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sábado, 31 de julho de 2010

Lambança histórica



Ilustração do site oficial da BP mostrando os tipos de operação para o controle das manchas de óleo no mar do Golfo do México. Dentre as operações estão a queima de óleo na superfície do mar e a aplicação de dispersantes químicos por avião. (www.deepwaterhorizonresponse.com)


Há duas semanas, anunciou-se que estaria controlado, ainda que provisoriamente, o vazamento de óleo no Golfo do México. O acidente ambiental, um dos maiores da história, teve início no dia 24 de abril com a explosão da plataforma Deepwater Horizon, de propriedade da empresa BP-British Petroleum.
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Desde então, estima-se que vazaram para o mar cerca de 378,5 milhões de litros de óleo, alarmando a população do litoral sul dos EUA e ilhas do Caribe, além chocar o mundo com as lamentáveis cenas de animais agonizantes sob o efeito do óleo. Pesquisadores, ambientalistas e autoridades procuram, agora, compreender o que aconteceu com todo o óleo derramado e a real dimensão dos impactos ambientais.
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A empresa responsável pelo desastre anunciou que conseguiu retirar do mar cerca de 140 milhões de litros e que promoveu a queima no próprio mar (uma prática questionável) de cerca de 38 milhões de litros de óleo. Ou seja, apenas teriam sido retirados do mar cerca de 47% de todo o óleo, e isso confiando-se na contabilidade da própria empresa. Mais da metade do óleo teria se volatizado na superfície, ou estaria no fundo do mar, ou, ainda, permaneceria em camadas intermediárias da coluna d´água.
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O óleo submerso é a maior preocupação de todos, pois esse quantitativo, que deve ser a maior parte do óleo ainda remanescente, tem alto potencial de danos e é praticamente impossível de ser resgatado. Esse problema teria sido agravado com a decisão do uso indiscriminado de dispersantes químicos aplicados por aviões e embarcações sobre as manchas que se aproximavam da costa. O efeito colateral do uso desses produtos é a precipitação da parte mais pesada do óleo, atingindo as camadas mais profundas do mar.
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Os cientistas não têm ideia dos impactos gerais do acidente para a vida marinha e até mesmo sobre a economia. Uma das poucas certezas que se pode ter é que, depois desse acidente, muita coisa deve mudar na exploração de petróleo em águas profundas, com forte impacto nas perspectivas brasileiras de exploração do pré-sal.
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Da coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 31/07/2010.
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OPINIÃO:
Governo anuncia o PNC- Plano Nacional de Contingência de Derramamento de Óleo
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Monica Teixeira, anunciou que o governo está preparando um plano para evitar e combater acidentes semelhantes ao ocorrido no Golfo do México, caso ocorram no llitoral brasileiro.
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Segundo declarou ao jornal O Globo, o governo quer seguir o exemplo da estratégia de atuação do governo americano no caso da BP e mudar a legislação brasileira que proibe a queima e o uso de dispersantes diretamente no poço, onde há o vazamento. Com muitas restrições, a legislação brasileira permite apenas o uso de dispersantes nas manchas de óleo na superfície.
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Quando fui presidente da Feema, de 1999 a 2001, enfrentei o acidente com o vazamento de óleo da REDUC na Baía de Guanabara, o vazamento da Plataforma P-7 e o afundamento da P-36. Em todos esses casos, tivemos que ser firmes e impedir que os dispersantes fossem utilizados. A sua aplicação é uma solução bastante atraente para as empresas de petróleo, pois faz com que a prova do crime saia rapidamente da cena. Vazamentos de óleo são desastres terríveis para o meio ambiente, mas também para a imagem das empresas e dispersar manchas de óleo é uma tentação compreensível.
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O problema são os efeitos colaterias destes produtos químicos. Dispersar tem vantagens nestes momentos de contingência, é claro: aumenta a velocidade de volatização e evita que grandes quantidades de óleo cheguem aos frágeis ecossistemas costeiros, como costões rochosos, estuários, manguezais, pântanos e outras áreas úmidas, etc. O problema é que a ação dos dispersantes (mesmo algumas formulações mais recentes e menos tóxicas) é muito lesiva para o plâncton e faz com que uma parte importante do óleo afunde no mar, ficando em camadas intermediárias da coluna d´água, atingindo também as comunidades bentônicas (fundo do mar) que são a base da cadeia alimentar e de onde é praticamente impossível removê-la.
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Em outras palavras, o uso dos dispersantes pode servir para jogar a "sujeira para debaixo do tapete". Outro problema, que não pode deixar de ser considerado é que, de acordo com a legislação ambiental brasileira, os órgãos ambientais precisam avaliar a dimensão do dano ambiental na hora de calcular as multas que serão aplicadas aos responsáveis pelos desastres ambientais. Neste caso, o uso de dispersantes pode prejudicar muito o trabalho dos técnicos, pois simplesmente muda rapidamente "a cena do crime".
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Axel Grael





Velejadores teen - polêmica: insensatez?

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A polêmica das viagens ao redor do mundo, praticadas por velejadores cada vez mais jovens, continua a render muita discussão. No início do ano, a mídia cobriu as aventuras de duas velejadoras adolescentes, ambas com 16 anos, que se lançaram nesta aventura em busca de notoriedade precoce e, obviamente, dos dólares decorrentes disso.
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A australiana Jessica Watson conseguiu completar a viagem com sucesso, enquanto a americana Abby Sunderland não teve a mesma sorte. Assolada por um forte temporal, a velejadora emitiu um sinal de socorro quando estava a cerca de 3.200 km a Oeste da costa australiana. As equipes de socorro só conseguiram resgatá-la dois dias depois. O episódio rendeu muitas críticas aos pais da jovem por terem permitido que ela se expusesse a tais riscos, além da grande despesa que a aventura custou aos cofres públicos na operação de resgate.
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Enquanto as atenções estavam para as duas velejadoras, a holandesa Laura Dekker, ainda mais jovem, aos 14 anos, anunciava que também se lançaria a uma volta ao mundo solitária. Desta vez, a intenção sofreu a resistência das autoridades holandesas que a proibiram de partir.
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Agora, a velejadora obteve a autorização da Justiça holandesa para prosseguir nos seus planos. Em sua decisão, o juiz S. Kuypers imputou toda a responsabilidade sobre os riscos e o sucesso da viagem para os seus pais.
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Dick Dekker, pai da jovem, afirmou que a decisão de fazer a viagem foi toda de Laura. Ele apenas a apoiou.
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Dekker já anunciou que se lançará ao mar em duas semanas.
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Da coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói-RJ, 31/07/2010.

Barqueata no domingo

O movimento Baía Nossa de Guanabara, que reúne organizações governamentais e não governamentais, acadêmicas, iate clubes etc., promove, amanhã, um Desfile Marítimo, com a finalidade de chamar a atenção para os problemas ambientais da Baía e para os esforços em curso para resolvê-los. O ponto de partida será em frente à Estátua de São Pedro do Mar, na Urca, com concentração às 9h. Antes da largada haverá uma cerimônia cívico-religiosa presidida pelo Reitor da PUC-RIO, o Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. Da Urca, o desfile seguirá em direção ao Clube Naval Charitas, onde haverá a apresentação do Projeto para os navegantes e os demais interessados.
Haverá uma premiação para o barco com o melhor slogan e um sorteio - apenas para as embarcações que completarem o percurso - de duas passagens Rio-NovaYork-Rio com três dias de hospedagem. Até ontem, já haviam 67 embarcações inscritas. Para mais informações acesse o site: www.baianossadeguanabara.org
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Da coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói-RJ. 31/07/2010.

Pesca predatória

Ibama fiscaliza pesca predatória no litoral do RJ durante a "defeso da sardinha". Foto: site IBAMA.


O Ibama divulgou o resultado da Operação Ekman, deflagrada ao longo do mês de julho na região de Cabo Frio, Baía de Ilha Grande e de Sepetiba para a fiscalização da pesca devido ao “defeso da sardinha”, período de reprodução da espécie e no qual a pesca é proibida.
Os resultados foram:
  • Apreendidas 11 embarcações
  • Apreendidos 33.384 kg de pescado e
  • Aplicados mais de R$ 1,5 milhão em multas.

Os fiscais também flagraram várias irregularidades, além da captura ilegal de sardinha, como a pesca em locais proibidos e a pesca com arrasto de fundo sem licença do órgão competente.

