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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ipea constata que 70% da população brasileira nunca foram a um museu ou a um centro cultural

Cerca de 70% da população nunca foram a museus ou a centros culturais e pouco mais da metade nunca vão a cinemas, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada ontem (17). A pesquisa tem como objetivo formular um indicador sobre a percepção da população em relação aos serviços prestados pelo Estado.


A pesquisa também revelou que 51,5% da população nunca vão a shows de música. Contudo, 78% disseram assistir à TV e a DVDs todos os dias e 58,8% afirmaram ouvir música diariamente. O Ipea analisou também as barreiras para o acesso à cultura. A maioria, 71%, afirma que os preços altos são um importante empecilho ao acesso cultural.

Foi pesquisada, nas cinco regiões brasileiras, a percepção da população em relação à localização dos equipamentos e espaços culturais e sua proximidade com o local onde moram. Na Região Sul, 55,3% dos entrevistados consideraram que os equipamentos culturais são mal situados; na Região Sudeste, essa é a percepção de 53,8% da população; na Região Centro-Oeste, essa percepção atinge a 44,5% das pessoas; no Nordeste, o percentual é de 51,2%; e na Região Norte, é de 43,4%.

No nível nacional, pouco mais da metade da população avaliaram que os equipamentos culturais são mal situados em relação ao local onde moram. Cerca de 41% da população têm a mesma percepção em relação aos lugares públicos de encontro. Já o comércio foi apontado como bem situado por quase 60% das pessoas.

Foram avaliados ainda os espaços verdes, como praças e parques, que são percebidos como bem localizados por 30,7% dos entrevistados. Mas, para 31% deles, esses espaços foram classificados como mal situados. Os equipamentos esportivos são percebidos como mal situados por 43,2% da população.

O Ipea ouviu 2.770 pessoas nas cinco regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 5% e o grau de confiança é de 95%.

Reportagem de Roberta Lopes, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 18/11/2010.

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