Na sede do Projeto Grael. Da esquerda para a direita, Fabiana Bentes de Rengifo (Sou do Esporte), Christa Grael (Gerente Executiva do Projeto Grael), Hugo Flórez Timonán (BID), Axel Grael (fundador e ex-presidente do Projeto Grael), Lars Grael (fundador e conselheiro do Projeto Grael) e familiares de Hugo Flores Timorán, Valentina Muñoz e filhos.
O Projeto Grael teve a honra de receber a visita do Sr. Hugo Flóres Timorán, Representante no Brasil (maior autoridade do banco no país) do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), na última sexta-feira, dia 24 de fevereiro.
O dirigente veio conhecer o trabalho de iniciação aos esportes náuticos, programas profissionalizantes e ambientais mantidos pelo Instituto Rumo Náutico (Projeto Grael) em sua sede em Jurujuba, Niterói.
PROJETO GRAEL
Fundado em 1998 pelos irmãos Torben, Lars e Axel Grael e outros velejadores, o Projeto Grael é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que oferece programas gratuitos de iniciação à Vela, cursos profissionalizantes (oficinas de fibra de vidro, mecânica Diesel e motor de popa, elétrica/eletrônica, capotaria, marcenaria) e atividades ambientais, para estudantes da rede pública de educação. Desde a sua fundação, o Projeto Grael já ofereceu mais de 17.000 vagas para seus programas educacionais.
O BID é um banco multilateral com longa tradição de cooperação com o Estado do Rio de Janeiro, tendo sido o financiador do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) e o atual Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara - PSAM. Em Niterói, o BID financia o Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social de Niterói (PRODUIS). Através do PRODUIS, estão sendo desenvolvidos vários investimentos, como a implantação do CCO Mobilidade, o Parque das Águas, o SIGEO e serão iniciadas as obras de urbanização das comunidades de São José e Igrejinha do Caramujo, ambos no Fonseca.
Lars Grael trouxe os visitantes do Rio de Janeiro em seu bote e os levou de volta. Foto Axel Grael.
VISITA
Eu, meu irmão Lars Grael e dirigentes do Projeto Grael fizemos a honra da casa e mostramos as instalações para os visitantes. O peruano Hugo Flórez Timorán, que mostrou-se bem familiarizado com o esporte da vela e seus filhos são velejadores, visitou todas as oficinas profissionalizantes e as demais instalações do Projeto Grael. Infelizmente, por estarmos ainda em férias escolares, Hugo Flórez Timorán não pode ver o Projeto Grael em atividade com a garotada. As aulas começam apenas no dia 6 de março.
Durante reunião, mostrou muito interesse principalmente pelas atividade ambientais e pelos programa Velejada Corporativa, oferecido pelo Projeto Grael às empresas, como forma de arrecadação de recursos pera manter a instituição.
Agradecemos a Hugo Flórez Timorán por ter nos procurado e disponibilizado seu tempo e de sua família para nos visitar e conhecer nossas atividades. Que venham boas parcerias.
O Sistema Nacional de Conservação e Áreas Protegidas de Niterói será o primeiro tema debatido no evento. Foto: ETE Itaipu. Divulgação
Grupo Fluminense Multimídia promove novos debates em parceria com a Universidade Candido Mendes
A partir do dia 5 de março estarão abertas as inscrições para o 2º Seminário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, promovido pelo Grupo Fluminense Multimídia, com apoio institucional da Universidade Candido Mendes. O seminário será realizado nos dias 14 e 15 de março, no auditório da UCAM Niterói, reunindo autoridades, especialistas e entidades ligadas ao meio ambiente. O evento conta com patrocínio da concessionária Águas de Niterói.
Os interessados em participar deverão fazer as inscrições exclusivamente pelo e-mail – seminariosoflu@ofluminense.com.br, que estará habilitado a partir do dia 5. Após o envio da mensagem, deverão aguardar a confirmação. Quem for aluno da UCAM Niterói deverá garantir vaga através das inscrições feitas pelo sistema acadêmico da universidade.
As inscrições serão realizadas por módulos, de acordo com a programação do evento (ver quadro ao lado). O interessado deverá informar no e-mail o módulo (ou módulos) em que deseja se inscrever e aguardar a confirmação de vaga. O seminário tem entrada franca, mas o número de vagas é limitado. Aos alunos serão atribuídas horas de atividades complementares. Os demais participantes poderão receber certificado, mediante comprovação de presença nos três módulos e solicitação por e-mail após o evento, num prazo de três dias.
Diretor da UCAM Niterói, o professor José Carlos Oliveira dos Santos destacou a importância da participação da sociedade civil nas discussões relacionadas à gestão do meio ambiente. “Faremos um amplo debate com um evento deste porte. A competência dada aos municípios para a organização política ambiental tem como escopo a garantia aos cidadãos a um desenvolvimento socioeconômico, harmônico com as estruturas ambientais e ecológicas. Ganha a cidade de Niterói, ganha o Estado do Rio de Janeiro”, afirmou.
