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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Desativado desde 2002, Projeto Grael de Vitória ainda mostra resultado

O campeão Marlon tem 18 anos e começou a velejar aos 11 anos com o apoio do projeto Lars Grael, desenvolvido pela Prefeitura de Vitória (vide comentário abaixo).


Os 28 barcos participantes enfrentaram um vento sul de aproximadamente 15 nós, durante cerca de três horas de prova. A largada foi dada às 12h15 com término da competição às 15 horas.

Terminou, nesta segunda (06), a 56ª Taça Cidade de Vitória de Vela. Os 48 velejadores representaram o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina e concorreram nas categorias Dingue, Laser 4.7 e Standart. O dia marcou também a etapa final do VIII Campeonato Sudeste de Dingue.

Os 28 barcos participantes enfrentaram um vento sul de aproximadamente 15 nós, durante cerca de três horas de prova. A largada foi dada às 12h15 com término da competição às 15 horas. A raia de prova da praia de Camburi foi considerada muito boa pelos participantes por não apresentar um trajeto viciado.

O campeão da 56ª Taça Cidade de Vitória de Vela foi Marlon Oliveira, que obteve 4 pontos contra 7 pontos de Willian Brown, que conquistou o segundo lugar.

O terceiro lugar ficou com Manoel Vicente, que chegou a 11 pontos. O campeão Marlon tem 18 anos e começou a velejar aos 11 anos com o apoio do Projeto Lars Grael, desenvolvido pela Prefeitura de Vitória.

Dingue

Já o VIII Campeonato Sudeste de Dingue teve como vencedores da categoria geral o catarinense Fábio Ramos e o capixaba Welton Farias. A dupla também conquistou o primeiro lugar da categoria sênior. Na categoria estreante conquistaram o primeiro lugar Antônio Carvalho e Tiago Songineto. Na etapa juvenil do campeonato as mulheres levaram a melhor: Julia Correia e Denise Cinelli (RJ) ficaram com o primeiro lugar. Entre os Master o primeiro lugar ficou com a dupla Arcélio Moreira (RJ) e Lucas Quínamo (ES).

Troféu

Os vencedores recebem um troféu fixo e um transitório que deverá ser devolvido ao Iate Clube no ano seguinte ao campeonato. O troféu da classe Dingue tem o nome do engenheiro que projetou o barco da categoria, Miguel Pomar, e foi produzido pelo artista plástico Penithencia, capixaba natural do município do Rio Novo do Sul. Na categoria Dingue quatro mulheres disputaram a competição. Outras duas mulheres capixabas competiram na categoria 4.7.
Dingue

A categoria Dingue apresenta um barco mais estável e comporta dois velejadores. Alcino Moreira, 45 anos, compete na categoria e tem como parceiro o sobrinho Luiz Otávio, com apenas 8 anos. No mar desde os 07 anos, o menino tem planos para o esporte:

"Quero ser como o Torben Grael. A gente tem umas técnicas para vencer, mas são segredos de família e eu não posso contar". A dupla conquistou o primeiro lugar da categoria e prepara-se agora para disputar outras etapas nacionais.

Laser
É uma classe olímpica, sendo a mais popular do mundo, com barcos muito velozes tripulados por um velejador. A competição deste final de semana envolve as categorias 4.7 e Standard.

4.7 - É uma classe transitória do Optimist para a Standard e conta com três competidores. Louise Ginaid (ES) conquistou o primeiro lugar da categoria Laser 4.7, enquanto Julieth Tesch (ES), também oriunda do Projeto Grael, ficou com o segundo lugar.
Standard - É uma categoria olímpica masculina. Os barcos são rápidos e contam com apenas um velejador. Cinco competidores disputaram o prêmio que foi para Marlon Oliveira (ES).
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COMENTÁRIO:
Reproduzimos acima, a íntegra do texto publicado no site Agora Tô On-Line. A matéria no entanto remete-nos a fazer as seguintes considerações:
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"É com elevado orgulho e muita saudades que vemos Marlon Oliveira e Juliétty Tesch, dois atletas que ainda muito jovens aprenderam a velejar no Projeto Grael de Vitória e que, oito anos depois da desativação do Projeto Grael, ainda figuram com destaque no cenário náutico capixaba.
O Projeto Grael de Vitória foi inaugurado em 1999 e operou com muito sucesso até que a Prefeitura da cidade, por incapacidade de reconhecer o potencial do programa, que era desenvolvido para o benefício exclusivo dos estudantes da rede pública, decidiu por interromper o apoio à atividade. Na época fomos frustrados pela justificativa apresentada: o Projeto Grael seria uma iniciativa elitista. Como poderíamos ser elitistas se servíamos exclusivamente ao público atendido pela rede de educação da própria Prefeitura? A afirmativa revelou a visão preconceituose e a evidente desinformação dos tomadores de decisão daquela ocasião.
Mas ficamos felizes de constatar na notícia acima, que bons resultados ficaram. A comovente persistência de Juliétty Tesch e Marlon Oliveira, que às duras penas ainda mantêm-se ativos no esporte, permite que o Projeto Grael ainda seja lembrado naqueles mares, desvendando o desperdício de oportunidade e o equívoco que foi praticado.
Ainda sonhamos com a possibilidade de voltar a atuar em Vitória. Quem sabe, a tênue fagulha que ainda resiste acesa, mantenha viva a esperança e volte a iluminar corações e mentes".
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Axel Grael
Presidente
Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael

Um comentário:

  1. Prezado Axel, meu nome é renato avelar, e sou velejador daqui de vitória, desde pequeno,começei com 8 anos, e estou com 41 anos, atualmente sou capitão de fotilha de oceano, presidente da federação( ainda não oficialmente pois está tudo enrolado ainda de problemas do passado, mas que serão resolvidos), e escrevo a revista da vela www.avelok.com ( the Yacht-Man), onde temos o seu link disponível aos leitores e onde vi a sua matéria,e postei o link com seus créditos.
    O marlon é um garoto fora de série, um campeão da vida e do esporte, o admiro por demais, e por duas vezes paguei do meu proprio bolso viagens para ele competir fora, devido a total falta de apoio, este garoto se tiver o incentivo e apoio adequado se transformará num dos maiores velejadores que este país já viu, dado seu talento e obstinação.
    Os fatos que envolvem o fim do projeto, e a politicagem que ocorria na vela aqui no passado nos levou a um estado de quase extinção.
    Pretendo reverter este quadro caótico, onde no passado com total falta de transparência a vela e os projetos foram tratados como negócios particulares e sem comprometimento algum com resultado e continuidade, como o Marlon apareceram outras pessoas de talento , como o julio cesar marques que faz proa no nosso barco o Phantom of the opera e trabalhou em minha empresa por 4 anos, e que agora tem um futuro pela frente, e muitos outros, mas a maioria teve que parar pois não tinha mais alternativa.
    Existe hoje um projeto chamado navegar, funcionando( ou talvez, pois ninguém sabe como esta coisa funciona) e pretendemos de alguma forma poder ter acesso a ele e fazê-lo valer, pois para se ter uma idéia nenhum velejador da cidade conhece o projeto e nem sabe como funciona, mas sabemos que com verba da secretaria dos esportes, lá estão os barcos e equipamentos do projeto grael, que foram retirados antes que os tratores jogassem , literalmente as instalaçoes do projeto dentro da água, pois como estava abandonado virou morada de mendigos, e ficou um jogo de empurra entre municipio, federação etc, o que para resolver , foi parar no fundo do mar.
    Espero em breve podermos conversar , e falarmos de como reerguer este projeto em vitória.
    Bons ventos de seu leitor e admirador
    renato

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