Uma das embarcações autuadas, chamada “Lua Nova”, estava com 750 kg de sardinha viva a bordo que seria utilizada para isca. A sardinha foi devolvida ao mar.
O Ibama solicita que a população colabore com a defesa do meio ambiente denunciando danos ao meio ambiente através do telefone Linha Verde: 0800 61 8080.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 31 de julho de 2010.

domingo, 25 de julho de 2010

Sirkis reflete sobre a derrota da política climática nos EUA

Reproduzo, a seguir, artigo do vereador verde carioca Alfredo Sirkis, no qual alerta para o impacto da decisão do Congresso Americano de retirar de discussão o projeto de lei que regularia as emissões de gases do efeito estufa. Leia também o artigo Anticlimax postado aqui no Blog (http://axelgrael.blogspot.com/2010/07/anticlimax.html)
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PERPLEXIDADE CLIMÁTICA

Por Alfredo Sirkis
Veja original em http://www.alfredosirkis.blogspot.com/?zx=5d26689407d5f9da

Suponho que um momento desses tenha sido o início da Segunda Guerra Mundial com os tanques de Hitler conquistando a Europa. Ou o dia que Mahatma Ghandi foi assassinado enterrando qualquer esperança de convivência pacífica entre hindus e muçulmanas na India recém independente. Ou quando Isaac Rabin foi assassinado por um ultra-sionista fanático. Ou nos 11 de setembro, no Chile, em 1973 e em Nova York, em 2001. Ou quando Bush invadiu o Iraque. Dias funestos para a humanidade.

O que aconteceu na semana passada quando ficou claro que o Senado norte-americano não votaria nenhuma Lei reduzindo emissões de gases de efeito estufa, fazendo tabula rasa da modesta lei aprovada ano passado na Câmara de Representantes, a grande mídia global não registrou o fato com a dramaticidade dos eventos que enumerei acima. Deveria, porque à diferença das tragédias históricas acima mencionados, afetará o planeta como um todo, de forma irreversível e estarão não sujeitos às reversões e peripécias da história humana.

Esse retrocesso nos EUA, num momento estratégico, tende a produzir um “efeito dominó”: a China e a Índia terão a melhor desculpa do mundo para permanecer aferrados a sua posição de não cortar emissões, apenas moderar a “intensidade de suas emissões por percentual de crescimento do PIB”. O Brasil, que avançou significativamente no ano passado, embora em metas “voluntárias” pode transforma-las em papo furado. Isso certamente ocorrerá se o relatório Aldo Rebelo de castração do Código Florestal for aprovado. A Europa em crise e o Japão, em persistente mal estar econômico correm o risco de começar a se esquivar de suas metas compulsórias assumidas a partir do Protocolo de Kioto e ampliadas em Copenhagen.

Isso quando os cientistas do IPCC já diziam claramente que mesmo que os EUA implementassem o Climate Bill, aprovado na Câmara, em 2009, a Europa reduzisse de 20% suas emissões e o Brasil, a China e a Índia começassem a reduzir sua curva de crescimento de emissões significativamente, ainda não seria suficiente para garantir que aumento da temperatura média do planeta não ultrapassasse os 2 graus a partir dos quais as conseqüências do aquecimento Global tendem a ser cada vez mais dramáticas.

O quadro de aumento continuado das emissões que se esboça é muito pior. Aponta para um terrível cenário climático ainda no horizonte de vida de nossos filho e netos. O risco de uma evolução para os cenários exponenciais-apocalípticos começa a entrar na ordem do dia.

Tem mais: o aumento médio da temperatura ano Brasil será cerca de 20% a mais do que a da média do planeta.
Do Blog de Alfredo Sirkis

Mais uma vergonha na Fórmula 1

Aconteceu de novo. E mais uma vez envolvendo os brasileiros!!!!

Soube pela imprensa que no GP da Alemanha de hoje, o piloto Felipe Massa recebeu ordens de deixar o seu companheiro de equipe, Fernado Alonso, ultrapassá-lo e, vergonhosamente, assim o fez. Após receber a ordem pelo rádio, ouvida também na TV pelos expectadores, Felipe Massa, que liderava a prova, obedientemente reduziu a velocidade para que Alonso o ultrapassasse e vencesse a prova. Ora, isso é um ultraje para qualquer um que ama o esporte e ainda acredita em esportividade.

Eu já fui um fã da Fórmula 1, daqueles de assistir a todas as corridas. Me desencantei com a modalidade naquela ocasião, em 2002, em que Rubens Barrichello deixou-se humilhar, permitindo a ultrapassagem de Michael Schumacher, diante das ordens de seus superiores pelo rádio. Nunca mais assisti uma prova com a paixão de outrora.

Realmente, acho que ficamos mal acostumados por torcer por esportistas de verdade na Fórmula 1 - como Senna, Fittipaldi e Piquet - que entravam nas pistas com o talento e o ímpeto de campeão, com o sonho de fazer história e a responsabilidade de honrar a confiança de seus torcedores. Por isso ganharam títulos, além da admiração e o respeito de milhões de brasileiros e de torcedores de outros países.

Os pilotos de hoje já começaram em berço esplêndido, usufruindo de valiosa herança. Não precisaram se esforçar para desbravar caminhos, conquistar o público, como fizeram os seus antecessores. Se beneficiaram do inestimável capital de credibilidade e de paixão construído pelos verdadeiros ases do volante que lhes abriram as portas. Quando chegaram à Formula 1, já a encontraram alçada a uma das maiores preferências esportivas dos brasileiros. A esperançosa e cativa legião de fãs, de tão numerosa e apaixonada, já era suficiente para permitir uma audiência que magnetizava para as suas equipes os melhores patrocinadores, que consequentemente lhes garantiria os gordos salários, mesmo quando lhes faltaram vitórias.

E o que fizeram os atuais pilotos com todo esse ativo? De escândalo em escândalo, jogaram tudo no lixo. Barrichelo, Nelsinho Piquet (que decepção para o seu pai!!!) e agora Massa, se despiram da ética e da vergonha, revelando-se meros burocratas apegados aos seus salários e não esportistas da estatura que se esperava. E porque será que isso está se tornando recorrente justamente entre os brasileiros? Estaria aflorando no automobilismo a crise moral que eclode a cada dia em outros setores da nossa sociedade?

Sabemos que o esporte é muito mais do que títulos e medalhas. Muitos atletas e ex-atletas têm comprovado isto através de suas iniciativas sociais. Mostram que o esporte é também a oportunidade de se promover a inclusão social, de educar, de motivar e de transmitir valores de cidadania. E um dos principais motivos que o esporte tem esse potencial é o exemplo que seus campeões representam na sociedade.

Mas, estamos aqui falando do esporte profissional e do que deveria ser a sua elite. E a velha máxima olímpica de que "o importante é competir" não faz sentido se por trás da participação do atleta não houver também a vontade e o compromisso com a vitória. Vencer é a profissão do atleta, embora seja também do ideário do esporte saber perder e reconhecer a superioridade dos vencedores. Mas, isso não significa abdicar da vontade de vencer.

Deixar-se deliberadamente ser ultrapassado por outro competidor, ainda que da mesma escuderia, é abrir mão de toda a competitividade e macular o sentido da competição. Talvez, com algum esforço, pudéssemos até relativizar um pouco a situação se fosse em um momento decisivo do campeonato, se o ultrapassado estivesse fora da disputa, se o título da temporada estivesse em jogo, mas ainda estamos muito longe disso. Portanto, o que se viu foi trapaça mesmo.

É preciso considerar também que a Fórmula 1, apesar de ter uma numerosa e cara equipe por trás dos pilotos, não é um esporte coletivo. Tanto que, isso contraria as suas próprias regras, a ponto da escuderia de Massa já ter sido multada. É diferente de outros esportes como o ciclismo, de algumas provas do atletismo, quando surgem atletas que fazem o papel do "coelho", aumentando o ritmo da prova em favor de alguma estratégia pré-determinada. Nestes casos, está na regra do jogo e portanto é legítimo.

Para quem não tem compromisso com a disputa, existem esportes não competitivos. É o caso dos esportes de aventura, como a vela de cruzeiro (com o objetivo de cruzar os mares), do montanhismo (conquistar picos inalcançados, contemplar as mais belas paisagens), do trekking (caminhar por trilhas), enfim, atividades também atléticas, mas que têm em sua essência formas mais lúdicas de "vencer".