Acidentes ambientais e as ferramentas jurídicas para sua reparação também serão tema de dabate. Foto: Divulgação
MÓDULO 1 - Dia 14, às 9 horas
Mesa de debates “Sistema Nacional de Conservação e Áreas Protegidas de Niterói”
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Andréia Mello, gerente de Projetos do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
As Áreas Protegidas de Niterói e seu Reordenamento – Amanda Jevaux, subsecretária de Meio Ambiente da Prefeitura de Niterói
A revisão do Plano Diretor e as Áreas Protegidas de Niterói – Daniel Marques, coordenador da Coordenadoria Especial dos Direitos dos Animais da Prefeitura de Niterói
Mediação: Tainá Mocaiber, membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/Niterói
Palestra: Saneamento Ambiental em Niterói, com representante da Águas de Niterói
MÓDULO 2 - Dia 14, às 19 horas
Mesa de debates .“Acidentes Ambientais e as ferramentas jurídicas para sua reparação”
O rompimento da barragem de Mariana – Cristiane Jaccoud, doutora e mestre em Direito Ambiental, advogada e professora da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro
O desastre do Morro do Bumba – Axel Grael, engenheiro florestal, ex-vice-prefeito e atual secretário Executivo da Prefeitura de Niterói
O vazamento da Petrobras na Baía de Guanabara – Rogério Rocco, doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais na UFF, professor e ex-secretário de Meio Ambiente de Niterói
Mediação: Emanuel Alencar, jornalista e autor do livro “Baía de Guanabara: descaso e resistência”
MÓDULO 3 - Dia 15, às 9 horas
Mesa de debates “Gestão do Sistema Lagunar de Niterói”
As competências de atuação do Inea – Paulo Cunha, superintendente do Inea
A degradação das lagoas de Niterói – Paulo Bidegain, biólogo, consultor e especialista em sistemas lagunares
O Projeto Região Oceânica Sustentável – Dionê Marinho, coordenadora do PRO Sustentável, da Prefeitura de Niterói
Mediação: Leila Heizer, representante do Comitê das Lagoas de Itaipu e Piratininga (Clip)
Palestra: A Proteção Legal dos Animais, com Ana Lucia Camphora, doutora em Ciências Sociais e professora universitária
Em São Francisco, de 7h às 18h, é possível subir o Parque da Cidade para admirar a vista do alto. Sem contar as trilhas que ficam em torno do parque. A entrada é franca. Foto: André Redlich / Divulgação
Mariana Chamon
Da Zona Sul à Região Oceânica, passando pelo Centro e Zona Norte, confira lugares incríveis para serem curtidos no carnaval
É cientificamente comprovado que estar ao ar livre e mais próximo da natureza alivia o estresse, estimula a criatividade e diminui o mau humor e a ansiedade.
Com tantas belezas naturais e paisagens, os moradores de Niterói e região possuem diversas opções de programas que utilizam os ambientes abertos e públicos da cidade. “Há cerca de seis meses, comecei a frequentar o Teatro Popular para andar de patins com minha filha de nove anos, Maria Clara. Ali tem bastante espaço e é bem tranquilo. Também gostamos muito de passear na orla de São Francisco”, conta a gonçalense Gerusa Santos de Almeida, de 38 anos, que sente falta de opções de lazer ao ar livre em sua cidade, e, por isso, vem até Niterói quase todo fim de semana.
O pátio do Teatro Popular, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, passou a receber muitos patinadores e skatistas depois do incentivo da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, que realiza, quinzenalmente, o “Roller Popular”, unindo música e a prática de esportes ao ar livre. O evento, que acontece desde 2014, teve uma edição pré-carnavalesca com fantasias e muito glitter no último dia 13.
Outro programa que está na lista de preferidos dos niteroienses que gostam de estar ao ar livre é o Parque da Cidade, em São Francisco, que fica cerca de 300m de altura e tem vista privilegiada para o pôr do sol e para as praias de Piratininga, Itaipu, Camboinhas, São Francisco, Jurujuba, Charitas, Icaraí e para o Rio de Janeiro. “Fui ao local no fim do ano passado com uma amiga de Petrópolis que gosta muito da natureza. Já tínhamos ouvido falar do Parque da Cidade e visto fotos muito bonitas. Subimos caminhando pelo asfalto e valeu a pena. Assistimos ao pôr do sol e gostamos muito”, conta a estudante Ana Luisa Vasconcellos, de 19 anos.
Além da vista, a área de preservação ambiental também possui duas rampas de voo livre para os mais radicais e um bistrô. O acesso ao parque pode ser feito caminhando pelo asfalto, com duração de cerca de uma hora, e também de carro ou bicicleta. A entrada é franca, de 7h às 18h, todos os dias. O parque também é local de entrada para algumas trilhas e é um ambiente agradável, segundo a estudante, para se fazer um piquenique.
