que aplica com mais eficiência seus recursos de compensações ambientais

O Governo do Estado encaminhou e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou projeto de lei que instituiu o chamado Fundo da Mata Atlântica (FMA). O fundo é um inovador mecanismo operacional e financeiro que permite uma execução mais ágil, eficiente e transparente dos projetos voltados para as unidades de conservação – parques, reservas biológicas, estações ecológicas e outras – do Rio de Janeiro com recursos de compensações ambientais e outras verbas não orçamentárias.

A compensação ambiental é um valor, definido em lei federal, em que os empreendimentos que causem um significativo impacto ambiental devem contribuir para apoiar a implantação destas unidades, incluindo regularização fundiária; construção de sedes, alojamentos, centros de visitantes, guaritas, pórticos, cercamento, sinalização etc.; contratação de planos de manejo; aquisição de veículos, equipamentos e mobiliário e outras atividades imprescindíveis para o seu bom funcionamento.

"O fundo é um inovador mecanismo operacional e financeiro que permite uma execução mais ágil, eficiente e transparente dos projetos voltados para as unidades de conservação – parques, reservas biológicas, estações ecológicas e outras – do Rio de Janeiro com recursos de compensações ambientais e outras verbas não orçamentárias".


O FMA já havia sido criado em caráter experimental com base na legislação federal, sendo operado – por convênio com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) – pelo Funbio, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) sediada no Rio de Janeiro e com ampla experiência nesta área.

O fundo já teve depositados recursos da ordem de R$ 180 milhões, dos quais cerca de R$ 40 milhões já foram executados em projetos diversos, tanto em unidades de conservação estaduais quanto federais e municipais, e mesmo em reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs) – um tipo de parque privado reconhecido oficialmente –, sempre buscando maximizar a conservação da biodiversidade fluminense.

"O fundo já teve depositados recursos da ordem de R$ 180 milhões, dos quais cerca de R$ 40 milhões já foram executados em projetos diversos, tanto em unidades de conservação estaduais quanto federais e municipais, e mesmo em reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs)."


MODELO BEM-SUCEDIDO

“O protótipo do FMA, agora plenamente consolidado na legislação estadual, foi tão bem-sucedido em seu propósito que ensejou a visita de delegações de diversos outros estados para conhecê-lo, e diversos já estão em vias de implantar um modelo semelhante, como é o caso de Paraná e Pará”, afirma o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), André Ilha.

Além disso, o Governo Federal, através do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), que administra as unidades de conservação da União, e técnicos do próprio Tribunal de Contas da União (TCU) vieram conhecer de perto esta experiência inovadora, que fez com que o Rio de Janeiro ganhasse amplo reconhecimento como sendo o estado que aplica com maior eficiência os recursos de suas compensações ambientais.

A mesma lei autorizou o Estado do Rio de Janeiro a cobrar – também com base em dispositivo contido na lei federal que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) – pelos chamados serviços ecossistêmicos proporcionados por estas unidades, mais especificamente pelas antenas e linhas de transmissão instaladas em seus limites e para as quais inexiste alternativa locacional.

“Esses recursos serão muito importantes para ajudar a manter todas as novas estruturas construídas através do Fundo da Mata Atlântica, para que os parques e reservas fluminenses possam cumprir plenamente os motivos para os quais foram criados: preservar a fauna, a flora e os ecossistemas nativos, resguardar as paisagens naturais notáveis e oferecer oportunidades de lazer, contemplação, educação ambiental e pesquisa científica nestes espaços protegidos”, diz o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

Fonte: SEA



Velejadores do Projeto Grael no Campeonato Estadual de Optimist


Velejadores da equipe Estrelas do Mar - a equipe de competição do Projeto Grael - participaram do Campeonato Estadual da Classe Optimist (vela), realizado recentemente em Niterói e promovido pelo Clube Naval-Charitas, e se saíram bem. Um dos nossos velejadores, Demóstenes João Neto, classificou-se para disputar o Campeonato Brasileiro, em Maria Farinha, no Recife, em 2014.

O nosso desafio agora é viabilizar a participação do nosso velejador. Estamos buscando apoio e patrocínio para cobrir as despesas.

Veja fotos do Campeonato:
















Fonte: Projeto Grael


WWF oferece bolsa de estudos em conservação ambiental


Beneficiado receberá 10 mil francos suíços para investir em cursos voltados à preservação da natureza (foto: WWF-Canon)


Agência FAPESP – Estão abertas, até 11 de janeiro de 2014 , as inscrições para concorrer à bolsa Prince Bernhard 2014, auxílio oferecido pela Rede WWF, organização não governamental (ONG) dedicada à preservação da natureza

Voltado a estudantes e profissionais, o benefício tem por objetivo financiar treinamentos de curto prazo ou estudos formais na área de conservação ambiental, que possam ser concluídos em um ano (ou menos) no próprio país do solicitante. Para 2014, os cursos devem ter previsão de conclusão entre 1º de julho de 2014 e 30 de junho de 2015.

A bolsa privilegia candidatos atuantes em conservação dos países da África, Ásia, Europa Central e Leste Europeu, Oriente Médio, América Latina e Caribe, em especial mulheres e indivíduos que trabalham em ONGs.




O valor máximo concedido para cada bolsa é de 10 mil francos suíços. Esse apoio financeiro deverá ser usado para pagar taxas do curso, custos de viagem e de subsistência durante o período.

Para se candidatar é necessário preencher o formulário (em inglês) e encaminhar, com os documentos solicitados, para o e-mail lep@wwf.org.br.

Mais informações www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/lep/lep_acoes_resultados/cpc/bolsa_prince_bernhard/


Fonte: Agência Fapesp


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Guia multidisciplinar sobre o Parque Nacional da Tijuca é nova ferramenta para ensino básico


O Parque Nacional da Tijuca possui 3.953 hectares e é visitado anualmente por cerca de dois milhões de pessoas. Foto: Thiago Haussig 
Danielle Kiffer

Ele tem 3.953 hectares de área, o equivalente a 3,5% da área do município do Rio de Janeiro; é visitado, anualmente, por cerca de dois milhões de pessoas, entre cariocas, turistas estrangeiros e de outros estados; abriga um dos pontos turísticos mais notórios da cidade: o Cristo Redentor. Estamos falando do Parque Nacional da Tijuca, um pequeno fragmento da Mata Atlântica, em pleno centro urbano, que agrega em sua extensão grande biodiversidade de fauna e flora, além de ser riquíssimo em fatos históricos e arte. Aproveitando essa multidisciplinaridade natural, Andréa Espinola de Siqueira, professora do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), desenvolveu – com mais 12 professores e pesquisadores dos mais diversos campos de estudo, desde biologia, geografia, história a artes, de várias universidades – o Guia de Campo do Parque Nacional da Tijuca, livro eletrônico que traz uma espécie de roteiro, voltado principalmente a professores e estudantes da educação básica.

