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sábado, 13 de março de 2010

Dragagem do Canal do Fundão usa tecnologia inovadora



 Viveiro de mudas de manguezal para a recuperação da vegetação do Canal do Fundão. Foto Axel Grael.

Lixo coletado pelas dragas juntamente com o sedimento dragado. Foto Axel Grael.

Geotubes cheios de sedimentos contaminados com metais pesados, retirados do Canal do Fundão, na Baía de Guanabara. Foto de Axel Grael.

Pátio de geotubes preparado para receber sedimentos contaminados do Canal do Fundão. Foto de Axel Grael.

Dragas no Canal do Fundão. Um dos lugares mais degradados da Baía de Guanabara. Foto de Axel Grael.


Está em curso uma iniciativa emblemática para a despoluição da Baía de Guanabara: a dragagem do Canal do Fundão, situado entre a Ilha do Fundão e a Linha Vermelha.

Obra de iniciativa da SEA - Secretaria de Estado do Ambiente e que tem como principal financiador a Petrobras, é a maior e mais complexa dragagem já feita no país com a finalidade de recuperação ambiental. A sua execução revitalizará a área mais poluída da Baía de Guanabara e acabará com a triste visão de degradação ambiental de uma das portas de acesso à cidade: a Linha Vermelha.

Ainda na fase de planejamento e licenciamento ambiental das obras, foram feitas sondagens para verificar a contaminação dos sedimentos e verificou-se que a concentração de metais pesados no trecho entre as duas pontes de acesso à Ilha do Fundão (pontes Oswaldo Cruz e Brigadeiro Trompovski) era alta.

Diante do problema, os responsáveis pela obra optaram por uma inovadora tecnologia, que é a utilização de bolsas de geotêxtil para o confinamento dos sedimentos e permitir que sejam dispostos em segurança e em terra.

Nessa semana, tivemos a oportunidade de ir ao local e verificar o andamento das obras, que foram licenciadas durante a minha gestão como presidente da FEEMA (2007-2008). Vimos com satisfação o desenvolvimento dos trabalhos. A tecnologia está dando ótimos resultados e temos a certeza que o sucesso da iniciativa mudará o paradigma de dragagem no Brasil.

Motivados pelo o que vimos, sugerimos à SEA que a mesma tecnologia seja utilizada para a dragagem da Lagoa da Tijuca, planejado há anos, mas que nunca saiu do papel. A medida revitalizaria o Sistema Lagunar de Jacarepaguá, desobstruindo a sua conexão com o mar.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 13/03/10.





2 comentários:

  1. Ilustre Axel Grael.

    Na manhã de hoje, assisti uma reportagem na emissora Globo News, que mostrou o projeto e a execução das obras de despoluição do Canal do Fundão, situado na cidade do Rio de Janeiro.

    Embora o projeto do Canal do Fundão ainda esteja em excução, devo esclarecer que fiquei entusiasmado com os resultados obtidos até o momento, e este o sentimento de alegria foi duplamente festejado com bandeiras verdes e amerelas, quando percebi que o Brasil dispõe de tecnologia nacional para enfrentamento de grandes problemas.

    Imaginemos, por alguns segundos, que as construções de Itaipu e Tucuruí, consideradas até hoje faraônicas, e invejadas por muitas nações desenvolvidas, fazem parte de projetos nacionais que foram colocados em prática, e são, na atualidade, uma realidade. Se nós as fizemos no passado, então, temos competência para fazer coisas maiores e mais difíceis.

    A mesma reportagem também fez acender a luz que estava esquecida no fundo do túnel, mostrando que os resultados obtidos no Canal do Fundão podem ser reinterpretados como capacidades genuinamente nacionais para resolver grandes problemas que afetam hoje o nosso país.

    As catástrofes que têm corrido na federação, entre às quais, mais comuns, deslizamentos de terra e enchentes, que mazelam a população e empobrecem a economia, podem, sim, ser resolvidos com tecnologia totalmente "Made in Brazil", bastando para isso apenas a vontade política.

    BRASIL ACIMA DE TUDO !
    Tenente Menezes - Militar da reserva remunerada do Exército Brasileiro.

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  2. Boa tarde Eng. Axel... Estou numa negociação para construção de estaleiro em Pelotas - RS... Penso em usar dragagem de sucção dos sedimentos e confinamento em bolsas geo têxteis (geotubes) para elevação do greide em substituição de corte de taludes, transporte, movimentação e compactação de terra... O que acha? É possível? Pensamos num complexo industrial BUILDING GREEM com certificações e que sirva de referência de autosustentabilidade e eficiência com 100% de autonomia em energia, água e resíduos. Gostaria de ter sua consultoria neste é em outros projetos de verga ambiental. 21 980241097 (zap)

    Edeunei Ferreira

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