Cerca de 30 minutos de São Francisco, na Região Oceânica, está a Praia de Itacoatiara, considerada uma das mais bonitas do litoral fluminense e famosa pelas ondas perfeitas que atraem surfistas de diferentes modalidades. No canto esquerdo da praia fica o Costão de Itacoatiara, com 217m de altitude, que divide Niterói e Itaipuaçu, distrito de Maricá. A carioca Carolina Grangeia, de 26 anos, deixou no Rio, o medo de altura e subiu o Costão em uma manhã de domingo no começo do mês. “Sempre quis conhecer melhor Niterói, pois só conhecia Icaraí, São Francisco, e algumas praias da Região Oceânica da época em que eu treinava aquathlon. Alguns amigos me chamaram para subir o Costão e eu topei, mesmo com medo de altura, porque me falaram que a trilha era tranquila. Em 20 minutos já estávamos lá em cima”, conta.
Em um pequeno trecho da trilha, a pedra é mais inclinada, lisa e tem os lugares certos para colocar o pé, exigindo mais atenção. Ainda assim, é considerada leve e um ótimo programa familiar. “A vista é linda! Tinha crianças e adultos subindo também. De lá dá para continuar para outra trilha que leva à Enseada do Bananal. Os próximos lugares da cidade que pretendo visitar são a Pedra do Elefante, o Parque da Cidade e a Praia do Sossego”, comenta Carolina.
Outra praia conhecida da Região Oceânica é Piratininga, que possui 360m de extensão e, desde a sua revitalização, atrai eventos e famílias aos fins de semana. No “Rolerzão” da prefeitura, por exemplo, a partir das 7h, as pistas entre as ruas Dr. Marcolino Candau e Antônio Augusto da Paz são fechadas para a prática de exercícios e esportes. “Há mais ou menos um ano, costumo correr no calçadão de Piratininga. Nos fins de semana, quando fecham algumas ruas, a orla fica cheia de crianças brincando e pessoas de várias idades aprendendo a andar de skate e de patins. É um ambiente muito agradável”, comenta Renata Costa, de 25 anos.
A Cidade Sorriso ainda oferece outros programas ao ar livre. O Campo de São Bento, que recebe o nome oficial de Parque Prefeito Ferraz, é o principal jardim público urbano da Zona Sul. A área conta com mais de 30 mil metros quadrados, um pequeno parque de diversões, um lago artificial, brinquedos e muito verde. Nos fins de semana, o parque se transforma em uma grande feira de artesanato e ainda recebe eventos com frequência. No próximo dia 7 será a vez do Festival de Churros Niterói, com entrada franca e diversas opções de churros gourmet. Na Boa Viagem, o pátio do MAC, além da bela vista, oferece aulas gratuitas de tai chi chuan, yoga, meditação e será o ponto de encontro da Corrida do Bem no próximo dia 12 de março.
Na Zona Norte possui o Horto do Fonseca, apelidado de Jardim Botânico de Niterói (*), que conta com uma pista de skate e um ParCão, área onde é possível passear com cachorros.
(*) A designação "Jardim Botânico de Niterói" é oficial e não apenas "um apelido". O arboreto local é valioso e conta com espécies de interesse botânico e muitas foram introduzidas no local, no passado, para fins de aclimatação, visando a arborização urbana. O Jardim Botânico de Niterói já contou no passado com um herbário reconhecido internacionalmente. Fui estagiário lá na década de 1970, época em que a Prof. Marina Vannier Lane era a diligente gestora daquele patrimônio.
Muitos anos depois, em 24 de julho de 1996, participei da criação da Sociedade de Amigos do Jardim Botânico de Niterói (SANJARBONI), que existe até hoje, reativado após anos inerte pelo Leonardo Reis, Administrador Regional do Fonseca, da Prefeitura de Niterói.
Vista aérea produzida por drone do Centro de Controle Populacional de Animais Domésticos, da Prefeitura de Niterói. Foto Leonardo Simplício.
A área do Jardim Botânico de Niterói está sendo recuperada pela Prefeitura de Niterói, que firmou convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura, responsável formal por aquele espaço. Já foram implantados equipamentos culturais (concha acústica), esportivos (skate park, quadra esportiva), de lazer, um horto florestal, uma Companhia Destacada da Polícia Militar e será inaugurado em breve o Centro de Controle Populacional de Animais Domésticos, da Prefeitura de Niterói.
Também funciona no Jardim Botânico a sede do Instituto Baía de Guanabara (IBG), que possui uma biblioteca com um ótimo acervo sobre os assuntos relacionados à despoluição e gestão da Baía de Guanabara.
Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói
A matéria abaixo mostra a interessante experiência de Nova York que está transformando um antigo lixão, um dos mais famosos dos EUA, em um parque para o lazer, turismo e recreação.
Os detalhes técnicos das soluções adotadas para a remediação da área merece a atenção dos profissionais ligados ao setor de conservação e engenharia sanitária.
Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói
A rendering of a future bird-watching platform in Freshkills Park. (James Corner Field Operations)
Twenty minutes past the Verrazano-Narrows Bridge to Staten Island, the smell would hit. Cait Field, who grew up nearby on Long Island, remembers this from childhood car trips—how her parents would roll up the windows and flip the AC’s recirculate button while acres upon acres of fetid household garbage scrolled past. The scent alone signaled that the Fresh Kills landfill was where things went to rot, not live—except for thousands of feasting seagulls.