Nele, o Parque Nacional da Tijuca passa a ser um local para aulas externas, em que podem ser observados e abordados vários pontos importantes. Para sua criação, o guia recebeu subsídios do programa de Apoio ao Material Didático para ensino e pesquisa, da FAPERJ. "Apesar de ser o menor do Brasil, como se trata de um local ímpar, reduto de patrimônio histórico e cultural, o Parque Nacional da Tijuca é o mais visitado. Por isso, não queríamos que o guia parecesse um livro didático, mas que proporcionasse uma leitura leve, entretendo ao mesmo tempo em que informa", afirma Andréa. O material pretende tirar o máximo de aproveitamento da visita ao parque, estimulando nos jovens a cidadania e o debate sobre questões socioambientais. "Acredito que se deve entrar na floresta como quem folheia as páginas de um livro. Os assuntos são muitos e as possibilidades, infinitas. Tomando-se como ponto de partida a Trilha dos Estudantes, ao entrarmos na floresta, um mundo novo se abre e os alunos podem ver e sentir na prática temas que, se abordados em sala de aula, poderiam parecer desinteressantes ou mesmo monótonos. Trata-se de um local rico, resultado de um processo que levou anos para se consolidar, a partir da iniciativa pioneira e visionária do imperador D. Pedro II", comenta Lucio Meirelles Palma, coordenador de Monitoria Ambiental e do Voluntariado no Parque Nacional da Tijuca.

A relação entre a vegetação e a temperatura, o cheiro característico e a importância da mata são alguns dos temas abordados no guia, com notas para o professor destacar a seus alunos. Entre eles, a própria história da formação da floresta, que, no início do século XIX, estava devastada pela cafeicultura e pelas plantações de cana-de-açúcar e pela retirada da madeira para construção. As consequências desse desmatamento não tardaram, afetando os mananciais hídricos e prejudicando o abastecimento de água da cidade. Para reverter essa situação, o imperador D. Pedro II, em 1861, por meio do decreto imperial, mandou reflorestar as áreas das florestas da Tijuca e das Paineiras. Estima-se que ao longo de 13 anos tenham sido plantadas cerca de cem mil árvores, primeiramente por seis escravos – Eleutério, Constantino, Manuel, Mateus, Leopoldo e Maria –, e mais tarde com a ajuda de 22 trabalhadores assalariados.

Nesse contexto, há, por exemplo, um link para que os professores questionem os alunos sobre qual a relação entre desmatamento e a redução do volume de água dos rios da região no começo do século XIX. Os professores são instruídos a reforçar pontos específicos, como o fato que a mata protege os mananciais contra assoreamento, ou seja, que os rios sejam obstruídos por sedimentos ou detritos levados pelas chuvas.

Com espécies de grande interesse farmacológico, medicinal, ornamental e alimentício, a flora de Mata Atlântica que compõe a floresta é internacionalmente reconhecida como uma das mais ricas e diversificadas do planeta. Segundo a bióloga Ana Maria Donato, uma das autoras do guia e professora da Uerj, na Trilha dos Estudantes podem ser encontradas plantas bastante presentes em nosso cotidiano, como algumas Rubiaceae, nome da família botânica da qual faz parte o popular café. E também diversas Bromeliaceae, família cujos representantes têm folhas alongadas e organizadas em roseta, formando um reservatório onde se acumula água da chuva em sua base. "O abacaxi pertence a essa família, além de numerosas espécies de grande valor ornamental, típicas da Mata Atlântica e em muitos casos encontradas exclusivamente nesse bioma", explica Ana Maria.

Outro coautor do livro, Alexandre Justino Soares trabalha no Centro de Visitantes do Parque Nacional da Tijuca (ICMBio) há 11 anos e também é professor de Artes na rede municipal de ensino de Nova Friburgo. Ele ainda se encanta com a imensa diversidade de animais na área e a integração local entre fauna e flora. "Às vezes, presenciamos macacos-prego bebendo água diretamente de bromélias, algumas das quais podem alcançar até três metros, abrigando em seus vãos sapos, rãs e pererecas", conta. Mas Alexandre ressalta: "Apesar de a bromélia ser depósito de água parada, na floresta ela não é foco de mosquito da dengue, porque num ambiente equilibrado os próprios animais fazem o controle biológico da espécie transmissora da Dengue, que se prolifera com mais incidência em ambientes domésticos". O professor fala ainda sobre o ipê, cuja casca do tronco, segundo ele, é ótimo adstringente para machucados. "Os animais mastigam a casca da árvore e a colocam sobre suas feridas." Para o professor, uma de suas aves prediletas é o tangará-dançarino, que além da grande variedade de cores em suas penas ganhou esse nome pela exótica dança de acasalamento que executa. "É um emocionante espetáculo da natureza, que pode ser admirado por qualquer pessoa", exclama.

Andréa e equipe pretendem lançar em 2014 a versão impressa e ampliada do guia, trazendo informações sobre uma trilha, adaptada especialmente para visitantes que usem cadeira de rodas e para aqueles com deficiência visual, em que os pontos de interesse estão indicados em placas informativas em braile. "Pretendemos promover a inclusão também à natureza, a esse reduto tão rico de história e cultura", finaliza Andréa. O livro completo pode ser baixado diretamente na página oficial do Parque Nacional da Tijuca (http://www.corcovado.org.br/) ou na página do Instituto de Biologia da UERJ (http://www.biologiauerj.com.br/) .

Fonte: Faperj


Niterói ganha mais um empreendim​ento da rede hoteleira




Prefeito e representantes do setor turístico do Estado e do governo federal participaram da inauguração do H Niterói Hotel

A cidade de Niterói ganhou mais um hotel. Foi inaugurado na tarde desta quarta-feira (27/11) o H Niterói Hotel, localizado no bairro do Ingá, Zona Sul da cidade. O empreendimento, que teve um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, vai atender, com suas 266 suítes, a 30% da demanda por leitos de hotelaria no município.