Obviamente, esse não é o caso do automobilismo, em particular da lucrativa Fórmula 1, e não foi por práticas contemplativas que os pilotos ganharam notoriedade e a atenção do público. As legiões de fãs que vão aos autódromos, que ficam em frente dos televisores e que acompanham tudo o que se refere aos seus ídolos nas pistas, não esperam por outra coisa que não seja vê-los vencer. O fã admira e reconhece as demonstração de técnica, de arrojo, de coragem e de destreza. Quer a excelência da tecnologia em sintonia com a maestria do homem que a comanda.

Portanto, admitir perder é a negação de tudo o que se espera desses pilotos. Por isso, a atitude desses brasileiros nos bate como uma traição. É duro cair na real e ver que na verdade eles admitem ser meros coadjuvantes, diminutos sparrings daqueles escolhidos para vencer.

Por submissão? Por contrato? Por dinheiro?

Seja lá qual for o motivo, para mim é inaceitável. Vejo como falta de esportividade e falta de vergonha na cara. Como torcer para alguém que tem que perder e admite isso? Vou torcer por outros esportes onde atletas de verdade honram a camisa e permitem que torcer por eles faça sentido.

Axel Grael

sábado, 24 de julho de 2010

Projeto Grael + CBVM: parceria pela vela social



O Projeto Grael firmou parceria com a Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) para colaborar com o fortalecimento de iniciativas de vela social no país. A CBVM, que é a instituição gestora do esporte no Brasil, reconheceu o Projeto Grael como iniciativa modelo de vela social. Por conta disso, o Instituto oferecerá assessoria à CBVM na avaliação de iniciativas similares e na capacitação de profissionais para trabalharem com a vela educativa e social.
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Uma das metas da parceria é a estruturação da Rede Náutica Educativa, reunindo todas as organizações que atuam no setor.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 24 de julho de 2010.

Projeto Grael: matrículas abertas para 16 cursos gratuitos

Alunos do Projeto Grael comemoram título na Classe Ranger 22.

O Projeto Grael abriu inscrições para 16 cursos gratuitos que serão oferecidos no segundo semestre. Estudantes de da rede pública entre 9 e 24 anos podem escolher entre vela, carpintaria, fibra de vidro, mecânica, entre outros. As matrículas devem ser feitas no próprio Instituto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. São necessários os seguintes documentos:

  • Atestado de matrícula ou de conclusão do ensino médio em escola pública;
  • Cópia da identidade ou da certidão de nascimento (para menores de 18 anos);
  • Cópia da carteira de identidade do responsável (para menores de 18 anos);
  • Cópia da carteira de identidade e do CPF (para maiores de 18 anos).
Os candidatos passarão também por um Exame Médico providenciado pelo Projeto Grael para a atestar a capacidade para a prática esportiva.
O Projeto Grael fica na Avenida Carlos Ermelindo Marins 494 - Jurujuba. Mais informações pelo telefone (21) 2711-9875 ou secretaria@projetograel.org.br.

Baleias e barcos: um incrível incidente na África do Sul

Moby Dick





Fotos do incidente: uma baleia-franca salta sobre uma embarcação nas proximidades da Cidade do Cabo, África do Sul. Fonte: www.capetownsailing.co.za
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Nos últimos dias, circulou na mídia náutica internacional a incrível notícia do ataque de uma baleia a um veleiro, no litoral próximo à Cidade do Cabo, na África do Sul. O animal era uma baleia-franca, com cerca de 40 toneladas. O barco, com cerca de 10 metros, era tripulado por um casal. De acordo com as informações, a baleia saltou sobre o barco, chegando a quebrar o mastro. Os tripulantes nada sofreram, mas não se pode dizer o mesmo sobre o animal.
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Segundo Paloma Werner, que estava a bordo, depois de chocar-se contra o barco, a baleia escorregou de volta para o mar, mas feriu-se com o choque, tendo sido encontrados - posteriormente - pedaços de sua pele no convés. O incidente ocorreu no domingo, dia 18, causando surpresa, estranheza e já levantando muita polêmica. Autoridades responsáveis pela proteção à fauna, do Departamento de Meio Ambiente do governo sul-africano, decidiram abrir uma investigação após receberem denúncia de que um grupo de embarcações estaria perigosamente provocando os cetáceos.
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Incidentes como este não são raros. Em 2005, o Brasil 1, barco comandado por Torben Grael e que participou da Volvo Ocean Race (regata de volta ao mundo), também chocou-se com uma baleia. Dessa vez, próximo ao litoral brasileiro. No acidente, o tripulante brasileiro Joca Signorini teve uma costela fraturada.
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Baleias atraem a curiosidade e o interesse de muita gente. A observação do seu comportamento no ambiente natural é uma das modalidades de turismo que mais cresce, beneficiando regiões como Santa Catarina, Patagônia e, também, África do Sul. No entanto, essa atividade deve ser bem planejada, contando com a ajuda de profissionais especializados para que não gere riscos para as baleias ou para seus observadores. Na dúvida, e para o bem de todos, é prudente que os barcos mantenham sempre uma boa distância das baleias.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 24 de julho de 2010.
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Veja no link, a seguir, o vídeo do incidente.

Anticlímax

O Congresso dos EUA preparava-se para iniciar o debate sobre um projeto de lei para estabelecer o controle das emissões de gases do Efeito Estufa encaminhado pelo governo de Barack Obama. A medida, considerada uma das prioridades programáticas da atual administração, levantou forte resistência dos congressistas do Partido Republicano, de oposição ao governo Obama, e tradicionais adversários do meio ambiente. Sem conseguir arregimentar votos na oposição, as lideranças do Partido Democrata, que apoia Obama, decidiram retirar o projeto de pauta no Senado. Mais do que uma derrota do presidente americano, é uma derrota do planeta. Havia uma grande expectativa de que as normas americanas influenciassem positivamente os demais países e dessem um novo impulso aos debates climáticos mundiais. Agora, o plano B dos governistas pró-clima será refazer o Projeto de Lei, reduzindo o seu rigor e abrangência, na tentativa de conseguir algum avanço.

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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 24 de julho de 2010.

Ilhabela e a vela social

Torben Grael e Samuel Gonçalves. Samuel, ex-aluno do Projeto Grael, é velejador da tripulação de Torben na Rolex Ilhabela Sailing Week. (Foto de Fred Hoffmann).
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Termina hoje, no litoral norte paulista, a Rolex Ilhabela Sailing Week, a mais importante regata de barcos de Oceano do Brasil. Com um recorde de participantes, a regata atraiu barcos de vários países. A edição deste ano registra também o crescimento da presença de velejadores oriundos de projetos sociais em provas de alto nível da vela nacional. Como exemplo, citamos a presença de Samuel Gonçalves, formado no Projeto Grael e que faz parte da tripulação do novo barco de Torben Grael (Mitsubishi/Gol Magia 5), inaugurado na competição. Numa das classes, a RGS-A, o barco Fram, comandado por Felipe Aidar, tem sete dos 10 tripulantes participantes da Oficina de Vela de Ilhabela, fundado em 2008 e que já atende a 70 pessoas.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 24 de julho de 2010.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Presidente Lula volta a desrespeitar autoridades ambientais

Lula diz que país não pode esperar por burocratas para concessão de licenças ambientais
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O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta última sexta-feira (16) que é preciso a participação das prefeituras para facilitar a concessão de licenças ambientais a fim de desenvolver a área habitacional das cidades. Para ele, é preciso criticar quem dificulta o processo.
“Não podemos esperar burocratas que ficam com a ‘bunda’ na cadeira. Sei que somos autoridades e temos que cuidar do linguajar, mas estou quase deixando de ser presidente e vou voltar a falar do jeito que sempre falei”, disse, ao ressaltar que o país já poderia estar mais desenvolvido nessa área.

Lula comparou o tamanho dos 252 apartamentos, entregues na primeira etapa do projeto de urbanização da Favela Naval, com o da segunda casa onde morou. “Minha primeira casa em São Paulo era numa ribanceira. Se chovesse, só saía de casa com galocha. A segunda tinha 33 metros [quadrados]. As casas daqui têm 20 metros a mais do que a minha.”

Durante o discurso, ele destacou o desempenho na geração de empregos. A abertura de 212.952 mil empregos com carteira assinada em junho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), representa o segundo melhor resultado da série histórica para o mês, abaixo apenas do registrado em junho de 2008, quando foram criadas mais de 309 mil vagas.
“Enquanto o mundo chamado de desenvolvido perdeu 16 milhões de empregos, nós criamos. Se Deus quiser, vamos criar mais 1 milhão até o final do ano.”

