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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Governo fecha dez lixões clandestin​os às margens da Baía de Guanabara, em São Gonçalo

Lixão de Itaoca, em São Gonçalo-RJ. Sobre área de manguezal, às margens da Baía de Guanabara. Foto SEA.

Rio de chorume saindo do lixão de Itaoca, levando material com alto poder poluente para a Baía de Guanabara. Foto SEA.

Megaoperação conjunta reuniu agentes da Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais; órgão da Secretaria de Estado do Ambiente), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Batalhão Florestal da PM e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA)


Em meio a milhares de urubus, cerca de 300 porcos e toneladas de lixo fétido exposto a céu aberto, sem qualquer cuidado ambiental, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, participou hoje (8/12) de blitz ecológica que fechou dez lixões clandestinos em Itaoca, distrito do Município de São Gonçalo, às margens da Baía de Guanabara.

O administrador do vazadouro de lixo de Itaoca, Marcelo Souza Viana, acabou preso, sendo autuado por crime ambiental. Apesar de ter licença ambiental para funcionar, o vazadouro – que recebe lixo comum e hospitalar – estava operando irregularmente, pois parte do seu chorume estava vazando através de um valão para a Baía de Guanabara, atingindo o manguezal da região.

O vazadouro deverá ser fechado em 2012, quando deverá ser inaugurado aterro sanitário em São Gonçalo. Minc lembrou que o chorume do vazadouro deveria estar sendo encaminhado para estação de tratamento da empresa Águas de Niterói, para ser processado. “Mas estava sendo jogado em uma APA federal. O chorume está secando e danificando o manguezal”, afirmou.

Tantos o vazadouro quantos os lixões clandestinos funcionavam dentro da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, que abriga uma das últimas grandes formações de mangues da Baía de Guanabara. Para impedir a entrada de caminhões com lixo extraordinário na região dos lixões, dois valões foram escavados, por escavadeiras, na estrada de terra de acesso.

A megaoperação conjunta reuniu agentes da Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais; órgão da Secretaria de Estado do Ambiente), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Batalhão Florestal da PM e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

Os fiscais do governo e policiais civis e militares chegaram aos lixões em Itaoca bem cedo pela manhã, cercando o local e tomando todos os cuidados de segurança possíveis, já que a região, infestada de traficantes de drogas, é perigosa. Com a chegada das equipes de policiais, vários traficantes fugiram.

“Era uma área de difícil fiscalização, mas agora com a PM e a Polícia Civil, junto com os fiscais do Instituto Chico Mendes, que administra a APA, os fiscais do Inea poderão entrar na área para impedir novos despejos criminosos de lixo”, disse o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone.

“O objetivo principal da operação de hoje foi proteger o manguezal de Guapimirim, que ajuda a regenerar toda a cadeia alimentar da Baía de Guanabara. É o principal ecossistema que protege a baía, e estava sendo invadido e desmatado, e ainda por cima com 300 porcos em cima”, disse Minc.

Fonte: SEA

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