O prefeito da cidade participou da cerimônia de inauguração juntamente com o secretário executivo do Ministério do Turismo, Sérgio Braune;  o secretário estadual de Turismo, Ronald Ázaro, entre outras autoridades municipais e representantes do trade turístico do estado e do município.

O H Niterói Hotel é o primeiro empreendimento do gênero do Grupo H Hotéis no município. O hotel tem localização privilegiada, próximo ao Museu de Arte Contemporânea (MAC) e da Praia de Icaraí, e, além de ter sido projetado para receber turistas em viagem de passeio, dispõe de instalações direcionadas para o turismo de negócios, com onze salas de eventos e centro de convenções. Com 20 andares, o H Niterói Hotel conta ainda com áreas de lazer e restaurante com vista panorâmica para a Baía de Guanabara.

Na solenidade de inauguração, o prefeito disse que o investimento feito pelo Grupo H Hotéis em Niterói tem um significado extraordinário. “Este é um empreendimento feito por quem tem uma visão do futuro. Não tenho dúvida de que este hotel qualifica ainda mais a nossa rede hoteleira, que já tem uma ocupação de mais de 90%. É um hotel diferenciado. Vocês fizeram um excelente investimento. Parabéns por acreditarem em Niterói”, afirmou o prefeito.

O chefe do Executivo municipal destacou, ainda, o acordo feito com a Prefeitura do Rio, que está divulgando os pontos turísticos de Niterói, como o Caminho Niemeyer e o circuito dos fortes, para o trade turístico carioca. Ele também ressaltou que delegações olímpicas farão aclimatação na cidade e vão ficar no município no período das Olimpíadas de 2016.

“O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, nos solicitou 4 mil leitos de hotel em Niterói. O H Niterói está ampliando em 30% o número de leitos na cidade. Mesmo depois dos grandes eventos esportivos, a perspectiva para o turismo em Niterói e de retorno para o investimento que vocês fizeram é muito promissora por conta da operação do pré-sal e do Complexo Petroquímico do Itaboraí, o Comperj”, acrescentou o prefeito.

O diretor do H Niterói Hotel, Rodrigo Alvite, disse que o hotel está de portas abertas para a cidade de Niterói, e destacou que o empreendimento foi projetado para ser um edifício sustentável, com o reaproveitamento da água da chuva e acondicionamento  do lixo orgânico em câmara refrigerada.

O secretário executivo do Ministério do Turismo, Sérgio Braune, veio de Brasília para participar da inauguração. Ele ressaltou a importância de Niterói para o cenário do turismo brasileiro. “É um prazer estar aqui brindando este novo empreendimento, que eu tenho certeza que vai trazer  um novo desenvolvimento para os cidadãos niteroienses.  O ministro Gastão Vieira esteve em Niterói recentemente e ficou entusiasmado com a beleza da cidade. E sei que pela primeira vez Niterói sediou o Salão Estadual de Turismo. Realmente há uma sincronia entre os grandes eventos que estão próximos a acontecer e todos esses empreendimentos que estão sendo construídos na cidade. O Ministério do Turismo tem participado ativamente desse momento de Niterói”, afirmou Braune.

Já o secretário estadual de Turismo, Ronald Ázaro, destacou  a confluência de fatores positivos, ao reunir o município, o Estado e o governo federal na inauguração “Quero parabenizar os empreendedores do Grupo H Niterói, que são corajosos e têm um senso de oportunidade fabuloso no que diz respeito ao momento que o Estado do Rio e Niterói vivem. O prefeito de Niterói tem a sensibilidade em perceber que o turismo aumenta a empregabilidade, tem retorno econômico e financeiro dos investimentos que são feitos e alavanca a qualidade de vida dos moradores”, afirmou.

Também participaram do evento o presidente da Neltur, Paulo Freitas; o presidente da Federação de Conventions and Visitors Bureau do Estado do Rio de Janeiro, Marco Navega; a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos, Rosana Beth Alvarenga, entre outros.
 
 
 

Parque Estadual dos Três Picos ganha novos limites




Maior unidade de conservação do estado incorporou áreas densamente recobertas por Mata Atlântica

Maior unidade de conservação de proteção integral do Rio de Janeiro, com 65.113 hectares, o Parque Estadual dos Três Picos (PETP), na Região Serrana, teve os seus limites recentemente alterados em virtude da aprovação da Lei Estadual nº 6573/13, de autoria do Poder Executivo.
 
“O objetivo da proposta era excluir dos limites do parque áreas com ocupação consolidada anteriores a sua criação em 2002, como, por exemplo, parte do bairro de Teodoro de Oliveira, em Nova Friburgo, e o condomínio Caneca Fina, em Guapimirim, que haviam sido indevidamente incluídas na unidade, gerando insegurança para os moradores e um ônus financeiro desnecessário para o Estado, uma vez que tais áreas, por já estarem muito ocupadas, possuem escasso valor ambiental”, disse o diretor de Áreas Protegidas e Biodiversidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), André Ilha.
 
Em contrapartida, ressalta Ilha, foram adicionadas ao parque áreas cerca de cinco vezes maiores na região entre Nova Friburgo e Silva Jardim, e que se encontram densamente recobertas por Mata Atlântica e sem habitações humanas, aumentando não apenas o tamanho, mas também a qualidade ambiental do parque.
 
O mesmo projeto de lei incorporou ao Parque Estadual dos Três Picos a Estação Ecológica Estadual do Paraíso, em Guapimirim, com cerca de 4.900 hectares, unidade que lhe era contígua, como medida de racionalidade administrativa, uma vez que ambas já eram administradas em conjunto.
 
VISITAÇÃO RECREATIVA
 
Além disso, agora os atrativos naturais da antiga estação ecológica poderão receber alguma visitação recreativa, o que antes era vedado pela legislação.
 
O Parque Estadual dos Três Picos protege florestas e campos de altitude em cinco municípios da Região Serrana do estado – Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Teresópolis, Guapimirim e Silva Jardim – e ocupa uma posição estratégica no Corredor Central da Mata Atlântica fluminense.
 
No parque são encontradas inúmeras espécies raras e ameaçadas da fauna e flora nativas, e um conjunto de montanhas graníticas de grandes dimensões, como o grupo da Mulher de Pedra, em Teresópolis, as Torres de Bonsucesso, também em Teresópolis, e os Três Picos de Friburgo, que lhe emprestaram o nome e que, com cerca de 2.350 m de altitude, são o ponto culminante de toda a Serra do Mar.
 
