Projeto Grael: há 14 anos oferecendo um mar de oportunidades

Lars Grael, um dos fundadores do Projeto Grael, com alunos.

Paralelamente ao esporte, instituição oferece cursos profissinalizantes direcionados a atender um mercado de trabalho náutico.

Há 14 anos, o Projeto Grael, criado pelos velejadores olímpicos Lars e Torben Grael e Marcelo Ferreira, desenvolve uma série de programas tendo a vela e, consequentemente, o mercado náutico como forma de inclusão social e profissional. Desde que foi implantado, mais de 12 mil jovens já passaram pelos cursos oferecidos gratuitamente pela instituição. Cerca de 30% desse montante está empregado no mercado de trabalho. Outros seguiram a carreira esportista e, hoje, têm uma participação ativa em campeonatos de vela oceânica e monotipo. Para se ter uma ideia da transformação de vidas, em 2010, quatro jovens do Projeto Grael conquistaram o título inédito para o Brasil da travessia transoceânica Cape Town-Rio. 

Capotaria: um dos cursos profissionalizantes do Projeto Grael. Foto acervo do Projeto Grael.

Já no desenvolvimento profissionalizante, o Projeto Grael oferece, semestralmente, oito cursos voltados para o mercado de trabalho náutico, já sendo considerado uma referência em mão de obra especializada, além de ser uma porta de entrada para o programa Jovem Aprendiz. Somente no ano passado, cerca de 20% dos 300 alunos dos cursos profissionalizantes conquistaram o primeiro emprego de carteira assinada com indicação do Projeto Grael. Sem contar nos ex-alunos empregados na própria instituição.

Para atender à demanda do mercado, o Projeto Grael se disponibiliza a criar turmas direcionadas a uma empresa ou região específica, como é o caso de Magé. No início do ano, foi desenvolvida uma turma de carpintaria para 12 jovens daquele município. Ao final do curso, todos os jovens já têm emprego garantido num estaleiro em Magé, onde reproduzirão o último remanescente de um barco da classe Hagen-Sharpie, projetado em 1936 pelo dinamarquês Preben Schmidt, avô dos irmãos Grael.

A ideia de implantar o curso específico para o público de Magé no Projeto Grael surgiu do velejador e empresário Ricardo Biederman Carvalho após ter seu belo barco Cangrejo todo reformado por Maranhão. É o próprio velejador quem paga todos os custos da oficina no Projeto Grael e do transporte dos jovens entre Magé e Niterói.

Conheça um pouco mais sobre o Projeto Grael:

A ideia de criar o Projeto Grael partiu dos velejadores Torben e Lars Grael e Marcelo Ferreira, quando retornaram com suas respectivas medalhas olímpicas dos Jogos de Atlanta (1996). Naquele ano, Torben e Marcelo conquistaram a medalha de ouro na Classe Star e Lars e Kiko Pelicano voltaram ao Brasil com a medalha de bronze na classe Tornado. O pensamento inicial do projeto era criar uma escola de vela para crianças de comunidades de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, com o objetivo de incluir o indivíduo na sociedade através do esporte e, também, desmistificar que a vela é uma atividade elitista.

A iniciativa, que completa 14 anos em agosto, já conquistou reconhecimento internacional com prêmios e chancelas recebidas de instituições, como a Federação Internacional de Vela (Isaf), a Unesco, dentre outras. Recentemente, Torben Grael tomou posse como presidente do Instituto Rumo Náutico – Projeto Grael.

Desde que foi instituído, o Projeto Grael vem desenvolvendo uma metodologia própria de esporte e educação, que serviu como base para outros programas semelhantes, como o Navega São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo e o Projeto Navegar, iniciativa federal desenvolvida em diversas cidades brasileiras. Além disso, as cidades de Vitória (ES) e Maricá (RJ) já acolheram núcleos do Projeto Grael.

Em 2005, o Projeto Grael conquistou seu primeiro prêmio, como melhor projeto do ano, concedido em Amsterdam, Holanda, pela indústria náutica internacional. Ainda em 2005, o Projeto foi convidado pelo Programa “Connect to Sailing” para se apresentar na Conferência Anual da ISAF, em Cingapura.

Em 2003, o projeto recebeu Menção Honrosa do Prêmio Itaú-Social. O Projeto Grael competiu com mais de 1700 ONGs de todo o Brasil.

Em 2010, o presidente do Projeto, Axel Grael, foi finalista do prêmio Empreendedor Social, uma iniciativa da jornal Folha de São Paulo e a Fundação Schwab. No mesmo ano, Axel recebeu uma homenagem do I Festival Internacional Pequeno Cineasta pelo trabalho desenvolvido no Projeto Grael.

Fonte: Release da Assessoria de Comunicação do Projeto Grael