But the Fresh Kills of memory has remarkably little to do with its present. On a blue-skied and frigid Valentine’s Day, Field, now a 33-year-old scientist, stands atop one of those gigantic trash mounds. You can see the Manhattan skyline in the distance, but not one scrap of garbage. The flocks of feasting gulls have moved on, though Field does spot a lone soaring hawk. Beneath her feet lie some 150 million tons of New York City waste, immobilized, covered, and capped with tiers of thick soil, impermeable plastic, and gas-containment pipes. On the top of this layer cake grow native grasses, mowed short for winter. The only smell is moisture in the breeze whistling against her brown puff jacket.
“This is the area the grasshopper sparrows really like,” Field says, nudging the dried fibers with her boot. On another mound, she’d shown me how the ground cover was much thicker, having been planted years before this one. “Notice how here, it’s a much thinner carpet—we’re trying to figure out how to keep it like that,” she says.
Turning back to her Parks Department Prius, she notices a set of tracks in a patch of hardened snow. What she had taken to be a colleague’s footprints from the road are, closer up, clearly the work of geese.
What was once the world’s largest landfill is slowly transforming into a new flagship park for New York City. At 2,200 acres, Freshkills Park (its namesake creek has been rebranded as one word) will be nearly three times the size of Central Park when it fully opens in 2036. But already the soft, hilly topography—its every rise formed by garbage—is home to hundreds of species of plants and animals.
As the research program manager at Freshkills, Field’s job is to make sure the new residents are settling in, and staying for the long haul. She conducts her own research on the park’s fish populations, coordinates a rotating cast of visiting scientists, and helps develop a wildlife management plan. It’s an unusual job, to say the least. As an utterly novel, human-engineered grasslands environment—in a borough of NYC—Freshkills is in some ways a scientist’s dream. Every shift in the ecosystem can be tracked from a baseline, the point at which the garbage mounds were first capped and planted. Every uptick or dip in species population or health can be readily correlated to those trackable changes.
Where those changes are headed, though, no one really knows. Freshkills is not a story of environmental “restoration”—fifty-plus years of landfilling means that this earth will never return to what it once was. But with gentle shepherding, and not too much interference, Field and her team hope that Freshkills will live again as a newly thriving ecosystem. It may also be model for other places—perhaps even the planet itself—that have been irrevocably changed by human behavior, but can still make room for life in what was once wasted space.
“It’s hard to know the worse of two evils”
“This all would have been built on, if it hadn’t been a landfill,” says Field, as her Prius rattles down a gravel-lined switchback running alongside Freshkills’ main creek. “It’s hard to know what would have been the worse of two evils.”
That’s one of the many tensions between nature and artifice that lie at the heart of the Freshkills story. Named by 17th-century Dutch settlers for the “fresh waters” they admired here, Freshkills sprawls along the banks of an estuary on the west side of Staten Island. Once it was tidal creeks and coastal marshland, home to wading birds, blue crabs, terrapins, and diverse flowering herbs. These ecosystems filtered bits of waste in the water and functioned as absorbent flood barriers—essential in hurricane season. (What wetlands remain at Freshkills absorbed a heroic amount of storm surge during Hurricane Sandy.)
A Parks Department graphic explains the landfill capping process. (New York City Parks Department)
Staten Island’s squishy swamps appeared valueless, however, to 20th century city planners. Under the all-powerful “master builder” Robert Moses (who else?), New York City turned the wetland expanse into a landfill in 1948.
The dumping was only supposed to last three years, long enough to form the foundation of a new, mixed-use residential development. But the needs of the growing city trashed those plans. In the face of ardent opposition from Staten Islanders, Fresh Kills stayed open and became the largest landfill in the world by the mid-1950s, receiving nearly 30,000 tons of garbage every day from all five boroughs at its peak. The historic tidal wetland ecosystem was utterly buried by plastic packaging, food waste, leaky electronics, and every bit of municipal detritus under the sun.
Finally, in 1996, environmental concerns and local politics pushed Mayor Rudy Giuliani and New York Governor George Pataki to sign a state mandate closing the site. The intensive process of permanently capping the mounds began. Three out of four are now completely finished, at a cost of $600 million. The city’s trash, meanwhile, gets shipped to landfills in New Jersey, Pennsylvania, and beyond.
Park officials insist the process fully contains all the harmful byproducts of the waste, and that the site is safe for humans, mammals, birds and fish, as regulated by the New York Department of Environmental Conservation; the hard clay at the bottom of the site, they say, does an unusually good job of preventing leachate from seeping into waterways. The last shipment of garbage came in 2001: one million tons of debris from the fallen World Trade Center towers.