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Fonte: Flávia Albuquerque/ Agência Brasil

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MINHA OPINIÃO

É inadmissível a atitude do presidente Lula de se colocar de forma reincidente acima e contra a lei, desrespeitando as instituições e ainda, usando um baixo palavrório de botequim. Causa espanto também observar que a notícia acima é divulgada pela agência de notícias oficial do governo brasileiro. É inaceitável que isso ocorra sem qualquer reação da sociedade.

O governo sistematicamente procura substituir o debate pela desqualificação (inclusive de forma chula) de seus interlocutores. Como acreditar que um governo que se porta desta forma seja capaz de promover os necessários avanços sociais, os investimentos de infraestrutura e a moralização da política?

O governo Lula precisa explicar por que as obras do PAC, até mesmo quando licenciadas, não avançam conforme o cronograma. Qualquer um com um mínimo de informação sabe que o problema o problema do licenciamento não é só dos órgãos ambientais. Estes têm os seus problemas, precisam melhorar muito (aliás, tarefa que cabe ao próprio governo resolver), mas que não podem fazer milagres. A qualidade dos projetos que chegam para a avaliação dos analista ambientais é péssima, não conta com a documentação técnica mínima e quase sempre conflitam com as normas mais básicas da legislação ambiental. Em vez de blasfemar contra os profissionais que tem a obrigação de defender o meio ambiente e são pagos pelo povo para isso, deveria pensar nas consequências da baixa qualidade dos planejadores da sua equipe.

Enfim, a postura de Lula é um insulto à inteligência, é autoritário, agride a cidadania e a ameaça a democracia. É nesse tom que o governo apresenta ao povo o seu projeto de continuidade?

Axel Grael

Lula, uma contribuição ao esporte

Nos noticiários de hoje, atribui-se ao Presidente Lula, uma declaração feita em sua viagem pela África de que as mudanças no futebol também deveriam ocorrer na direção da CBF. Comparou até sua atuação sindical quando teria limitado o mandato do Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos para 8 anos. Louvável!
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Ele reconhece que nada pode fazer quando se trata de uma entidade de direito privado como a CBF, mas sua contribuição é conceitualmente valiosa, apesar de sua prática reconhecidamente democrática na política brasileira ser conflitante com sua política externa. A política externa brasileira atual, é marcada dentro de outras características, pela forma de legitimar e defender tiranias e ditaduras de alguns países da África, da República Islâmica do Irã, Cuba e das neo-Repúblicas Bolivarianas lideradas pela Venezuela de Hugo Chávez.
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A gestão esportiva brasileira precisa ser oxigenada, renovada, modernizada e merece tomar uma belo banho de transparência. Nosso modelo de governança esportiva é majoritariamente arcaico, coronelista, corporativista, pseudo-amador e patrimonialista.
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Sabemos que democratizar o sistema não será nada fácil, mas é o único caminho para o incremento da credibilidade do esporte brasileiro. Não podemos generalizar e temos grandes gestores em diversas entidades. O Comitê Paraolímpico Brasileiro já deu passos largos rumo a sua democratização e consequente pacificação. A Confederação Brasileira de Remo trocou sua direção e aprovou novo estatuto democrático e transparente. A Confederação Brasileira de Vôlei possui gestão empresarial impecável apesar de manter o rodízio do poder à moda antiga.
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Importante é que o Presidente Lula tenha trazido o tema ao debate.
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Lars Grael

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Do site de Lars Grael (www.larsgrael.com.br), postado em 6/7/2010 19:55:19

domingo, 18 de julho de 2010

Liderança para a Segurança Climática

O Programa LEAD, do qual eu sou fellow e a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças, abrem as inscrições para o programa de "Liderança para a Segurança Climática". Conheço bem os programas de treinamento da ABDL/LEAD e recomendo aos interessados. Veja abaixo:


Fundação de Bill Gates oferece financiamento de US$ 1 milhão para projetos

Veja abaixo a chamada para inscrições de projetos da Fundação Bill & Mellinda Gates, para projetos de inclusão digital e capacitação de profissionais de bibliotecas:

Bill & Melinda Gates Foundation Invites Applications for 2011 Global Libraries Access to Learning Award

The Bill & Melinda Gates Foundation's Global Libraries Access to Learning Award annually honors innovative organizations that "are opening a world of online information to people in need." Applications are open to institutions outside the United States that are working with disadvantaged communities.
Award applications are invited from libraries and similar organizations outside the U.S. that have created new ways to offer free public access to computers and the Internet, public training to assist users in accessing online information that can help improve their lives, technology training for library staff, and outreach to underserved communities. To be eligible, the applying institution must allow all members of the public to use computers and the Internet free of charge in a community space.
The award recipient will receive $1 million.
The online application form is available only in English and must be completed in English to be eligible for consideration.
For complete program guidelines and eligibility requirements, visit the Gates Foundation Web site.
Contact:Link to Complete RFP

Obras da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, Rondônia.

Obras da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. Ao fundo, Porto Velho, Rondônia. Foto Santo Antônio Energia.


Veja no link abaixo um interessante recurso de superposição de imagens de satélite para comparar o Rio Madeira antes e depois de iniciadas as obras de construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio:

http://www.oecoamazonia.com/en/data-amazonia/infographs/10-impacto-de-hidreletrica-no-rio-madeira

Santo Antônio e Jirau, são duas Usinas Hidrelétricas que estão sendo construídas, simultaneamente, no Rio Madeira. As duas obras são consideradas pelo atual governo federal como de grande importância para o atendimento da crescente demanda de energia do país.

O licenciamento ambiental das obras gerou muita polêmica e conflitos internos no governo, com o IBAMA e o Ministério do Meio Ambiente de um lado e o Ministério das Minas e Energia e outras pastas desenvolvimentistas do governo.

Torben Grael solta o verbo em entrevista a site especializado

Torben competindo no Audi Med Cup com a equipe italiana do Luna Rossa/Prada. A equipe anunciou que desistiu de disputar a próxima America´s Cup. Foto de Carlo Borlenghi.


EM ENTREVISTA PARA O SITE "THE DAILY SAIL", TORBEN CRITICA DIRIGENTES DA VELA - MUITA POLÍTICA E POUCA TÉCNICA - NA ESCOLHA DAS CLASSES OLÍMPICAS E FALA SOBRE O FUTURO DA VELA.

O velejador Torben Grael deu entrevista ao The Daily Sail, site especializado em notícias náuticas, sobre as novas regras para as olimpíadas e que foram determinadas pela Isaf. Torden critica o modelo de escolha das classes através do voto, coisa que apenas beneficia os países mais ricos e também a exclusão dos multicasco dos jogos olímpicos.
“Nós precisamos de estabilidade para que a Vela cresça. Se você faz mudanças, elas precisam ser para daqui a duas olimpíadas, não para a próxima. Caso contrário, você só favorece os países ricos e fica cada vez mais difícil para quem não tem muito dinheiro. Os barcos da classe Europa e os Ynglings viraram lixo agora. Isso mata a classe. A Europa era uma classe bacana antes de se tornar olímpica, mas depois que ela foi tirada dos jogos, ela morreu. Eles [a Isaf] precisam ser mais cuidadosos com isso. A decisão sobre as classes virou uma coisa muito política. Deveria ser mais técnica do que política. Se você decidir apenas pelos votos, você sempre vai ter barcos muito simples e isso não é o que as Olimpíadas deveriam ser”

“Tirar os multicascos não faz nenhum sentido para mim. Por outro lado, você tem dois veleiros com bolina e trapézio que são basicamente a mesma coisa: o 470 e o 49er. Um é mais moderno que o outro, mas eles são o mesmo tipo de barco. Assim como o Laser e o Finn. Não tem nenhuma vantagem para a Vela manter barcos iguais e tirar outros que representam uma enorme parte da Vela, que é o caso dos multicascos”

O velejador esta no Brasil se preparando para a semana de vela de Ilhabela onde vai competir a bordo de um novíssimo S40.
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sábado, 17 de julho de 2010

Lars Grael é destaque no S40 Celfin Capital


Dono de duas medalhas olímpicas compete pela segunda vez num barco estrangeiro no maior evento náutico da América Latina


Lars Grael, um dos melhores velejadores do Brasil, dono de duas medalhas olímpicas, veste o uniforme de uma equipe estrangeira pela segunda vez na Rolex Ilhabela Sailing Week, o principal evento náutico da América Latina. Depois de comandar o Fortuna III, da Armada Argentina, em 2008, ele é o tático do S40 Celfin Capital, do Chile. A competição começa neste domingo e prossegue até o dia 24, no Yacht Club de Ilhabela, litoral norte de São Paulo.

