Inea investiga origem de manchas de óleo na Baía de Guanabara

Emanuel Alencar

Poluição foi flagrada em dois pontos, no Rio e em Niterói

RIO - O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) está investigando a origem de manchas de óleo que apareceram ontem em dois pontos da Baía de Guanabara: nos arredores do Aeroporto Santos Dumont e da estação das barcas de Niterói. A presidente do Inea, Marilene Ramos, disse que a concentração de óleo foi isolada por barreiras e dispersada. De acordo com Marilene, não foi possível identificar o responsável pelos derramamentos.

— Nesta segunda pela manhã, encontramos uma grande mancha nas proximidades da estação das barcas. Acionamos a equipe do Plano de Emergência da Baía de Guanabara, e a mancha foi cercada por barreiras e dispersada. Essa que apareceu no entorno do Santos Dumont é outra, órfã. Não foi possível identificar a fonte. Amanhã (hoje), será feito um sobrevoo para avaliar se há alguma concentração de óleo remanescente.

O chefe da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), José Maurício Padrone, afirmou que, se a quantidade for significativa, coletas poderão ser feitas nas áreas das manchas para tentar identificar o tipo de poluente e, consequentemente, a origem:

— Se for petróleo cru, há uma possibilidade maior de sabermos de onde vazou, a partir de uma análise do tipo de composição da substância. Mas, se for óleo diesel, esse rastreamento fica muito mais complicado. A quantidade de navios e estaleiros na Baía de Guanabara é enorme. Infelizmente, muitos navios lavam seus tanques à noite. Falta consciência.

Em 27 de maio, uma enorme mancha foi avistada na entrada da Baía de Guanabara, na altura do Pão de Açúcar. A origem não foi detectada.

Fonte: O Globo