“My community visioning sessions are with the sparrows”
Cait Field, research program manager at Freshkills, in her professional habitat. (Laura Bliss/CityLab)
By the time Freshkills closed its gates to waste, the Great Man-era of city planning was dead and buried, too. Public attitudes towards landfills’ environmental impacts had shifted decisively. James Corner Field Operations, the landscape architecture firm known for its work on the High Line and other “adaptive reuse” park projects, won a city-sponsored design competition to turn Freshkills into a flourishing outdoor public space.
Rather than flatten the land into something more manicured and legibly “park”-like, the firm’s vision is to work with what’s there. Miles of multi-use trails, picnic grounds, performance stages, kayak docks, and ball courts will be built into spaces allowed by the trash-formed meadows. “You start with nothing, and you grow, through management, a more diverse ecology,” James Corner, the firm’s founding architect, told New York magazine in 2008: an anti-Moses design philosophy, if there ever was one.
Field and Freshkills’ planners are taking an analogous approach to the park’s wildlife. “We don’t know what will happen, as far as wildlife returning and what will come, because we don’t have a time-point we’re trying to ‘restore’ to,” says Field. Unlike projects that trying to turn back the clock on human destruction—a heavily logged forest in Oregon, say, or a tourist-trampled island in Hawaii—only small sections of Freshkills that were never landfilled can ever be “restored” to the tidal wetlands that once thrived there. Most of the park, on the other hand, has to be gently nudged into serving as something else entirely: an open grassland habitat, a natural setting that’s critically endangered around the U.S. The grasses have so far welcomed a diversity of raptors, sparrows, owls, rodents, bats, butterflies and a host of other local species.
“The birds don’t know it’s a landfill underneath here,” Field says. “They don’t care.”
With a background in animal behavior (her Ph.D work involved communication between fishes), Field thinks carefully about how the park can learn from the animals flocking to Freshkills, and what they’re “saying” as the park’s sections and amenities slowly emerge, drop by funding drop. (The full park cost is almost impossible to estimate, given how entangled it is the mandated process of landfill capping.) While her colleagues in the city solicit residents of surrounding neighborhoods for input on amenities and design, “my community visioning sessions are with the grasshopper sparrows,” she jokes.
There’s an advantage to working with them, rather than humans: “The birds don’t know it’s a landfill underneath here,” Field says. “They don’t care. There’s no perception issue for them.”
The grasshopper sparrows are indeed helping the park make key decisions. Dick Veit, a veteran ornithologist at the College of Staten Island who’s been studying birds at Freshkills since the 1990s, was stunned to find 40 pairs of the small ground-nesting birds—which are listed as a species of special concern by New York State—huddled mostly in the East Mound in 2015. “It was just exceptional,” he says. “Usually if they colonize a new area it’s one pair at a time. But we went from zero to 40 pairs in one year.”
There were far fewer sparrows in 2016, though. Veit isn’t sure why that is, or why the birds preferred the more recently capped East Mound to the others. These are the sorts of question that he and Field are trying to work out, and they may test different grasses to understand.
The same applies for animals living in the streams, creeks, and ponds that course through the park. Seth Wollney, of the College of Staten Island, and Eugenia Naro-Maciel, of New York University*, have long studied turtle populations in freshwater habitats all over Staten Island, and have found that the size and health of the turtle species and microorganisms that colonized Freshkills’ ponds—which were built as rainwater basins to catch run-off from the garbage mounds—are virtually the same as in natural ponds on Staten Island. “It’s a great argument for passive restoration,” says Wollney. What’s artificial has become, more or less, “natural.” “We have this whole new ecosystem. Let’s see what happens”
A painted sign adorns a bridge in Freshkills Park. (Seth Wenig/AP Photo)
The trick for Field and the posse of scientists working on site is to keep what’s working working, and to keep a close watch on what might be lacking. If fewer hawks appear one year, it might call for an extra delivery of small mammal prey to the park. If the turtles fail to reproduce, their breeding habitat might need adjusting. These questions will require years of longitudinal study, with careful monitoring of conditions. But the advantage of being in an environment like Freshkills is that, even if they don’t know exactly “where” they’re headed, scientists know exactly what conditions they started from.
It’s nature, after all, that’s supposed to be guiding the park along—at least for now. Veit, Wollney, and other ecologists have concerns about how viable Freshkills will remain as wildlife habitat once construction on more park amenities gets underway, and once humans begin to use them. The massive project’s progress is slow: Sixteen years after the design competition was announced, the only sections that available to the public are a few ballfields and a greenway on its the outer edges; it’ll be years before the first interior area opens its gates.
But plans to build a publicly accessible road system through the park have Veit worried that the minimum area to truly support bird populations—about 100 continuous acres—will be compromised. And he’s seen renderings with shade trees planted right at the perimeter of the grassy mounds, which look great for people, but could harm grassland conservation efforts. “The parks people keep saying there’s no way we’ll have the money to do all of these things, so that’s working on the side of conservation,” says Veit. “But some of the draft plans have a lot of stuff going on in them.”
Wollney, meanwhile, is concerned about the impact of boating on some of the tidal creek habitats, and—wait for it—people throwing trash in the ponds.
