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sábado, 27 de março de 2010

Rio de Janeiro perde a VOR







Itajaí conquista o direito de receber a VOR 2011-2012

Agora é oficial. Na terça feira, foi anunciado que o Rio de Janeiro perdeu a parada da edição 2011-2012 da Volvo Ocean Race (Regata de Volta ao Mundo), que acontecerá em Itajaí, em Santa Catarina. O Rio de Janeiro teve uma longa relação histórica com a competição, tendo a abrigado em sua edição inaugural em 1974/1975, em 1977/1978 e 2001/2002. Depois disso, na regata de 2005/2006 vivemos a emoção de ver aqui a primeira participação brasileira numa regata de volta ao mundo, com o Brasil 1, e em 2008/2009, quando a competição foi vencida pelo barco Ericsson 4, comandado por Torben Grael. Além do Rio, as únicas cidades sul-americanas que haviam recebido a regata foram São Sebastião – SP e Punta de Leste, no Uruguai. A VOR deixou uma forte marca no Rio, principalmente nas duas últimas edições, quando os imponentes barcos de 70 pés disputaram as In-Port Races em plena Baía de Guanabara. Na ocasião, suas águas foram tomadas por centenas de barcos de expectadores e a população se aglomerou na orla, marcando recordes de público numa competição de vela. Apesar do grande sucesso da VOR, os dirigentes cariocas nunca demonstraram um maior interesse em atrair e manter eventos náuticos na cidade. Nas duas últimas edições, o Rio de Janeiro foi mantido na programação por decisão dos organizadores, em respeito ao histórico da competição com a cidade. Ocorre que dessa vez, a VOR Management, empresa organizadora da competição, decidiu acertadamente escolher a cidade anfitriã mediante uma concorrência aberta. As três cidades finalistas no Brasil foram Itajaí (SC), Angra dos Reis (RJ) e São Sebastião (SP). A escolha ficou com Itajaí, cuja candidatura contou com forte apoio do governo estadual e municipal, além do empresariado local. A perda de mais esse evento náutico no Rio de Janeiro preocupa os velejadores. No passado já tínhamos perdido para Salvador a Regata Cape Town – Rio, que graças a um esforço do Iate Clube do Rio de Janeiro e do Consulado do Brasil em Cape Town, poderá voltar a contar com a Baía de Guanabara como cenário de sua chegada em 2011. A tradicional Regata Buenos Aires - Rio também deixou de ser disputada, mas há um esforço para que seja retomada.

Santa Catarina apóia a vela

Lars Grael, que trabalha com Alan Adler e Torben Grael para viabilizar a participação de mais um barco brasileiro na VOR, falou da escolha de Itajaí: “Santa Catarina desenvolveu um bem traçado plano estratégico de desenvolvimento da indústria náutica, bem como para o incentivo à prática dos esportes e do turismo náutico. O empenho direto do Governador e do Vice-Governador foi um diferencial importante. Eles ainda trabalham com a Brasil 1, na esperança de viabilizar o financiamento da participação de um barco brasileiro. Itajaí ganhará uma marina pública, na qual o Porto de Itaguaí investirá R$ 4 milhões, que será importante na costa Sul Brasileira. Permitirá atracação para barcos de até 5 metros de calado, fato único na região e até mesmo na costa brasileira como um todo. Representará ainda uma mudança de paradigma numa região (Vale do Itajaí) que sofreu com as enchentes do final de 2008”. A VOR também considerou o fato de encurtar, mesmo que um pouco, a mais longa das etapas oriunda da China e ainda um regime de ventos mais favorável na região da chegada. Os organizadores pretendem ainda desencadear todo um processo de desenvolvimento do tema na região através de regatas, ações sócio-culturais no município e na região.

Da coluna "Rumo Nútico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 27/03/2010.
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Sobre o mesmo assunto, trancrevemos o texto do site de Lars Grael (www.larsgrael.com.br)

Itajaí a parada da Regata Volvo Ocean Race - 2011/2012
24/3/2010 12:21:53

Estive ontem em Itajaí/SC na cerimônia de homologação da cidade portuária catarinense Itajaí como o único local de parada na América do Sul, da Regata Volta ao Mundo - Volvo Ocean Race.Muitos perguntam, porque Itajaí?
O local será adequado quando cumpridas as obras previstas em contrato e no caderno de encargos.
Não fiz parte da decisão, creio que nem a Brasil 1 do velejador brasileiro Alan Adler, mas sim, fui aconselhador mostrando as vantagens e desvantagens das 3 finalistas: Itajaí, Angra dos Reis e São Sebastião. Na fase inicial, figuravam como pré-candidatas, as poderosas cidades do Rio de Janeiro e Santos.
SC garantiu o BID exigido pela VOR Management e atendeu os quesitos do caderno de encargos. Além disto, o estado tem um plano estratégico de desenvolvimento da indústria náutica e naval e do desenvolvimento do turismo náutico e da prática de esportes náuticos.
O empenho direto do Governador e do Vice-Governador foi um diferencial importante. Eles ainda trabalham com a Brasil 1, na esperança de viabilizar o financiamento da participação de um barco brasileiro.
Itajaí receberá uma marina pública que será importante na costa Sul Brasileira. Permitirá atracação para barcos de até 5 metros de calado, fato único na região e até mesmo na costa brasileira como um todo. Representará ainda, uma mudança de paradigma numa região (Vale do Itajaí) que sofreu com as enchentes do final de 2008.
Itajaí fica próxima do maior polo econômico de SC, que é Joinville e Blumenau e fica ainda a cerca de 1 hora de carro da capital Florianópolis.
A VOR também considerou na escolha, o fato da latitude mais ao Sul, encurtar mesmo que um pouco, a mais longa das etapas (oriunda de Sanya da China) e ainda um regime de ventos mais constantes na região da chegada.
Os organizadores pretendem ainda desencadear todo um processo de desenvolvimento do tema na região através de regatas, ações sócio-culturais no município e na região.
É isto, creio que a opção foi por diversificar e optar por um local aonde o evento será um grande diferencial na cultura e na economia da região.
Continuo na torcida por um barco brasileiro!

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