O parque tem sua sede em Cachoeiras de Macacu, onde há um gigantesco exemplar de jequitibá-rosa, com cerca de 40 metros de altura, muito visitado por turistas e grupos escolares. Conta ainda com postos e subsedes em Guapimirim, Teresópolis e Lumiar, em Nova Friburgo.
 
A subsede Teresópolis, na localidade conhecida como Vale da Revolta, ganhará, em breve, uma grande estrutura de lazer e ecoturismo que inclui centro de visitantes, camping, restaurante, lanchonete, arvorismo, tirolesa e trilhas.
 
“Quando essa estrutura estiver implantada, deverá receber mais de 100 mil visitantes por ano, num investimento de R$ 12 milhões que muito contribuirá para o incremento do turismo nessa cidade serrana”, afirma o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

Fonte: SEA


Transoceânica: R$ 292 milhões para via expressa




Texto: Raquel Morais
Foto: Divulgação

Na manhã de ontem foi assinado o contrato e liberação dos recursos para a construção do BRT Transoceânica, túnel Charitas-Cafubá, no Museu de Arte Contemporânea (MAC). Estiveram presentes na solenidade o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, vice-prefeito Axel Grael, a ministra do Planejamento, Orçameto e Gestão, Miriam Belchior, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, a secretária municipal de Urbanismo, Verena Andreatta, a vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Alberto Occhi, além de secretários, empresários e políticos da cidade.

O BRT Transoceânica, corredor expresso para ônibus, é um projeto de mobilidade urbana que vai ligar a Zona Sul da cidade com a Região Oceânica pelo o sistema BHLS (Bus of High Level of Service), inspirado nos veículos leves sobre trilhos. Orçado em R$ 315 milhões, sendo 95% financiado pelo governo do estado, vinculado ao PAC da Mobilidade, e a contrapartida custeada pela Prefeitura de Niterói. “O corredor vai reduzir o fluxo de veículos nos bairros de Santa Rosa, Largo da Batalha, São Francisco e Icaraí com nova opção de rota, que será utilizada diretamente por cerca de 80 mil pessoas por dia. Essa construção é o maior investimento de infra estrutura urbana de Niterói”, comentou o prefeito Rodrigo Neves.

O corredor expresso terá 9,3 Km de extensão, 13 estações de ônibus, ciclovia e os ônibus terão acesso pelos lados direito e esquerdo, para agilizar entrada e saída de passageiros. “Para quem utiliza o transporte público será uma enorme mudança e para quem não usa será uma ótima oportunidade de experimentar um transporte público de qualidade”, ressaltou a ministra Miriam Belchior.

Já para o primeiro trimestre de 2014 está previsto o lançamento do edital e início das obras que tem previsão para ser entregue para a população no primeiro semestre de 2016. “A equipe desse projeto, que é totalmente executável, é maravilhosa e com profissionais capacitados que vão ajudar a reestruturar a cidade como um todo”, ressaltou o vice prefeito Axel Grael.

De acordo com a ministra, o Brasil tem R$ 93 bilhões destinados para obras e projetos de mobilidade sobre trilhos e o governo conseguiu mais R$ 50 bilhões para ampliar esses projetos depois das manifestações em meados do ano

Fonte: A Tribuna

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Saiba mais sobre a Transoceânica:

Obras da TransOceânica vão começar em 2014
Prefeitura de Niterói e governo federal assinam contrato para construção da Transoceânica
TransOceânica: ministra Miriam Belchior assina hoje para liberar recursos
TransOceânica: entrevista do prefeito Rodrigo Neves ao Bom Dia RJ
TRANSOCEÂNICA: início de um novo tempo na mobilidade de Niterói
Vídeo: Apresentação da TransOceânica aos vereadores na Câmara Municipal de Niterói
Verena Andreatta detalha o projeto da TransOceânica
Prefeito Rodrigo Neves sanciona Lei da TransOceânica
TRANSOCEÂNICA: CÂMARA AUTORIZA PEDIDO DE EMPRÉSTIMO PARA MOBILIDADE URBANA
AXEL GRAEL E SECRETÁRIOS EXPLICAM PROJETOS DE MOBILIDADE NA CÂMARA DE VEREADORES
VLT Charitas-Centro: Prefeitura de Niterói avança na agenda da mobilidade sustentável

Esqueleto da Riodades: esquema de implosão é montado




Prefeitura de Niterói montou esquema para a implosão do prédio conhecido como esqueleto da Riodades, no bairro Fonseca. Para a implosão, que ocorrerá neste sábado, serão utilizados 150 kg de dinamite. Reprodução

Para a ação, serão utilizados 150 kg de dinamite em pontos estratégicos da estrutura. A previsão é que em dois meses todos os escombros sejam removidos do local

A Prefeitura de Niterói montou um esquema especial de trânsito para a implosão do prédio conhecido como "Esqueleto da Riodades", no Fonseca, que vai ocorrer às 10h deste sábado (30/11).
De acordo com a NitTrans, a rua Riodades ficará interditada das 09h45 às 10h30 no trecho entre a alameda São Boaventura e a praça 14 de fevereiro. Entre 9h30 e 10h30, ficará bloqueado o trecho entre a praça e a travessa Chiquito.

A travessa Santo Onofre estará interditada entre 09h30 e 10h30 entre a rua Riodades e travessa Chiquito.

O estacionamento e paradas estarão proibidos na Riodades no sentido alameda, entre a praça 14 de Fevereiro e a travessa Madre Joaninha da Sagrada Face, e na travessa Santo Onofre, entre a rua Riodades e a travessa Chiquito.

Ônibus e carros que pretendem seguir para a rua Riodades deverão usar a rua Teixeira de Freitas. Já os que desejam sair da Riodades, deverão pegar a Rua Evilásio Silva até a alameda. Os moradores de um conjunto residencial que fica em frente ao Esqueleto deverão entrar pela rua Santo Cristo, sair na rua São Januário e fazer o retorno para a travessa Victor Pestre.

A partir das 8h, os agentes da Nittrans já estarão presentes no local, orientando motoristas de carros e ônibus para desviarem a rota.

De acordo com Emusa (Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento), moradores de raio de 150 metros do Esqueleto terão que deixar suas residências e já foram avisados pelas equipes envolvidas na operação.