The redemption of Freshkills may never be complete, at least not from the perspective of the wildlife it’s carefully trying to court (and certainly, not as long as New York City is still exporting its garbage to landfills in other states). It’s not nearly as stark as it was during the Moses era of destruction, but the tension between human desires and nature’s needs will always be at the heart of Freshkills. And perhaps that’s fitting, since, at this point, people clearly deserve consideration, too.
“Whole neighborhoods suffered here for 50 years. How do you reconcile that?” says Tatiana Choulika, the principal designer of the Freshkills project for James Corner Field Operations. “Whatever ecologists’ concerns are, this space is never going to be closed to the public. That’s not the point of a big city park like this.”
One thing is for sure: The future of Freshkills’ human-engineered ecosystem looks a hell of a lot better its recent past. It’s laudable that the city has made ecological balance a priority at all—environmental interests could have just as easily been cast aside in favor of a more traditional, people-centric park. Now, it’s about balancing the needs of all the various creatures clamoring for a breath of fresh air and clean grass in an intensely urbanized landscape.
What’s going on at Freshkills can also help be a test-case for other habitat restoration projects, be they landfills, airports, freeway underpasses or traffic islands. One human’s wasted space might be a turtle’s mating paradise. And in some ways, Field says, Freshkills’ example echoes some of the hardest questions in climate science: If you can’t put the earth back to what it was, then what?
“Obviously, it would be better if we hadn’t put trash here,” she says, pulling the Prius out of Freshkills and back towards New York City. “But now, we have this whole new ecosystem. Let’s see what happens with it.”
Patrono da ONU Meio Ambiente, Lewis Pugh, está nadando pelos Sete Mares para pedir proteção aos mares do mundo. Foto: ONU Meio Ambiente.
Campanha #CleanSeas foi lançada nesta quinta-feira em Bali; iniciativa busca eliminar grandes fontes de lixo marinho até 2022, como microplásticos em cosmésticos e desperdício de plásticos descartáveis; se nada for feito estimativas são que em 2050 oceanos tenham mais plásticos que peixes.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
A ONU Meio Ambiente lançou nesta quinta-feira uma iniciativa global para eliminar grandes fontes de lixo marinho até 2022: microplásticos em cosmésticos e o desperdício e uso excessivo de plásticos descartáveis.
A campanha #CleanSeas, ou mares limpos, lançada na Cúpula Mundial dos Oceanos, em Bali, está pedindo a governos que aprovem políticas de redução do material.
Danos irreversíveis
A ação também é voltada à indústria, para que minimize embalagens plásticas e redesenhe produtos. A campanha pede ainda a consumidores que mudem seus hábitos de produção de lixo antes que eles causem "danos irreversíveis" aos mares.
Segundo a ONU Meio Ambiente, mais de 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos, causando grande prejuízo a animais marinhos, à pesca e ao turismo, custando pelo menos US$ 8 bilhões em danos aos ecossistemas marinhos.
A agência alerta que até 80% de todo o lixo nos oceanos é feito de plástico.
A agência alerta que até 80% de todo o lixo nos oceanos é feito de plástico. De acordo com algumas estimativas, no ritmo em que itens como garrafas, sacolas e copos de plástico estão sendo jogados fora após terem sido usados apenas uma vez, até 2050, os oceanos terão mais plástico do que peixe.
De acordo com algumas estimativas, no ritmo em que itens como garrafas, sacolas e copos de plástico estão sendo jogados fora após terem sido usados apenas uma vez, até 2050, os oceanos terão mais plástico do que peixe.
A agência da ONU calcula que neste prazo, 99% das aves marinhas terão ingerido plástico.
Medidas ambiciosas
Durante este ano, a campanha #CleanSeas anunciará "medidas ambiciosas" por países e empresas para eliminar microplásticos de produtos de cuidado pessoal, banir ou colocar impostos sobre sacolas descartáveis e reduzir "dramaticamente" outros produtos de plástico de uso único.
Dez países já se uniram à campanha para reverter o uso do produto, incluindo o Uruguai que irá taxar sacolas plásticas descartáveis neste ano.
O músico Jack Johnson e o ator Adrian Grenier apoiam a campanha. Segundo a ONU Meio Ambiente, "grandes anúncios" são esperados para a Assembleia Ambiental da ONU, em dezembro no Quênia, e Conferência dos Oceanos, em junho, em Nova Iorque.
Um encontro preparatório para a Conferência foi realizado em 15 e 16 de fevereiro, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Na ocasião, o embaixador de Portugal junto à organização, Álvaro Mendonça e Moura, que foi um dos organizadores do evento, conversou com a ONU News e fez um alerta sobre a situação da poluição com plásticos nos mares e oceanos.
O Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) já sofreu com esse tipo de problema no ano passado. Foto: Evelen Gouvêa
Giovanni Mourão Só nesta semana, a cidade registrou dois grandes incêndios em encostas. Autoridades trabalham na prevenção
Apesar do calor, a falta de chuvas e a baixa umidade têm causado transtornos aos niteroienses. Com o tempo seco, é comum que a incidência de incêndios e queimadas dispare. Tradicionalmente, as queimadas aumentam nos meses de outubro, novembro e dezembro, quando a temperatura sobe e os ventos ficam mais fortes. Porém, as altas temperaturas e a pouca quantidade de chuva em Niterói são fatores que favorecem para um alto risco de fogo em vegetação.