Lars conhece um grupo de velejadores chilenos desde que integrou uma equipe de J24 do país. Um deles, Lucho Hermán, ficou muito amigo de Lars e agora surgiu o convite para integrar o Celfin Capital, do comandante Jorge Errázuris Grez. "Dois filhos do Lucho integram a tripulação. Estamos todos conhecendo o Soto 40, um barco muito rápido e bom de velejar", disse o brasileiro, que no ano passado foi o tático do Sorsa III, de Celso Quintella.

De acordo com Lars, a Rolex abre a preparação do Celfin Capital para o torneio de Chiloé, no Chile, em janeiro de 2012. "O Chile comprou sete S40 de uma vez e o grande o objetivo do comandante é vencer em Chiloé, uma espécie de Rolex Ilhabela do país. Eles vão competir durante este ano e o ano que vem todo para chegar no evento e buscar a vitória."

O espanhol não é dificuldade para Lars. Quando criança morou três anos em Uruguaiana, na fronteira com Paso de los Libres, na Argentina. Depois competiu algumas vezes com tripulações argentinas, na Europa. "Não tenho problema nenhum com a língua e rapidamente devemos ganhar entrosamento", lembrou o velejador, que não poderá participar de todas as etapas do Circuito Brasileiro de S40, que começa em agosto. "A minha prioridade é a Classe Star e a campanha para a Olimpíada de Londres, em 2012", completou o atleta, que perdeu a perna direita numa acidente em 1998 em Vitória (ES).

A edição de 2010 da Rolex terá nove barcos na Classe S40, sendo quatro brasileiros, três argentinos, um uruguaio e um chileno. Mais uma vez, como ocorre no Star, Lars será adversário do irmão Torben, tático do Mitsubishi/Gol, na competição.

Os veleiros entram na água neste domingo. As regatas começam com o desafio Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil, que terá largada às 9h30 no Canal de Sebastião. A prova terá 55 milhas náuticas ou cerca de 101 quilômetros. Os barcos menores disputam a Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (27 milhas ou 50 km), enquanto os veleiros da Classe HPE25 disputam o Troféu Renato Frankenthal, em um percurso de 20 milhas (37 km), a partir das 10 horas.
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Fonte: site oficial do RISW 2010 (17 de julho de 2010 - 14h12): http://migre.me/XX7s

Site da Prefeitura de Niterói dá destaque à Campanha Niterói Capital da Vela

Em breve, Niterói poderá se transformar na capital de vela. Pelo menos é o que planejam a Secretaria municipal de Esportes, a Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), os clubes náuticos da cidade e alguns dos mais renomados iatistas da região. Após diversas reuniões, através das quais está sendo elaborado um projeto de marketing, o programa será encaminhado ao Governo do Estado e ao Ministério dos Esportes para apreciação.

Para o secretário de Esportes de Niterói, Eduardo Caminha, a cidade possui os pré-requisitos para se tornar a “casa” da modalidade. Além disso, o projeto contribuirá na formação de novas promessas do esporte para as próximas disputas olímpicas.
“Nosso projeto possui um cunho olímpico. Então a idéia é juntar o know-how que adquirimos, através dos nossos campeões, com a estrutura natural, a melhor do País. Acredito que o Projeto Grael, incentivado pela Prefeitura, terá papel fundamental nesta nova empreitada”, destacou Caminha.
Um dos integrantes da comissão e idealizador do projeto, o iatista Axel Grael sabe que o “título”, acima de tudo, atrairá investimentos para impulsionar, ainda mais, a prática em Niterói.

“Queremos políticas públicas para atrair investimentos para a cidade. E transformar Niterói na capital da vela irá gerar receitas e empregos para o município com uma série de ações”, explicou.
Fonte: Site da Prefeitura - http://migre.me/XVnW

Brasil é vicecampeão mundial de Rafting


Quarteto brasileiro vence a prova de Descenso, mas o título do Campeonato Mundial de Rafting R4 fica com o Japão

O quarteto brasileiro formado por Samuka, Corê, Kekê e Fabinho dominou e venceu a prova de Descenso, disputada neste sábado no Campeonato Mundial Sênior de Rafting R4, na Holanda; mas não foi o suficiente para ultrapassar os japoneses na pontuação geral, que ficaram em segundo lugar na prova e com o título do campeonato.

No Descenso o Brasil fez um bom tempo, marcou 30:56,40 e garantiu os 400 pontos destinados ao primeiro lugar na prova. Contudo, para ficar com o título mundial os brasileiros torciam para que os japoneses ficassem da terceira colocação para baixo para que os atingissem na pontuação. Mas o Japão estava bem treinado, realizando uma boa competição e garantiu o título com o segundo lugar da prova de Descenso marcando 31:11,57 e mais 352 pontos. Em terceiro lugar ficou a equipe da Nova Zelândia com o tempo de 31:46,05 e 316 pontos

Na pontuação geral o Japão garantiu o título chegando em segundo lugar em todas as provas em disputa, e assim foi campeão com 880 pontos. O Brasil foi vice com 867 pontos e em terceiro a República Tcheca com 708 pontos.

Um campeonato de rafting consiste em quatro provas somando 1000 pontos. As prova de Tiro ou Sprint valendo 100 pontos, Sprint Paralelo ou Head to Head valendo 200 pontos, a prova de Slalom valendo 300 pontos e de Descenso ou Down River valendo 400 pontos. O vendedor é aquele que acumula a maior quantidade de pontos na soma das quatro provas.

Toda a equipe brasileira viajou para a Europa com o patrocínio da Itaipu Binacional, constante apoiador do rafting brasileiro em competições nacionais e internacionais, e da Prefeitura Municipal de Brotas/SP.

Começa a Semana de Ilhabela

Começa hoje a 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week (RISW). Trata-se da mais concorrida regata de barcos da classe Oceano no Brasil e uma das mais importantes do continente. O evento contará com mais de 150 embarcações do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, além de reunir alguns dos melhores velejadores destes países.
Os grandes atrativos da RISW são a boa organização da competição, que melhora e se sofistica ainda mais a cada ano e a paisagem exuberante. Isso sem contar com as características da raia local, com suas fortes correntes e ventos (fracos ou fortes, dá de tudo) que desafiam a habilidade dos velejadores.
A regata constitui-se no mais importante evento no calendário anual de Ilhabela, atraindo milhares de visitantes durante a sua realização. Calcula-se que cada edição do evento tenha um impacto econômico local superior a R$ 6 milhões. A cidade disputa com Niterói o título de Capital Nacional da Vela.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 17/07/2010.

Regatas certificadas: tornando a vela ainda mais verde


A ONG americana Sailors for the Sea, com sede em Newport, Rhode Island, que se dedica a motivar os velejadores para a defesa dos Oceanos e seus ecossistemas, criou programas de certificação ambiental para embarcações, clubes náuticos, escolas de vela, além de regatas e outros eventos náuticos. Os interessados podem se candidatar a receber certificados que reconhecem o nível de excelência ambiental da atividade em três níveis: ouro, prata e bronze. Por exemplo: para certificar uma regata, o organizador deverá constituir um comitê responsável pela fiscalização e todos os competidores deverão assinar um termo de adequação com as exigências compatíveis com o nível de certificação.
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Nível BRONZE: No caso da certificação bronze, dentre outras exigências, os competidores devem separar para a reciclagem todas as embalagens e outros resíduos, não podem lançar esgoto ou ter vazamento de óleo.
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Nível PRATA: Na certificação prata, além dos cuidados do nível anterior, não poderá ser utilizado nas embarcações qualquer produto de limpeza tóxico, além de ser proibido o uso de tintas que desprendam partículas na água e também não é permitida a limpeza do fundo do casco em áreas ambientalmente sensíveis.
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Nível OURO: Para obter a certificação ouro, as exigências são ainda maiores. O organizador deve ter um sistema permanente e eficiente de separação, reciclagem e gestão de resíduos à disposição dos velejadores; as instalações do clube ou marina devem ter um sistema que evite que as águas pluviais levem detritos ou óleos e graxas para o rio ou mar; não é permitido que a pintura do fundo dos barcos contenha TBT (substância tóxica utilizada como antincrustrante, já banida em muitos países, mas ainda utilizada no Brasil). Também é exigido que pelo menos um dos barcos participantes, mesmo que seja o da Comissão de Regatas, tenha motor abastecido por combustível limpo, como o Diesel B20 (com 20% de biodiesel), combustível de origem vegetal (álcool, por exemplo) e os motores de popa devem ser de 4 tempos, que são menos poluentes que motores de 2 tempos.
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O site da organização apresenta uma lista de 38 regatas atualmente certificadas na América do Norte e no Caribe, com destaque para a Semana de Vela de Antigua e para o Iate Clube de Nova York, que certificou todas as regatas do seu calendário anual. Dentre as vantagens das regatas certificadas ressalta-se a satisfação dos competidores em participar de um evento ambientalmente responsável; difundir técnicas, produtos e soluções verdes para os barcos e facilitar a captação de patrocinadores.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 17/07/2010.