O edifício número 4 do condomínio Eldorado, que fica em frente ao Esqueleto, será o único que precisará ser evacuado. Três sirenes serão acionadas antes da implosão: uma dez minutos antes, outra cinco e a última um minuto antes da detonação, que significará a autorização para a operação.

A Prefeitura recomenda no dia de sábado que os moradores da área deixem seus veículos estacionados nas garagens, levem consigo animais de estimação, fechem portas e janelas, desliguem aparelhos eletrônicos, registro do botijão de gás e chaves de energia e procurar seguir todas as recomendações dos agentes presentes ao local.

Serão utilizados 150 kg de dinamite em pontos estratégicos da estrutura. A previsão é que em dois meses todos os escombros sejam removidos do local.

Fonte: O Fluminense

Cuba aprova legislação para permitir marinas. Barcos estrangeiros poderão ficar na ilha por cinco anos.




Cuba passes legislation to open marinas

The Caribbean island will now allow foreign vessels to stay at local marinas for up to five years
 
Cuban President Raul Castro signed a decree that would allow yachts from outside the country to stay in local marinas for five years. The new law is part of the government’s initiative to develop its yacht tourism sector.

"Recreational boats on pleasure cruises will be able to remain in the national territory for up to five years," the regulation states. Individual marinas will be able to extend the period.

The decree was backed by the ministries of Tourism as well as Finance and Prices. The legislation also established a definition for “marinas”, with rules for planning, development and preservation.
The decree also allows boat owners coming to the island to send information ahead to the Tourism Ministry about vessel type, crew and passengers, to expedite access.

The measure is part of a broader initiative to diversify tourism in Cuba, which is currently the second-highest economic activity for the Caribbean island. The government said it plans to create a National Nautical Commission, which will coordinate policies relating to nautical tourism.

Fonte: IBINews

Obras da TransOceânica vão começar em 2014


A ministra Miriam Belchior assinou a liberação da verba ao lado de Rodrigo Neves, Axel Grael e Luiz Fernando Pezão. Foto: Marcelo Feitosa

Paula Valviesse

Prefeitura de Niterói e Governo Federal assinam contrato para dar início ao projeto de mobilidade urbana. Serão investidos R$ 315 milhões na obra

Foi assinado ontem o contrato para a construção da TransOceânica – um dos principais projetos de mobilidade urbana da cidade, que vai ligar o bairro de Engenho do Mato, na Região Oceânica, a Charitas. A obra será licitada através de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), no início do ano, estando prevista para começar no primeiro trimestre de 2014, com prazo para término estimado entre 18 e 24 meses. A cerimônia aconteceu no Museu de Arte Moderna (MAC) e contou com a presença da ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e do vice-governador, Luiz Fernando Pezão.

O projeto consiste na criação de um corredor expresso de 9,3 quilômetros, que contará com uma faixa exclusiva para a circulação do BHLS (Bus of High Level of Service). Durante o percurso, serão instaladas 13 estações entre o Engenho do Mato e Charitas, onde o sistema se interligará às barcas e ao VLT do Centro através de uma estação intermodal. As intervenções prometem ainda realizar uma transformação urbanística na Região Oceânica, enterrando toda a fiação da área do trajeto, construindo ciclovias e melhorando o acesso à localidade por meio de transporte de massa e coletivos.

Para a obra, serão investidos R$ 315 milhões. Com a assinatura do contrato, o Governo Federal destinou R$ 292,3 milhões para execução do projeto, recursos direcionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade), e a Prefeitura entra com a contrapartida de cerca de R$ 23 milhões. Este foi o primeiro contrato assinado do PAC Mobilidade.

Segundo Rodrigo Neves, a construção da TransOceânica irá beneficiar diretamente a mais de 80 mil pessoas por dia e dez bairros. Além de atender cada vez melhor a população com o transporte público, englobando todos os modais e viabilizando opções para melhoria da mobilidade urbana.
“A TransOceânica é a mais importante obra e o maior investimento em infraestrutura urbana da história de Niterói”, afirmou o prefeito.

A ministra Miriam Belchior destacou a evolução do município no quesito mobilidade, lembrando que Niterói conquistou, junto à carteira de obras de mobilidade urbana, recursos para a Linha 3 do Metrô, o BRT Metropolitano, o VLT Praias da Baía e a TransNiterói.

De acordo com a ministra, o município foi o primeiro entre todos os contratos apresentados em março a receber a destinação de recursos e, pensando nos eventos esportivos que acontecerão no país, orientou que a partir desse momento a Prefeitura realize uma licitação rápida, por RDC, para dar início o quanto antes as obras.

“A gente vê a realização de um sonho de tantos anos de uma cidade e esquece as dificuldades enfrentadas para conquistá-lo. Agora cabe à Prefeitura realizar uma licitação rápida e começar a obra. Niterói tem seguido em busca de investimento, tendo esse sentido de urgência que os municípios devem ter como contrapartida para a vinda de recursos”, disse Miriam Belchior.

Para explicar o projeto da TransOceânica, a secretária de Urbanismo e Mobilidade, Verena Andreatta, apresentou as especificações com slides e um vídeo demonstrativo. Segundo ela, a escolha do sistema BHLS foi feita por ser a opção que melhor atende a população da Região Oceânica, com crescimento baseado em loteamentos de baixa densidade.

A secretária ainda destacou três fases da implantação da via, que consistem em alargamento e reconfiguração das avenidas Francisco da Cruz Nunes e Conselheiro Paulo de Melo Kale, passando pela Avenida Cruz Nunes, construção de túnel sob o maciço entre os bairros de Cafubá e Charitas e construção dos terminais e do intermodal da Estação de Charitas, na Avenida Sylvio Picanço.

BHLS – O sistema de transporte de massa BHLS, que será implantado em Niterói, funciona como uma espécie de VLT sobre rodas, ocupando menos espaço urbano e conseguindo circular no interior dos bairros, enquanto o BRT tradicional só pode rodar na via expressa, obrigando o usuário a fazer várias baldeações para chegar ao seu destino final. Os ônibus contam com portas nos dois lados, sendo capaz de realizar embarque e desembarque tanto nas ruas comuns quanto na faixa exclusiva. As estações são mais compactas e no nível do solo. Alemanha, França e Inglaterra já adotam o novo sistema.

Fonte: O Fluminense

 

Grandes momentos de 2013: Martine Grael




Sucesso na vela é quase um pleonasmo quando entra em cena o sobrenome Grael. E mais uma prova disso foi o resultado conquistado na classe 49er.FX em setembro, durante o Campeonato Mundial de Marselha, na França, pela dupla formada por Martine Grael e sua proeira, Kahena Kunze.