Nesta semana muitos moradores de Niterói puderam perceber diversos focos de fumaça pela cidade: o cheiro de queimado, a fuligem e a fumaça apontavam que o município de Niterói está com um alto índice de propagação de fogo em vegetação. Uma das principais medidas que devem ser tomadas para evitar tragédias desse tipo é a prevenção.
Na quarta-feira, uma área de vegetação em Jurujuba foi devastada por um incêndio causado, possivelmente, pela realização de “oferendas” em região de mata seca próxima à Praia de Adão e Eva. Já na quinta-feira, a combustão de entulho provocou dois incêndios de grande porte, nos bairros de Fátima e Caramujo.
A Prefeitura de Niterói informou que, em conjunto com a Defesa Civil, vem realizando rondas preventivas contra queimadas. A iniciativa, chamada de “Niterói Contra Queimadas”, conta com a participação de técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Guarda Ambiental e Clin.
A ronda tem o papel de conscientizar a população sobre os problemas causados pela queima de lixo doméstico, uso do fogo para limpar encostas, entre outras práticas danosas à vegetação e ao meio ambiente que podem acabar gerando grandes queimadas em vegetação e áreas verdes. A prefeitura alerta que, além da imprudência, provocar incêndio em vegetação é considerado crime. Polícia Ambiental intensifica ações - A 6ª Unidade de Polícia Ambiental (UPAm) iniciou ontem a Operação Carnaval 2017, intensificando o policiamento ambiental nas trilhas do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), unidade de conservação que abrange a área de mata Atlântica de Niterói e Maricá.
Durante o carnaval, todo o efetivo da unidade estará percorrendo as principais trilhas do parque e realizando o policiamento ostensivo ambiental em seus acessos.
A praia da Escola de Educação Física da UFRJ, no Fundão: contrato do governo fluminense com o BID para construção de sistemas de coleta de esgoto vence em 20 de março, e instabilidade econômica ameaça prorrogação - Márcia Foletto / Agência O Globo
Estado enfrenta dificuldade para estender financiamento
por Renan Rodrigues 23/02/2017 4:30 / Atualizado 23/02/2017 10:55
RIO - Após décadas de promessas, projetos e metas que nunca foram cumpridas, a despoluição da Baía de Guanabara esbarra agora na crise do estado. Obras do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía (Psam), iniciadas em 2012, poderão ser paralisadas no dia 20 de março caso não entre em vigor o acordo que prevê socorro financeiro da União ao Rio. O Palácio Guanabara diz que aguarda o aval do Tesouro Nacional para estender por dois anos o prazo de vigência do contrato de financiamento do Psam, firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Por sua vez, o órgão federal afirma que a difícil situação econômica do Rio impede a prorrogação.
O Tesouro informou que o estado pediu aprovação para o prolongamento do contrato com o BID em 19 de outubro do ano passado, mas a solicitação foi retirada de pauta “por causa do histórico de honras de garantia de financiamentos do Estado do Rio”.
SECRETÁRIO VÊ DINHEIRO JOGADO FORA
Os investimentos previstos para o Psam chegam a US$ 639 milhões (R$ 1,96 bilhão), sendo US$ 451,9 milhões do BID e US$ 187,5 milhões de contrapartida do Rio. A menos de um mês do fim do contrato com o banco, o governo fluminense informou que foram gastos em obras US$ 82,2 milhões do financiamento e US$ 11,5 milhões da parte do estado — os dois valores, somados, representam apenas 15% do total estimado para o programa. As informações são do Tesouro Nacional.
Antônio Deucleciano da Silva comentava que, quando era pequeno, frequentava a praia, que era linda. Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Segundo o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, licenciado do cargo para as votações do pacote de austeridade fiscal na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), 30% das obras do Psam foram executadas.
— O contrato vence no dia 20 de março. O que vai acontecer? Mais uma vez, as obras vão parar e jogaremos fora o valor já investido em canos e equipamentos. Será um desperdício de recursos. Isso vai contra o interesse público — alerta Corrêa.
— As duas obras em curso tiveram início na minha gestão, em 2015. Elas demoram porque há questões burocráticas, algo comum em um grande projeto. Foram apresentados, por exemplo, diversos recursos por parte da concorrência que ficou fora dos trabalhos. Uma empresa alemã que entrou na Justiça. Há também o Tribunal de Contas do Estado, e o BID segue todo um ritual burocrático.
O Psam prevê a construção de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) em Alcântara, no município de São Gonçalo. Além disso, faz parte do programa a instalação de um tronco coletor na Cidade Nova, no Rio, que seria ligado à ETE Alegria, no Caju.