As agruras de sotavento

Não são somente os velejadores que sabem as dificuldades de se estar a sotavento (localizar-se do lado oposto à direção do vento em relação a algo). Numa regata, um barco que lidera outro, procura sempre coloca-lo a sotavento como forma de tomar-lhe o vento e impedir que o mesmo lhe tome a posição. É o que chamamos de marcação. Por sua vez, o barco de sotavento faz tudo para sair daquela posição desfavorável.
Em meio ambiente, estar a sotavento de uma fonte de emissão de poluentes atmosfériccos também é uma grande desvantagem.
Um novo regulamento que acaba de ser aprovado pelo órgão ambiental federal americano (EPA) estabelece regras mais rígidas para proteger as comunidades situadas a sotavento de fontes fixas de poluição do ar, como as Usinas Termoelétricas e indústrias, pois estas são mais vulneráveis a doenças respiratórias (como a asma) e cardiorrespiratórias. A nova norma surgiu dos conflitos gerados por poluidores que afetam comunidades do outro lado da fronteira entre estados e acabou se generalizando para todas as situações em que bairros são atingidos. Os responsáveis por esta poluição terão que se adequar a padrões bem mais restritivos de emissão.
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Coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 17/07/2010.

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Veja a seguir a informação do site do EPA: http://www.epa.gov/airtransport/

Ozone and fine particle pollution cause thousands of premature deaths and illnesses each year. These pollutants also reduce visibility and damage sensitive ecosystems.

EPA is taking an important step to protect public health, help states reduce air pollution, and attain clean air standards. The proposed Transport Rule would improve air quality in the eastern US by reducing power plant emissions from 31 states and the District of Columbia.
This proposal would require significant reductions in sulfur dioxide (SO2) and nitrogen oxides (NOx) emissions that cross state lines. These pollutants react in the atmosphere to form fine particles and ground-level ozone and are transported long distances, making it difficult for other states to achieve national clean air standards.

By 2014, the rule and other state and EPA actions would reduce power plant SO2 emissions by 71 percent over 2005 levels. Power plant NOx emissions would drop by 52 percent.
States covered by the Transport Rule:



Baía Nossa de Guanabara

Cresce a mobilização em torno do movimento Baía Nossa de Guanabara, uma iniciativa que surgiu na PUC-Rio e que articula diversas organizações que já atuam na defesa da Baía de Guanabara. A programação de atividades é cada vez mais intensa.
Na quarta feira, às 14h30, na PUC, haverá uma plenária com a participação das entidades participantes. Na ocasião, haverá uma apresentação sobre a atuação do Projeto Grael na defesa da Baía de Guanabara e o professor Paulo Cesar Rosman ministrará palestra sobre a circulação da Baía. No dia 31 de julho, haverá uma regata e, no dia seguinte, um desfile marítimo. Nas duas ocasiões, além de prêmios, haverá sorteio de viagens Rio-Buenos Aires-Rio e Rio-Nova York-Rio, respectivamente. Mais informações no site WWW.baianossadeguanabara.org
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 17 de julho de 2010.

Educação Física e a vela

Vista aérea da sede do Projeto Grael, em Jurujuba, Niterói, no início das obras de reforma. Foto de Axel Grael, 2006.


O Projeto Grael sediou uma reunião nesta semana entre a Confederação Brasileira de Vela e Motor, a Escola de Educação Física da UFRJ, a UFF e o Clube Naval Charitas. O CREF foi convidado, mas não compareceu.

Na pauta estava a formação de profissionais de educação física capacitados para atuar com a vela, uma demanda real das escolas especializadas e até mesmo uma obrigação legal. O problema é que faltam estes profissionais no mercado. O Projeto Grael possui profissionais de Educação Física em sua equipe, mas a demanda por esses profissionais é crescente, principalmente pensando-se nas novas unidades do Projeto Grael que serão criadas em outras cidades.

Para contribuir para o processo de capacitação de professores e técnicos de vela e, principalmente, para prepará-los para atuar na “vela educativa e social”, o Projeto Grael ofereceu a sua infraestrutura e suas atividades como um laboratório, um campus de treinamento e de logística para as universidades.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 17/07/2010.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mudanças do clima e dos oceanos afetam ilhas brasileiras e Antártida

Vista da chegada à Ilha da Trindade, em que aparecem as cores das formações rochosas. Foto:
Rogério Cassimiro/Folha Imagem.


Assunto será abordado na 62ª Reunião Anual da SBPC por pesquisador que realiza trabalhos de campo em ambos os ecossistemas há uma década.

Por Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência



O que a ilha tropical de Trindade, situada a 1.167 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, e a 2.400 quilômetros da África tem em comum com a fria e distante Antártida, no pólo sul? Além de ter um tipo de solo que não ocorre em nenhuma parte do planeta, cujo ecossistema é composto por espécies de plantas que enfrentaram uma longa viagem para chegar a região e colonizá-la, essa ilha oceânica, tal qual a Antártida, está tendo que se readaptar ao ambiente devido às mudanças climáticas globais.

"Em função da elevação da temperatura e do degelo no continente antártico a disponibilidade de água no solo de determinadas regiões, como as ilhas oceânicas, está aumentando", conta o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Carlos Ernesto Schaefer, pesquisador que realiza trabalhos de campo na Antártida desde 2001 e há seis anos nas ilhas oceânicas brasileiras.

"Por isso, alguns tipos de gramíneas, briófitas e líquens estão se expandindo e começando a ocupar áreas no continente onde não estavam presentes", afirma. O especialista abordará esse assunto em uma conferência que fará na 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 25 a 30 de julho, em Natal (RN).

De acordo com Schaefer, os ecossistemas terrestres das ilhas oceânicas brasileiras e o da Antártida são extremamente frágeis e dependentes do equilíbrio ecológico marinho. Dessa forma, qualquer alteração no comportamento do mar provocada pelas mudanças climáticas globais ou por variabilidades naturais pode colocar em risco à sobrevivência de determinadas espécies ou favorecer outras.

"A chegada de espécies de plantas e de nutrientes para alimentar a vegetação dessas regiões depende muito das aves migratórias, cuja rota é influenciada diretamente pelas correntes marítimas e pela cadeia alimentar nos oceanos", explica. "Essas aves são responsáveis por criar e fertilizar ecossistemas especiais, os chamados ecossistemas ornitogênicos, que dependem delas para sua existência", conta.

Na ilha de Trindade, por exemplo, a petrel de Trindade, uma ave nativa da região, é responsável pela fertilização de diversos ecossistemas em torno dos paredões rochosos da ilha, onde se observa que o crescimento da vegetação é mais abundante. Já na Antártida os dejetos depositados pelas colônias de pinguins no solo durante o verão aumentam muito a oferta de nutrientes e proporcionam mais oportunidades para a vegetação do continente se desenvolver.

Espécies migratórias - Segundo Schaefer, o isolamento geográfico e a presença do oceano fizeram com que a Antártida e as ilhas oceânicas brasileiras se transformassem em verdadeiros laboratórios naturais para o estudo da colonização e adaptação de novas espécies de plantas e animais. Os tipos de vegetais que existem nelas surgiram há milhões de anos e a partir de um determinando momento começaram a se desenvolver, dando origem a espécies endêmicas, que só existem nessas regiões.

Na ilha de Trindade, por exemplo, é encontrada a única floresta de samambaias gigantes do Atlântico Sul sobre solos orgânicos espessos. Já na Antártida podem ser observadas diversas espécies adaptadas de musgos e líquens, que são os principais tipos de vegetais que colonizam o ecossistema do continente.

Em comum, diz o especialista, as espécies de plantas que se estabeleceram tanto nas ilhas oceânicas brasileiras quanto na Antártida são quase sempre migratórias de longa dispersão, ou seja, suas sementes podem ter sido transportadas a longas distâncias pelo ar ou pelo mar. As samambaias gigantes da ilha da Trindade, por exemplo, tem parentesco direto com uma espécie da planta existente no sul do Brasil e fizeram uma longa travessia para chegar à ilha. Os botânicos supõem que minúsculos esporos de samambaias pré-históricas circularam dentro de altíssimas correntes aéreas sobre o Atlântico Sul há milhares de anos e aterrissaram na ilha isolada, onde se reproduziram e originaram uma espécie diferenciada da planta.

