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terça-feira, 2 de abril de 2013

Conheça cinco possíveis maneiras de melhorar o trânsito no Brasil


Os cariocas gastam quase uma hora e meia no percurso casa-trabalho / Foto: Rafael ArBr.

O total de veículos nas ruas do Brasil mais que dobrou nos últimos dez anos, atingindo o total de 64,8 milhões apenas em dezembro de 2010, segundo levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). E não para por aí, a Agência Internacional de Energia apontou que em 2035 haverá cerca de 1,7 bilhão de carros nas ruas.

O Rio de Janeiro, por exemplo, as pessoas gastam, em média, quase uma hora e meia no percurso casa-trabalho, sendo que 5% da população chega a perder mais de duas horas no trânsito. O EcoD mostrou que, entre os cariocas, o ônibus foi citado como principal meio de locomoção, com cerca de 47% de usuários, já 19% dos entrevistados na pesquisa vão a pé para o trabalho, 10% usam van, 3% o metrô, e 1% se locomove de trem.
Conheça possíveis maneiras para melhorar o trânsito do Brasil:
  • Compartilhamento de carros


O EcoD já mostrou que o chamado car sharing (compartilhamento de carros, em português) pode ser uma boa solução para pessoas que utilizam carros por curtos períodos de tempo. O modelo de aluguel de carros permite que o motorista utilize o automóvel e deixe-o em um lugar estratégico para que o próximo locatário possa dirigir.
Segundo um estudo da Universidade de San José, na Califórnia, feito com empresas do ramo nos Estados Unidos, um único automóvel pode ser usado por até 13 pessoas durante o dia.
A americana ZipCars, por exemplo, que detém quase metade do mercado mundial, cobra US$ 8,00 por hora de uso, em qualquer dia da semana, por exemplo. No Brasil, o valor varia entre cerca de R$13,00 e R$ 47,00.
  • Pedágio Urbano

Pedágio urbano em Estolcomo / Foto: Milton Jung

Cobrar pedágio nas áreas centrais da cidade mostrou ser uma solução de sucesso em Londres e em Cingapura. Os recursos arrecadados no pedágio são investidos no transporte público.
Bogotá foi o país pioneiro da América Latina a aderir ao modelo, em 2012. Segundo o prefeito da cidade, Gustavo Petro, a cobrança não é pela posse do carro e sim por utilizá-lo em áreas de riscos.
Além de ser uma ferramenta para combater o congestionamento, o pedágio urbano também auxilia as cidades a economizarem bilhões de dólares em perda de produtividade econômica, custos com saúde pública e ainda ajuda a melhorar a qualidade ambiental da região.
  • Corredores e faixas exclusivas para o transporte público

Corredores expressos para coletivos também são usados em Santiago, no Chile / Foto: Consulta tus Recorridos de Transantiago

Curitiba e Bogotá já utilizam esta solução, e cada vez mais cidades aderem ao modelo. Reservar uma faixa exclusiva para o transporte público é uma maneira de garantir agilidade no percurso, segundo especialistas. Na cidade brasileira, este sistema é utilizado desde 1974.

Um dos projetos para a Copa do Mundo de 2014 são corredores expressos, como previsto no Rio de Janeiro, que pretende beneficiar cerca de 1,5 milhão de passageiros diariamente. São: T5 (28 km de faixa exclusiva para ônibus ligando a Barra à Penha) e os BRTs (ônibus de trânsito rápido) na Avenida Brasil, Barra-Deodoro e Barra-Zona Sul.
  • Ciclovias e ciclofaixas



A bicicleta tem sido um meio de transporte muito utilizado atualmente nas cidades brasileiras. Mas, o perigo de pedalar entre os carros pode fazer com que algumas pessoas temam usar a bike como o principal meio de transporte.
A prefeitura de São Paulo, cidade conhecida por seus extensos engarrafamentos, pretende implantar 400 km de vias exclusivas para as bicicletas até 2016, o projeto é intitulado Sou + SP de Bicicleta.
Recentemente, ciclistas da capital paulista se reuniram para cobrar medidas de segurança no trânsito. A iniciativa foi motivada pelo acidente com o jovem de 21 anos, o limpador de vidros David Santos, que teve o braço decepado ao ser atingido por um carro em alta velocidade enquanto pedalava na ciclofaixa da Avenida Paulista.
  • Carros para mais passageiros e pistas de incentivo para caronas

Carona diminui emissões de CO2 / Foto: Daniel MS

Dados apresentados no EcoD apontam que se todas as pessoas que vão de carro ao trabalho pegassem uma carona uma vez por semana, o trânsito das cidades diminuiria 12%. Isso representa toneladas de CO2 que deixariam de ser emitidos e quilômetros de engarrafamento a menos.
Por isso, outra opção para diminuir o número de carros nas ruas é incentivar a carona. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram implantadas pistas exclusivas para automóveis com mais de dois ou três passageiros, nas vias urbanas. A iniciativa é uma tentativa de motivar os motoristas a oferecerem caronas.
A carona solidária também pode ser uma boa opção. O modelo funciona tanto em empresas e escolas quanto para pessoas do mesmo bairro. O sistema é simples: basta encontrar alguém que tenha um itinerário parecido e combinar para que um dê carona ao outro.
Pode funcionar em revezamento (cada dia é utilizado o carro de uma pessoa) ou os “caroneiros” podem contribuir com uma quantia referente ao combustível, por exemplo. Não há limite de distância, pode ser uma carona para a próxima esquina ou até outra cidade. Saiba mais!
(texto originalmente publicado em EcoD)

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