As duas sagraram-se vice-campeãs mundiais e o resultado adicionou mais uma conquista à extensa lista da família Grael. Nascida em Niterói, filha de Torben Grael — bicampeão olímpico, dono de outras três medalhas nos Jogos e considerado um dos maiores velejadores da história — e sobrinha de Lars Grael — que tem no currículo duas medalhas olímpicas, entre outros diversos resultados de destaque na vela —, Martine, entretanto, foi sincera ao afirmar que o resultado obtido na França foi uma surpresa.

“Nosso objetivo era muito menor: queríamos ficar entre as cinco primeiras duplas, mas, se chegássemos entre as dez também não ficaríamos tristes. A medalha de prata, então, deu uma sensação muito boa. De quase euforia!”, comemora a velejadora.

A classe 49er.FX é uma das novidades para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Pensando nisso, Martine desfez a parceria com medalhista olímpica Isabel Swan (Bronze em Pequim-2008), com quem competia na classe 470. “Eu já tinha velejado com a Kahena em 2009 (antes de formar dupla com Isabel) e decidimos fazer um teste. Gostei de velejar na nova classe com ela e decidimos correr atrás do nosso objetivo, que são os Jogos Olímpicos”, explica a timoneira Martine que, assim como sua proeira, tem 22 anos.

A dupla começou a treinar em setembro de 2012, ainda sem acompanhamento técnico. “Deu tudo certo dentro do que podia dar, que era começar bem, pelo topo”, destaca a velejadora. “No começo do ano, seguimos para Miami, onde foi disputada a segunda etapa da Copa do Mundo. Lá, tivemos o primeiro contato com outras velejadoras da classe. E ganhamos! A partir daí, nossa confiança aumentou”, recorda.

Em junho, as brasileiras passaram a treinar com o técnico Javier Torres, já visando o Campeonato Europeu, em Aarhus, na Dinamarca. Lá, conquistaram outra grande resultado: foram vice-campeãs. Então, o espanhol veio para o Brasil para preparar a dupla para o principal desafio do ano: o Campeonato Mundial. “Começamos meio às cegas, porque a gente não tinha ideia quanto às outras meninas da classe. Mas foi tudo dando certo. E, no Mundial, fomos vice-campeãs, bem mais do que a gente esperava para o nosso primeiro Mundial.”

A classe 49er.FX, na definição de Martine, é muito dinâmica. “É uma classe mais exigente, física e tecnicamente, mas é bem divertida”, explica.

Até o fim do ano, Martine e a paulista Kahena seguem vivendo uma rotina de treinos fortes. “Estamos na base para a próxima temporada, com treinos intensivos, com trabalho físico e também de manobras. Para 2014, nosso principal objetivo será novamente o Campeonato Mundial (em Santander, na Espanha). Mas teremos também o evento-teste para os Jogos Olímpicos, aqui na baía da Guanabara”, revela.

Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte

Fonte: Ministério do Esporte


Vinte e cinco anos depois, Lars Grael relembra sua primeira medalha olímpica


Lars Grael (com Clínio, de branco) fala durante coletiva do Extreme Sailing Series (Foto: Vincent Curutchet/Lloyd Images)

Velejador, bronze nos Jogos de Seul-1988, conta que a falta de apoio no Brasil quase o fez desistir de disputar o evento esportivo na Coreia do Sul

Dia 27 de setembro de 1988. Ao lado do proeiro Clínio de Freitas, o velejador Lars Grael conquistou sua primeira medalha olímpica, o bronze na classe Tornado nos Jogos de Seul, na Coreia do Sul. Mas a conquista, que completou 25 anos, por muito pouco não aconteceu. O motivo? A falta de apoio da vela brasileira na época.

– Pensamos em não ir para a Olimpíada por conta da precariedade das nossas condições. Nosso barco era alugado, velho e cansado. Ele chegou a quebrar durante a seletiva olímpica – disse Lars, numa pausa na disputa da Extreme Sailing Series, em Florianópolis (SC), há duas semanas, quando foi o coordenador do barco brasileiro.

No ciclo olímpico para Seul, Lars e Clínio disputaram apenas uma competição por ano fora do Brasil. Uma vela durava dois anos. Já os rivais desenvolviam inúmeras velas e tinham treinadores.
A ida para Seul só foi confirmada depois que apareceu um salvador na vida dos dois atletas: o húngaro Nicholas Makay, um ex-velejador radicado no Rio de Janeiro e presidente da indústria química Peróxidos.

– Ele comprou um barco novo e dois jogos de vela. Chegamos na Olimpíada de Seul sem o menor favoritismo, mas com uma força de vontade muito grande. Treinamos num ritmo frenético – afirmou Lars.

Então com 24 anos, os dois brasileiros entraram na Baía de Suyong, em Pusan, sem a atenção dos rivais. A disputa foi marcada por condições extremas de mar e vento. Lars e Clínio foram crescendo durante as regatas e chegaram atrás apenas dos franceses Jean Yves Le Déroff e Nicolas Hénard e dos neozelandeses Rex Sellers e Christopher Timms.

– Dada a precariedade na preparação, para nós o bronze foi reluzente como ouro. Contrariamos a lógica, a falta de apoio e o preconceito.

Lars ficou fora da cerimônia de abertura

Em Seul-1988, Lars e Torben Grael se transformaram no primeiro caso de irmãos medalhistas na história olímpica do Brasil. Torben, que já tinha levado a prata em Los Angeles-1984 ao lado de Daniel Adler e Ronaldo Senfft, na classe Soling, faturou o bronze na Coreia do Sul com Nelson Falcão, na Star.

Baseados em Pusan, cidade portuária importante para a indústria naval sul-coreana e localizada a cerca de 400 quilômetros de Seul, os dois velejadores brasileiros pouco viram dos Jogos. E, por conta da falta de dinheiro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ambos não puderam participar da cerimônia de abertura.

– Tudo era tão precário que o COB disse que só poderia mandar cinco velejadores para a festa. E nós éramos mais de dez. Nos reunimos e criamos um critério. Quem já tinha participado da cerimônia de abertura em Los Angeles daria preferência para quem nunca tinha ido. Então, eu e Torben não fomos. Fiquei concentrado e vi pela televisão – contou Lars, frisando que a equipe era muito unida.

