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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Empreendedor social questiona: até que ponto as parcerias institucionais valem a pena?


O texto abaixo é de um experiente empreendedor social e foi publicado no site especializado em gestão de ONGs, o Social Edge. Saul Garlick levanta uma boa polêmica ao questionar a efetividade em termos de resultados das tão propaladas parcerias institucionais. Para provocar o debate, ele cita que muitos sites de ONGs apresentam orgulhosamente uma longa lista de instituições parceiras, mas duvida que todas estas parcerias efetivamente gerem resultados para a missão da instituição.

O autor do artigo alfineta: "Penso que estas parcerias podem acabar sendo como um funcionário medíocre. Consomem tempo e energia, mas dão pouco retorno".

Então, a importância das parcerias seria apenas um mito?

Se Garlick está certo ou errado, só mesmo cada gestor de ONG refletindo sobre os resultados de suas parcerias para julgá-lo. Provavelmente, você vai verificar que algumas parcerias da sua instituição são importantes e até indispensáveis, mas, de fato, há uma tendência de se produzir longas listas de parcerias apenas como "uma política de boa vizinhança", como solidariedade com organizações amigas ou, quando o parceiro tem prestígio, para reforçar a imagem de quem divulga a parceria.

Pegando o exemplo do Projeto Grael, temos parcerias indispensáveis com instituições públicas e privadas que nos dão retorno na forma de serviços ou que potencializam as ações pois as sinergias são reais. Não estamos falando em relações de patrocínio ou vínculos formais obrigatórios por força de lei, mas em relações de sinergia e complemetariedade. É o caso das parcerias com o Clube Naval Charitas, com o escritório de advocacia Vinhas & Redenschi, etc. Também, temos boa experiência com redes e alianças estratégicas, como a REMS - Rede Esportes pela Mudança Social e a Caravana do Esporte. Outras parcerias, que quando foram formalizadas pareciam promissoras e nas quais já depositamos grande expectativa, gerou pouco ou nenhum resultado. Mas, é bom pensar que as vezes as parcerias demoram um pouco a amadurecer e os resultados acabam surgindo com o tempo.

O texto é interessante. No mínimo, Garlick oferece uma boa provocação para a reflexão e para o debate.

Axel Grael



Rethinking Partnerships

Saul Garlick, fundador e diretor executivo da ThinkImpact.

I think it is time for social entrepreneurs to rethink partnerships. I’m a huge fan of collaboration, but I am strongly opposed to gratuitous collaboration. Too often donors, executive directors and employees think that by forging massive quantities of partnerships – rosters of partnering organizations often go on for pages on some of our websites – we are somehow getting ahead. I disagree.

I think of extraneous partnerships the way I think of mediocre staff. They fill time, energy and don’t add all that much.

So it’s time to rethink partnerships. We should talk about them as opportunities for efficiency gains, period. Partners should fulfill key roles that we cannot successfully fulfill without partners. In some ways we should think about partners as consultants. When you need help raising money for a specific project, bring in a partner (or a consultant). When you need programmatic expertise, bring in a partner (or a consultant).

The problem for many social entrepreneurs is that often we want to build an incredibly vast network, gain legitimacy early, and please as many people as possible (community members, donors, employees, other NGOs or companies, etc.) and we make terrible sacrifices along the way that we don’t realize we are making.

We should team up with organizations that not only share our values, but in a very specific, tangible and time-bound way provide value to our programming. Partnership means that we do the same for them; they should assess a partnership opportunity in the same light.

Over the years ThinkImpact has had literally 100+ partners. Of course they are not all active. It is almost dishonest to include them on a list of partners after a year of not directly collaborating. But even more problematic is that many meetings are approached with an attitude that there might/should be a way to work together. It’s time for all of us to be more critical than that: sometimes there is NOT a way to work together, and that’s okay!

1. Do you have any examples of partnerships that soaked up time with little result?
2. How do you deal with partnership opportunities that seem like potentially beneficial but you aren’t quite clear how or why?
3. When do you tell partners that you should stop working together?


Fonte: Social Edge

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