Por sua vez, as plantas da Antártida também têm origem ou parentes no extremo sul da América do Sul e foram transportadas para a região por aves migratórias, como os pinguins e os petréis gigantes. A palestra do especialista em solos Carlos Ernesto Schaefer será realizada no dia 26 de julho, às 10h, durante a 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 25 a 30 de julho em Natal (RN), no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O evento, cujo tema é "Ciências do mar: herança para o futuro", contará com centenas de atividades, entre conferências, simpósios, mesas-redondas, grupos de trabalho, encontros e sessões especiais, além de apresentação de trabalhos científicos e minicursos. Veja a programação em www.sbpcnet.org.br/natal/home.


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Fonte: SBPC/EcoAgência
Quarta-feira, 14 de Julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Carteira Fauna Brasil: recursos para a proteção da fauna oceânica brasileira

Pró-Arribada: proteção da costa brasileira em áreas prioritárias para a conservação

Apoiado com recursos da Carteira Fauna Brasil, o projeto Pró-Arribada congrega esforços de um coletivo de parceiros – ICMBio/DIBIO, Cepene, Cepsul, UFPE, UEFS, Conservação Internacional, UFES, UFBA e Ecomar – para levantar informações sobre a ocorrência de agregações reprodutivas de peixes recifais, fenômenos bioecológicos fundamentais para a renovação dos estoques pesqueiros. O objetivo é subsidiar a definição de critérios de licenciamento ambiental, o delineamento de estratégias de ordenamento da pesca sobre recursos recifais, a criação e gestão de Áreas Marinhas Protegidas e o zoneamento ecológico-econômico das áreas de interesse da indústria de exploração e produção de petróleo na costa brasileira.
O projeto atua na costa brasileira em quatro regiões-alvo, localizadas na zona costeira, mar territorial e zona econômica exclusiva (ZEE), na região de distribuição de peixes recifais, do Ceará até Santa Catarina. As regiões-alvo do Projeto Pró-Arribada são consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade. Por serem áreas de real ou potencial interesse por parte da indústria de óleo e gás, aumenta ainda mais a necessidade de informação sobre a biodiversidade Vários são os resultados já alcançados pela iniciativa. Na Região 2, por exemplo, o projeto identificou três sítios de agregação da Caranha (Lutjanus cyanopterus), espécie ameaçada de extinção, na zona de borda da plataforma continental, ao largo das praias de Itapuã (Salvador), Guarajuba (Litoral Norte da Bahia) e Barra Grande de Camamu (Baixo Sul da Bahia). Entretanto, segundo o coordenador da RA2 do Pró-Arribada, George Olavo, o caráter reprodutivo destas agregações só foi confirmado através de evidências diretas na região de Barra Grande, no sítio conhecido como Rêgo da Caranha. “Evidências indiretas, proveniente da análise de dados das estatísticas de captura e esforço de pesca, apontam possíveis áreas de agregação, principalmente na região do Baixo Sul da Bahia, para as espécies Cioba (Lutjanus analis), Dentão (L. jocu) e Badejo (Mycteroperca bonaci)”, explica.
Conheça com mais detalhes o projeto Pró-Arribada [+].

Seleção de projetos para Áreas Protegidas na Mata Atlântica

A conservação da Mata Atlântica acaba de ganhar um apoio importante. Até o dia 27 de agosto, organizações sem fins lucrativos poderão encaminhar ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) propostas de projetos que visem à criação ou ampliação de unidades de conservação estaduais ou municipais, na área de abrangência da Mata Atlântica (definida pela Lei nº 11.428/2006 e Decreto no 6.660/2008). Poderão ser financiados estudos técnicos, bem como consultas públicas para estas UCs.

Cada proponente poderá apresentar apenas um projeto, que deve ter duração máxima de 18 meses e pode incluir atividades para mais de uma unidade de conservação e para diferentes categorias de UCs. O valor máximo para cada projeto será de R$ 260 mil e deverão ser respeitados os tetos para cada tipo de unidade: R$ 80 mil para UCs estaduais e R$ 50 mil para UCs municipais. Uma contrapartida mínima de 20% do valor solicitado deve ser assegurada pelo proponente, seja por recursos financeiros ou por bens e serviços, desde que economicamente comprovados.

Os projetos poderão contemplar áreas a serem estudadas para a criação de unidades municipais, estaduais ou mesmo um mosaico que inclua os dois tipos. Serão contempladas as categorias definidas na Lei do SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº. 9.985), exceto Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Florestas Estaduais ou Municipais. O processo seletivo será feito em duas etapas eliminatórias: uma de enquadramento e outra de análise técnica. Num primeiro momento, a equipe do Funbio avaliará se as propostas atendem aos requisitos descritos no edital, como data de envio, área do projeto, documentos pedidos e valores estipulados. Após esta etapa, os projetos serão encaminhados a uma comissão técnica para análise do mérito da proposta. O resultado final deve ser divulgado no dia 08 de outubro de 2010.

[+]Leia os detalhes do edital no documento abaixo:

- Chamada de Projetos 03/2010 - Projeto Mata Atlântica II – AFCoF II - Componente 1 – UCs Estaduais e Municipais (pdf – 650 Kb)

Áreas protegidas do RJ receberão investimentos

Funbio Contrata consultorias PJ para o Mecanismo de Conservação da Biodiversidade do Estado do Rio de Janeiro.

A contratação destina-se ao Mecanismo para Conservação da Biodiversidade do Estado do Rio de Janeiro. O Funbio está contratando Pessoas Jurídicas para a prestação de serviços e realização de obras em diversas Unidades de Conservação do Estado do Rio de Janeiro. Empresas que manifestaram o interesse na prestação dos serviços receberão as cartas-convites para a apresentação de propostas.

Nos meses de junho e julho, foram solicitadas manifestações de interesse para 4 Unidades de Conservação, e encontra-se aberto, até o dia 15 de julho, o prazo para manifestar interesse na realização de obras na Esec Paraíso. A obras são para a conclusão da infraestrutura física do alojamento de pesquisadores, recuperação das edificações existentes (sede administrativa e centro de visitantes), implantação de infraestrutura urbana paisagística e construção de alojamento destinado aos guarda-parques.

As solicitações de manifestação de interesse foram divulgadas através do website do Funbio, na seção de notícias sobre compras e contratações. Elas destinaram-se a serviços para Esec Paraíso, Apa Guandu, Reserva Ecológica da Juatinga e pela Área Estadual de Lazer de Paraty-Mirim, PE Três Picos e PE Ilha Grande, através do Mecanismo de Conservação da Biodiversidade do Estado do Rio de Janeiro. A contratação dos serviços será feita pelo Funbio, instituição que gerencia financeiramente o Mecanismo.

O Mecanismo é um instrumento para gestão de recursos de Compensação Ambiental com foco no fortalecimento do sistema de unidades de conservação do Rio de Janeiro, fruto de uma parceria entre o Funbio e a Secretaria de Estado de Ambiente do Rio de Janeiro (SEA-RJ). Seus recursos são provenientes de fontes diversificadas, tais como medidas compensatórias de grandes empreendimentos industriais, um fundo financeiro de caráter permanente e doações nacionais e internacionais.

Para acompanhar as contratações realizadas pelo Funbio, visite nossa página Compras e Contratações.