De acordo com dados da Secretaria do Ambiente atualizados em 31 de dezembro de 2016, apenas 29% das obras da ETE de Alcântara estão prontos. Foram implantados 44 dos 92 quilômetros da rede de esgoto prevista. Foram feitas ainda 5.185 ligações domiciliares, “o que representa um avanço físico de 48%”, segundo o órgão do estado.
Na Cidade Nova, está prevista a instalação de 4,2 quilômetros de troncos coletores para a captação de esgoto do próprio bairro e de Centro, Catumbi, Rio Comprido, Estácio e Santa Teresa. Hoje, o esgoto da região é lançado sem tratamento no Canal do Mangue, que desemboca na Baía de Guanabara. De acordo com o governo, “a cravação do coletor tronco está em andamento com 1.253 metros de rede executada, equivalendo a 29% de avanço físico”.
Três eixos de obras do Psam estão com atividades paralisadas. Dois ficam em Duque de Caxias, que ganharia quase 200 quilômetros de redes e troncos coletores, além de 26 mil ligações domiciliares. O terceiro, em Irajá, atenderia cinco bairros da Zona Norte carioca. O projeto executivo dessas intervenções estão prontas, de acordo com a Secretaria do Ambiente.
O fracasso de vários projetos de despoluição da Baía de Guanabara pode ser traduzido pela redução de sua população de botos-cinzas. Dos 400 registrados em 1995, quando o projeto Maqua, do Departamento de Oceanografia da Uerj começou a monitorá-los, restam apenas 34. Com 17 municípios ao seu redor, que reúnem mais de dez milhões de habitantes, a Baía recebe diariamente cerca de 90 toneladas de lixo.
Entre as tentativas que não deram certo e desperdiçaram dinheiro público está o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), realizado entre 1995 e 2006. O PDBG atingiu a cifra de US$ 1,168 bilhão — o valor previsto inicialmente era US$ 793 milhões, sendo US$ 350 milhões de empréstimo do BID, US$ 294 milhões do banco japonês JICA e US$ 148 milhões de contrapartida do governo do Rio. “Ao final, o projeto recebeu um aporte adicional de US$ 382,6 milhões como contrapartida do governo estadual”, diz a Secretaria do Ambiente, ao justificar o aumento no valor total empregado no projeto.
De acordo com o movimento Baía Viva, o PDBG resultou na construção de quatro estações de tratamento de esgoto e na reforma de outras quatro. Porém ambientalistas afirmam que erros de planejamento tornaram as ETEs ineficientes. Faltaram troncos coletores que ligariam as redes até as novas estações.
— A maior parte das ETEs não trata quase nada. A do Caju é a que mais trata, e só chega a 18% de sua capacidade. São Gonçalo trata 10% e Pavuna, 5% — denuncia Sérgio Ricardo, integrante do Baía Viva.
A Cedae foi procurada pelo GLOBO para comentar os números, mas não deu resposta. De acordo com os últimos dados fornecidos pela empresa, o tratamento de esgoto no entorno da Baía de Guanabara chega a 51%. A equipe de reportagem questionou a Secretaria de Fazenda sobre a quitação dos empréstimos referentes aos programas de despoluição, mas também não obteve retorno.
Pontos de monitoramento da balneabilidade em Niterói. Em verde, representam os pontos em que a praia está "própria" para o banho. Em vermelho, os pontos "impróprios". Mapa do SisGeo, da Prefeitura de Niterói.
Praia de Icaraí está própria para o banho. Apenas dois trechos estão impróprio. Foto: Evelen Gouvêa
Giovanni Mourão
Quem preferiu ficar em Niterói pode aproveitar, já que a previsão é de sol pela manhã nos próximos dias
Moradores e turistas que escolherem passar o carnaval em Niterói vão poder aproveitar bastante o sol na orla marítima da cidade. Isso porque, de acordo com o último boletim de balneabilidade realizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e divulgado no último dia 20, as águas de quase todas as praias niteroienses se encontram próprias para banho.
A análise contempla 29 pontos espalhados pelas 14 principais praias da cidade. Nesse carnaval, na Região Oceânica, as praias de Piratininga, Sossego, Camboinhas e Itacoatiara se encontram totalmente próprias para banho. Apenas a segunda metade da praia de Itaipu não está com a qualidade da água do mar adequada.
Até mesmo nas praias da Zona Sul da cidade, que prometem reunir multidões, pôde ser observado um salto razoável de qualidade. Quem preferir curtir os dias de calor e folia pelo mar da região, vai aproveitar, por vezes, até mesmo águas cristalinas.
Com balneabilidade favorável, as praias da Boa Viagem, Flechas e Charitas são bons pontos para mergulho. O contraste fica por conta de Gragoatá e Jurujuba, que estão com suas águas impróprias.
O monitoramento também contempla a famosa praia de Icaraí, que está apenas com dois trechos inadequados para banho: à esquerda da Pedra de Itapuca e na altura da Rua Mariz e Barros. Na praia do bairro vizinho, São Francisco, o Inea não recomenda o mergulho apenas nas águas da altura da Rua Caraíbas.