QUEM É:
Nome:
Lars Grael.
Nascimento:
49 anos. Nasceu no dia 9/2/1964, em São Paulo (SP).
Em Jogos Olímpicos:
Em Los Angeles-1984, ficou em sétimo ao lado de Glenn Haynes. Em Seul-1988, foi bronze com Clínio de Freitas. Em Barcelona-1992, foi oitavo com Clínio. E, em Atlanta-1996, foi bronze com Kiko Pellicano. Todas na classe Tornado.

QUEM É:
Nome:
Clínio de Freitas.
Nascimento:
49 anos. Nasceu no dia 8/1/1964, em Niterói (RJ).
Altura e peso:
1,82m e 70kg.
Em Jogos Olímpicos:
Bronze em Seul-1988 e oitavo em Barcelona-1992, ambos com Lars.

Fonte: Lance!


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A agropecuária e as emissões de gases de efeito estufa




Cálculos indicam que as emissões dos diversos GEE liberados pela agropecuária brasileira aumentaram praticamente 45% desde 1990.

Por Marina Piatto, Maurício Voivodic e Luís Fernando Guedes Pinto*

Além de ser um pilar da economia nacional e a atividade produtiva que ocupa a maior área do território nacional, a produção agropecuária passou a estar entre os principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa do Brasil, respondendo por cerca de 30% do total.

A contabilidade das emissões oficiais brasileiras é realizada a cada cinco anos pelo Inventário Brasileiro, de responsabilidade do governo federal. Todavia, dada a crescente importância das mudanças climáticas, a sociedade civil brasileira decidiu assumir o protagonismo e estimar anualmente as emissões nacionais, com o fim de identificar tendências e antecipar propostas de políticas e ações para reduzi-las.

Isso foi realizado pela primeira vez este ano, com base numa adaptação do método do Inventário Brasileiro, para as emissões de 2012, mas também para toda a série histórica entre 1990 e 2012. A iniciativa é do Observatório do Clima, uma rede de entidades da sociedade civil que tem como objetivo discutir as mudanças climáticas no contexto nacional e influenciar políticas no Brasil e fora dele.

Entre seus membros, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) foi o responsável por liderar o cálculo das estimativas da atividade agropecuária.

Os cálculos indicam que as emissões dos diversos gases de efeito estufa liberados pela atividade aumentaram praticamente 45% desde 1990, atingindo 440 milhões de toneladas de carbono equivalente em 2012. Somando-se esse volume às emissões de energia, mudança no uso da terra e resíduos, também associadas à agropecuária, o setor do agronegócio passa a responder por cerca de 61% do total das emissões brasileiras.

As emissões acompanham o crescimento do setor, que aumentou em área e produtividade no mesmo período, mas é necessária uma análise entre o aumento da produção e o aumento relativo das emissões.

Quanto temos sido eficientes (ou não) no aumento da nossa produção em relação às emissões? Esta é uma pergunta que deve passar a ocupar papel central na pesquisa e desenvolvimento da produção e formulação das políticas agrícolas.

Uma análise inicial das emissões também aponta dois elementos centrais a serem enfrentados pelo setor. O primeiro é que a pecuária de corte é a principal responsável pelas emissões, acumulando 65% do total do setor. Tudo indica que este é o setor em que é possível ocorrer as maiores reduções de emissões, com custo relativamente baixo, a partir do aumento da governança, da adoção de boas práticas e da intensificação da produção. Além disso, as reduções das emissões podem vir acompanhadas de outros benefícios ambientais e econômicos, sendo, portanto, a prioridade para o futuro.

O segundo destaque fica para o significativo aumento das emissões decorrentes do uso de fertilizantes químicos, principalmente os de nitrogênio. Entre 1990 e 2012, elas saltaram de 6,5 milhões para 29,3 milhões de toneladas de carbono equivalente.

Se, na pecuária, a intensificação pode combinar aumento de produtividade com diminuição de emissões, no caso do nitrogênio cabe uma análise aprofundada da equação intensificação-produtividade-emissões.

A novidade das estimativas do Observatório do Clima e do Imaflora é que houve uma ligeira diminuição das emissões da agropecuária em 2012, em relação ao ano anterior. Mas não há muito que comemorar, pois tudo indica que decorre de uma diminuição circunstancial da área produtiva de algumas culturas.

De todo modo, esta pequena redução das emissões da agropecuária parece estar mais correlacionada a aspectos econômicos (como expansão ou retração da área cultivada, preço e intensidade de uso de insumos) ou fatores externos do que a um planejamento para a eficiência do setor ou a busca por menores emissões.

Todavia, devemos destacar que já há uma política pública relevante para conduzir a transição da agropecuária brasileira para uma produção de baixo carbono. O Plano ABC começou lentamente, mas tem o papel e a responsabilidade de financiar esta transição. E já tem um observatório monitorando a sua execução e impacto, o que esperamos que colabore para que caminhe rumo ao seu objetivo original.

Estamos no início do entendimento da questão sobre produção agropecuária e gases de efeito estufa. A iniciativa do Observatório do Clima é um farol que se soma ao fundamental mecanismo oficial do Inventário Brasileiro e nos ajuda a entender as grandes tendências e a formular perguntas para serem aprofundadas em 2014.

Devemos ressaltar que a agropecuária, diferentemente da maioria dos outros setores, também é um grande capturador potencial de gases de efeito estufa e a estimativa citada somente trata das emissões, e não do balanço do setor.

* Os autores deste artigo atuam no Imaflora. Marina Piatto (foto) é responsável pela Iniciativa Clima e Agricultura; Maurício de Almeida Voivodic é secretário executivo ; e Luís Fernando Guedes Pinto é gerente de certificação agrícola.

Fonte: Ethos



Prefeitura de Niterói e governo federal assinam contrato para construção da Transoceânica


Prefeito Rodrigo Neves assina o contrato da TransOceânica.

Vice-prefeito Axel Grael assina o contrato, observado pelo prefeito Rodrigo Neves, pela ministra Miriam Belchior, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Bagueira e Edma Gaspar, Superintendente da Caixa para Niterói e Região dos Lagos.

Traçado da TransOceânica.


A Prefeitura de Niterói e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão assinaram na manhã desta quarta-feira (27/11) o contrato para a construção da Transoceânica, um dos principais projetos de mobilidade urbana da cidade, que vai ligar o bairro de Engenho do Mato, na Região Oceânica, a Charitas.

