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quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Um século de plástico
Foto de Axel Grael: Equipe do PEBG-Plano de Emergência da Baía de Guanabara retira lixo flutuante da Enseada de São Francisco, Niterói. Preparação para os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, 2007.
Segundo os velejadores da Volvo Ocean Race 2008-2009 (Regata Volta ao Mundo), de todos os portos por onde passaram, o Rio de Janeiro e Coxim, na Índia, foram as cidades com o mar mais poluído. Realmente, durante a parada da VOR, a Baía de Guanabara estava em situação constrangedora: águas turvas e uma grande quantidade de lixo flutuante. Havia muito plástico. Lamentavelmente, essa já é uma marca infeliz da nossa Baía e quem veleja pelos nossos mares, sabe que é possível perceber que estamos chegando ao Rio de Janeiro pela quantidade de plástico que pode se avistar no mar. A invenção do plástico ocorreu em 1909, há exatamente um século. Hoje, está por toda parte do planeta, em benefício do homem, mas também poluindo o meio ambiente. O Brasil é um dos maiores consumidores de embalagens plásticas do mundo, mas como temos péssima gestão do lixo, o problema aqui é ainda maior. São geradas cerca de 150 mil toneladas de lixo/dia no Brasil, e desse total apenas 12,6% são destinados a aterros sanitários. Apenas 1,5% do lixo são reciclados. O restante vai parar nos lixões, nos rios e em estuários, como a Baía de Guanabara. Caso não seja resolvido, o lixo poderá ser um dos grandes obstáculos à candidatura do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016.
Publicado na Coluna Rumo Náutico, Jornal O Fluminense, 18/04/09
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