Fonte: http://www.site.funbio.org.br/teste/Not%C3%ADcias/CompraseContrata%C3%A7%C3%B5es/FunbioContrataconsultoriasPJparaoFMARJ.aspx

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ecochatos e agrochatos

Crônica de Juremir Machado da SIlva

Jornal Correio do Povo
13/07/2010



Nada como uma boa polêmica. Faz quatro dias que estou apanhando sem parar dos ruralistas por ter criticado a mudança do Código Florestal brasileiro. A argumentação dos meus oponentes tem a sofisticação de sempre: eu sou um ignorante, um preconceituoso, falo por ouvir dizer, deveria juntar eu mesmo o meu cocô para ajudar a resolver os problemas ambientais, etc. Nunca um criticado me chamou de inteligente. Jamais um criticado me deu razão. Pois, como sempre, eu li o projeto que altera o Código Florestal e tudo sobre ele. Faz parte dos meus hábitos. Gosto de estar armado até os dentes. Todas as contestações que me foram enviadas estão disponíveis em meu blog (http://www.correiodopovo.com.br/). O novo ângulo de ataque, ou de defesa, dos ruralistas é simples (ou simplório?): quem polui é a cidade. O campo só quer "produzir com dignidade". É o jargão em voga. Imagino que todos os ambientalistas sejam ignorantes como eu. Tenho citado alguns especialistas cuja argumentação me impressiona, como o professor Paulo Brack, do Instituto de Biociência da Ufrgs. Deve ser um preconceituoso sem par. Outro dia, ouvi a argumentação do promotor Júlio de Almeida, do Ministério Público Estadual. Deve ser outro ignorante. As posições desse pessoal me parecem interessantes, mas, como sempre, penso por conta própria. Li e reli o conteúdo das mudanças. Elas almejam a redução ao mínimo das leis de proteção ambiental. Um dos meus críticos chamou essas leis de "entulhos". Outro, sempre atuante, afirma que minhas opiniões são meramente ideológicas. Desconheço pessoas mais ideológicas do que os ruralistas. Eles acham, porém, que são neutros, imparciais, isentos e técnicos. Uau!Alguns ficaram indignados por eu ter chamado ruralistas de agrochatos e de atrasados. Como se diz popularmente, nos olhos dos outros é colírio. Volta e meia, ouço de um ruralista a expressão ecochato ou a designação dos ambientalistas como esquerdistas atrasados. O vereador Beto Moesch (PP), severo crítico das mudanças do Código Florestal, é um esquerdista atrasado, um direitista anacrônico ou um ecochato? Ou mais um preconceituoso e ignorante que não entende os seus amigos nem a maioria dos integrantes do seu partido? Depois dessa polêmica, aprendi muito: nossos ruralistas são ecologistas na cidade. Fazem tudo para proteger a natureza e acabam injustiçados por idiotas como eu. A lista dos ignorantes é vasta. Começa com Marina Silva. Hoje, quem coloca a produção acima da defesa do meio ambiente, pratica um reducionismo. Quem defende que a natureza permaneça intocada em detrimento da produção de alimentos, também pratica um reducionismo. O Código Florestal em vigor, no entanto, está bem longe de querer manter a natureza intocada. As áreas de preservação permanente, por exemplo, que alguns desejam extinguir, representam um ponto de equilíbrio. Nada mais. Diminuem a área de produção? Obviamente. Aumentam o espaço de preservação. Vou me atrever a dar uma sugestão aos meus oponentes: arranjem novos argumentos. A simples desqualificação como ignorante é argumento muito fraco.
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Fonte: Blog do jornal gaúcho Correio do Povo: http://www.correiodopovo.com.br/

sábado, 10 de julho de 2010

Representantes de escolas públicas de Niterói visitam o Projeto Grael



No último dia 5 de julho recebemos no Projeto Grael um grupo de representantes de escolas públicas de Niterói para o III Vivenciando o Projeto Grael, evento no qual são apresentadas os programas, as rotinas e os resultados das atividades que são oferecidas aos estudantes da rede pública.

Na ocasião, as diretoras e os professores das escolas foram recebidos pelo velejador Torben Grael, pelas pedagogas e demais profissionais da direção do Projeto Grael. Também ouviram o depoimento do velejador Samuel Gonçalves, formado pelo Projeto Grael e que acaba de regressar do Campeonato Europeu da Classe Star, na Itália.
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O objetivo do programa Vivenciando o Projeto Grael é aproximar as escolas do Projeto Grael e promover uma maior troca de experiências e informações.

Regata Cidade do Cabo-Rio ganha apoio do ministro do Esporte


Ganha nova força a tradicional Regata Cidade do Cabo-Rio de Janeiro, uma travessia do Oceano Atlântico, com uma distância de 3.600 milhas. Após uma interrupção na competição, entre 2006 e 2009, período em que o destino era Salvador, a prova retornará ao Rio de Janeiro em 2011 graças à importante intermediação do consulado brasileiro na Cidade do Cabo. Na África do Sul, por motivo da transição da sede da Copa do Mundo para o Brasil, o ministro do Esporte, Orlando Silva, foi convidado pelo embaixador brasileiro Joaquim Salles para uma visita ao Royal Cape Yacht Club, a fim de se reunir com os organizadores sul-africanos da regata. O ministro mostrou-se entusiasmado com a competição, apoiou a sugestão para que o evento se constitua uma ponte esportiva entre as Copas do Mundo de 2010 e 2014 e prometeu o apoio do seu Ministério, uma vez que, segundo suas palavras, "a vela é um dos esportes que mais deu medalhas olímpicas ao Brasil". Orlando Silva também se manifestou favorável à ideia de o Brasil ter uma tripulação composta por velejadores oriundos de projetos sociais, um sonho do Projeto Grael, que se empenha em viabilizar esse desafio.
Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 10/07/2010.

Projeto Grael e INEA assinarão convênio de cooperação



Projeto Baía de Guanabara: alunos do Projeto Grael fazem o monitoramento de correntes da Baía com o uso de derivadores (parceria Projeto Grael, BG Brasil e Prooceano). Com a parceria com o INEA, também serão coletadas amostras para o monitoramento da qualidade da água.


O presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Luiz Firmino, confirmou que irá ao Projeto Grael, em agosto, para firmar convênio de cooperação entre as instituições para o monitoramento da Baía de Guanabara. O INEA, que é o órgão ambiental do Governo do Estado do Rio de Janeiro, capacitará a equipe e alunos do Projeto Grael para desenvolverem uma rotina de coleta de amostras de água da Baía, que serão analisadas no laboratório do órgão ambiental. A nova rotina será acrescentada aos trabalhos de estudos de circulação da Baía (correntes), que já são desenvolvidos pelo Projeto Grael. Os resultados do estudo a ser desenvolvido em parceria com o INEA subsidiarão as políticas públicas de despoluição da Baía de Guanabara. O Projeto Grael também ajudará o INEA disponibilizando suas embarcações para outras eventuais necessidades de atuação em defesa da Baía de Guanabara.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 10 de julho de 2010.



Abertas as inscrições para o Bolsa-Atleta

O Ministério do Esporte recebe, até o dia 14 de agosto, as inscrições dos interessados em se candidatar ao programa Bolsa-Atleta, que oferece valores mensais de ajuda de custos para os esportistas contemplados. O programa destina-se a atletas de alto rendimento, que não possuam patrocínios ou salário para a prática esportiva e que possam comprovar que estão entre os melhores do Brasil na sua modalidade. São previstas as seguintes categorias:
  • Bolsa-Atleta Estudantil (R$ 300,00/mês), para estudantes matriculados em instituições de ensino públicas ou privadas, com idade acima de 12 anos e que tenham conquistado do primeiro ao terceiro lugar nos JEB’s ou JUB’s, organizados pelo Ministério;
  • Bolsa-Atleta Categoria Nacional (R$ 750,00/mês), para atletas acima de 14 anos e que estejam vinculados a alguma entidade de prática esportiva (clube), que tenham conquistado uma das três primeiras posições nos campeonatos nacionais ou que estejam entre os três primeiros no ranking nacional da categoria;
  • Bolsa-Atleta Categoria Internacional (R$ 1.500), para atletas maiores de 14 anos que tenham conquistado as três primeiras colocações em campeonatos mundiais, pan-americanos ou parapan-americanos, ou ainda em campeonatos sul-americanos.
  • Por fim, o Bolsa-Atleta Olímpica e Paraolímpica (R$ 2.500/mês), destina-se a atletas que já tenham integrado nas últimas delegações nacionais nas competições. Para mais informações, os interessados devem procurar o site do Ministério do Esporte.

Com base na coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 10 de julho de 2010.

Para mais informações: http://www.esporte.gov.br/snear/bolsaAtleta/

Seleção de Projetos para a Zona Costeira


A organização ambientalista SOS Mata Atlântica lançou o Projeto Costa Atlântica, com a finalidade de proteger os ecossistemas, a biodiversidade e perpetuação da sustentabilidade das zonas costeira e marinha sob influência do bioma Mata Atlântica. Para viabilizá-lo, foram constituídos dois fundos: o Fundo Costa Atlântica e o Fundo pró-Unidade de Conservação Marinha, com recursos doados por empresas privadas. Para a aplicação dos recursos, publicou-se um edital para a seleção de projetos. Os interessados podem apresentar seus projetos até o dia 20 de julho.


Da coluna "Rumo Náutico", Axel Grael. Jornal O Fluminense, 10 de julho de 2010.


Para mais informações: http://migre.me/VTe3