Realizada no MAC (Museu de Arte Contemporânea), cerimônia de assinatura contou com a presença do prefeito da cidade e da ministra Miriam Belchior. Segundo o prefeito, o custo da obra gira em torno dos R$ 315 milhões, com investimentos de R$ 292,3 milhões do governo federal e o restante de contrapartida do município.

A obra da Transoceânica é o primeiro projeto de mobilidade urbana que compõe a carteira de mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) do governo federal a ser assinado. Todos os projetos haviam sido anunciados em março.

De acordo com o prefeito, a previsão é que as obras comecem em 2014 e fiquem prontas até o primeiro semestre de 2016. Ele falou que o edital de licitação deverá ser lançado ainda no primeiro trimestre do próximo ano. Para agilizar o processo, o edital será feito pelo o RDC (Regime Diferenciado de Contratações) feito em contratos do PAC em cidades com relação com as Olimpíadas de 2016.

"A via terá um total de 9,3 quilômetros de extensão com faixas exclusivas para ônibus, um túnel que vai ligar os bairros do Cafubá e Charitas de 1,3 quilômetro, além de ciclovias".

O Corredor BRT da Transoceânica beneficiará cerca de 80 mil pessoas por dia e 10 bairros, entre eles Itaipu, Piratininga, Camboinhas, Várzea das Moças e Itacoatiara. A via terá um total de 9,3 quilômetros de extensão com faixas exclusivas para ônibus, um túnel que vai ligar os bairros do Cafubá e Charitas de 1,3 quilômetro, além de ciclovias.

Os ônibus funcionarão no sistema BHLS (Bus of High Level of Service). Equipados com ar-condicionados, os coletivos terão portas de ambos os lados. Os passageiros serão recolhidos nos próprios bairros onde moram e os ônibus serão autorizados a entrar na faixa exclusiva do BHLS.

No projeto da Transoceânica, está prevista também a integração da via com a estação hidroviária de Charitas, que será reforçada com a aquisição de novas barcas vindas da China, e será transformada em um terminal intermodal.

O prefeito destacou a importância da Transoceânica para a cidade de Niterói.

"A Transoceânica é a mais importante obra e o maior investimento em infraestrutura urbana da história de Niterói. Ela vai mudar o paradigma da mobilidade urbana da nossa cidade. A obra vai reduzir de maneira significativa o fluxo de veículos em eixos viários que hoje estão saturados no Largo da Batalha, Santa Rosa, Icaraí e São Francisco. Com essas parcerias com os governos federal e estadual, estamos retirando Niterói da paralisia e do isolamento", disse o prefeito.

A ministra Miriam Belchior disse estar muito feliz de ver que um sonho de anos da população de Niterói será realizado.

"É um presente estar aqui. Eu sei da importância desta obra para Niterói. É gratificante ver virar realidade um sonho de tantos anos de uma cidade. A Transoceânica vai melhorar, não só a qualidade de vida da população, como vai contribuir também para aumentar a autoestima de Niterói nos próximos anos. Vai ser uma revolução na cidade para quem usa ou não usa transporte público. Quem não usa hoje, passará a usar devido a qualidade da proposta apresentada pela Prefeitura, a qualidade do modal escolhido e a integração com outros modais de transporte, como as barcas. Niterói é uma cidade privilegiada porque seus governantes tem sentimento de urgência", disse.

A secretária municipal de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Verena Andreatta, explicou como funcionará o sistema BHLS.

"O vice-prefeito Axel Grael afirmou que a Transoceânica é mais do que uma obra viária, é um projeto de mobilidade urbana da cidade que tira do papel planos que estavam engavetados há décadas".

"O BHLS é um tipo de BRT diferenciado porque fica mais adequado à estrutura urbana por onde ele vai passar. As estações ficarão num nível de 20 cm do chão. Os ônibus terão portas em ambos os lados, os passageiros poderão sair dos seus bairros, pegar os coletivos, que serão autorizados a entrar na faixa exclusiva. Com isso, os moradores passam a ter menos uma transferência de modal, o transbordo fica reduzido em apenas um ponto e a população ganha. Como a Região Oceânica tem baixa densidade, acreditamos que o sistema BLHS seja a melhor opção para interligar os passageiros e evitar que eles andassem dois, três quilômetros a pé", disse.

Segundo Verena, a Transoceânica deverá estar interligada a outros projetos futuros de mobilidade urbana da cidade, como a Transniterói e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligará Charitas ao Centro.

O vice-governador Luiz Fernando Pezão disse que, se não fossem as parcerias que o Estado estabeleceu com o governo federal, não teria como fazer investimentos nos municípios. Ele voltou a destacar o projeto Bairro Novo, que está realizando obras de pavimentação e drenagem em ruas da Região Oceânica.

O vice-prefeito Axel Grael afirmou que a Transoceânica é mais do que uma obra viária, é um projeto de mobilidade urbana da cidade que tira do papel planos que estavam engavetados há décadas.

O vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse que na semana que Niterói completou 440 anos, a população da cidade vem ganhando vários presentes, como a inauguração do mergulhão da avenida Marquês do Paraná, e agora, a assinatura da Transoceânica.

"Esse é o momento de nós, da Caixa Econômica Federal, reforçarmos mais uma vez a nossa participação e o nosso compromisso de fazer chegar todos esses investimentos de forma mais rápida para que a população possa efetivamente usufruir. As parcerias continuarão", afirmou ele, destacando que o banco tem investimentos de R$ 1,5 bilhão no município.

Fonte: Prefeitura de Niterói



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Saiba mais sobre a TransOceânica e projetos de mobilidade para Niterói em:

TransOceânica: ministra Miriam Belchior assina hoje para liberar recursos
TransOceânica: entrevista do prefeito Rodrigo Neves ao Bom Dia RJ
TRANSOCEÂNICA: início de um novo tempo na mobilidade de Niterói
Vídeo: Apresentação da TransOceânica aos vereadores na Câmara Municipal de Niterói
Verena Andreatta detalha o projeto da TransOceânica
Prefeito Rodrigo Neves sanciona Lei da TransOceânica
TRANSOCEÂNICA: CÂMARA AUTORIZA PEDIDO DE EMPRÉSTIMO PARA MOBILIDADE URBANA
AXEL GRAEL E SECRETÁRIOS EXPLICAM PROJETOS DE MOBILIDADE NA CÂMARA DE VEREADORES
VLT Charitas-Centro: Prefeitura de Niterói avança na agenda da mobilidade sustentável