Uma das mais insistentes perguntas dos técnicos e dirigentes do COI era sobre o legado. O que o Rio herdará dos investimentos da Rio 2016? Não há dúvidas que teremos muitos investimentos que disponibilizarão novos equipamentos, infraestrutura, serviços, imagem, etc. Mas, creio que o legado mais importante a ser celebrado pelo Rio de Janeiro será expurgar o baixo astral, o derrotismo que já foi tão deletério para o Rio de Janeiro.
É a minha opinião que mesmo se tivéssemos perdido a indicação olímpica, já teríamos como legado a construção de um projeto de cidade, de futuro e uma motivação para o consenso, algo tão raro na história do nosso estado. A Rio 2016 será a oportunidade de motivar a construção de um novo Rio de Janeiro. Problemas? Claro que temos, mas temos tudo para superá-los. A cidade nunca teve uma conjuntura tão favorável.
Escrevendo sobre o assunto em seu Blog, Lars Grael afirma que mais importante que sediar uma Olimpíada pura e simplesmente (como Atlanta e Atenas) e modernizar e valorizar uma metrópole (Barcelona, Sidney e Pequim), é criar um Brasil Olímpico. O Brasil Olímpico seria o reencontro da Educação com o Esporte. Seria propagar os valores olímpicos como meio de valorização da juventude. Seria promover o esporte como meio de inclusão social, de prevenção a violência, de propagação de uma cultura da PAZ, de promoção de bem estar e qualidade de vida. Teríamos que ter em mente, que tão importante quanto sediar os Jogos Mundiais Militares, Copa do Mundo de Futebol e Jogos Olímpicos, seria organizar o maior e mais abrangente Jogos Estudantis Brasileiros. Investir na base social do esporte. Como dizem Obama e Lula: Nós podemos, não?
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Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 03/10/09.
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