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segunda-feira, 18 de março de 2013

Pesquisadores e ambientalistas em defesa das Ilhas Cagarras

Ilhas Cagarras, um arquipélago ainda em estado natural (pouco alterado), bem diante da Praia de Ipanema.

Pesquisadores mapeiam arquipélago de Cagarras e lançam documentário, livro com 3.000 fotos e guias sobre flora e fauna terrestre e marinha do lugar

FABIO BRISOLLA
DO RIO

Os frequentadores das praias de Ipanema ou Leblon, no Rio, estão habituados a observar à distância as Cagarras, arquipélago formado por seis ilhas, a 4.500 metros da faixa de areia mais próxima.

Já um grupo de 12 pesquisadores se dedicou a conhecer de perto a vida terrestre e marinha do lugar, trabalho registrado no documentário "Ilhas Cagarras - Monumento Carioca", que em abril será lançado em DVD e distribuído em bibliotecas, escolas públicas e museus.

Um livro com 3.000 fotos feitas ao longo do levantamento está sendo editado com o mesmo propósito.

Desde 2011, os pesquisadores analisam o ecossistema da região. Criado pela ONG Instituto Mar Adentro, o projeto Ilhas do Rio catalogou aproximadamente 200 espécies da vegetação local e mais de 200 espécies de peixes.

A equipe produziu ainda dois guias de identificação das espécies da fauna e flora terrestre e marinha no perímetro das ilhas, disponíveis para download no site maradentro.org.br/ilhasrj.

"O inventário da flora das ilhas é inédito e identificamos também as espécies de aves marinhas", explica Carlos Rangel, coordenador do projeto e responsável por alguns dos mutirões realizados no arquipélago para retirar lixo.

"Por serem ilhas próximas da costa do Rio, o dano é maior. Quanto mais perto da área urbana, maior o impacto. Mas ainda existe muita vida por lá", afirma.

Chama a atenção a população de 5.000 pássaros da espécie Fragata, citada pelo grupo como o segundo maior ninhal da América Latina.

AVENTUREIROS

Alguns aventureiros estão habituados a rondar as ilhas.

Morador de Niterói, o empresário Paulo Junqueira, 50, faz pausas no trabalho quando as condições do mar estão favoráveis para o mergulho.

"Ligo para a marina e peço para pôr minha lancha na água. Saio da praia de Icaraí (Niterói) e em 20 minutos estou nas Cagarras", diz Junqueira, que pratica pesca submarina fora da área de proteção fixada na legislação.

A proibição se estende por dez metros ao redor de cada ilha. Também não é permitido o desembarque, a não ser daqueles que têm autorizações especiais, como os técnicos do projeto Ilhas do Rio.

Aos interessados em conhecer as Cagarras, a opção é alugar embarcações nas agências situadas na Marina da Glória ou recorrer às empresas de mergulho que organizam expedições na região.

Fonte: Folha de São Paulo

Um comentário:

  1. falta fiscalizacao. Varios sao as pessoas que vão ali catar mariscos e estes sao importantes para a manutencao da vida marinha ao redor da ilha.

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