sábado, 29 de outubro de 2016

Emissões de gases de efeito estufa do Brasil sobem 3,5% em 2015



Apesar da crise econômica, que em geral é associada a queda de emissões, o Brasil lançou para a atmosfera 1,927 bilhão de toneladas CO2 equivalente no ano passado, contra 1,861 bilhão de toneladas em 2014. A alta ocorreu pelo aumento da taxa de desmatamento na Amazônia

O aumento da taxa de desmatamento na Amazônia no ano passado levou a uma alta de 3,5% nas emissões de gases de efeito estufa do Brasil, na comparação com 2014. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (Seeg), um monitoramento paralelo ao oficial feito pelo Observatório do Clima.


Desmatamento voltou a crescer entre grandes polígonos na Amazônia. Crédito: Tiago Queiroz / Estadão.


Apesar da crise econômica, que em geral é associada à queda de emissões, o Brasil lançou para a atmosfera 1,927 bilhão de toneladas CO2 equivalente (a soma de todos os gases de efeito estufa convertidos em dióxido de carbono) no ano passado, contra 1,861 bilhão de toneladas em 2014. Os números são de emissões brutas, sem descontar as remoções por florestas.

A crise teve reflexo nas emissões do setor de energia, que apresentaram pela primeira vez desde 2009 uma queda (5,3% no ano passado), mas nenhum impacto no desmatamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa anual de perda da Amazônia, entre agosto de 2014 e julho de 2015, cresceu 24% em relação ao período anterior.

O setor de mudança do uso do solo foi historicamente a principal fonte de gases de efeito estufa no Brasil, mas a queda do desmatamento de cerca de 80% entre 2004 e 2012 tinha sido o principal motivo pelo qual o País diminui sua contribuição com o aquecimento global. Segundo o levantamento, agora, porém, houve uma alta de 12% das emissões por mudança do uso da terra, considerando todos os biomas.

O engenheiro florestal Tasso Azevedo, que coordena o Seeg, afirma que as flutuações na taxa de desmatamento que têm ocorrido nos últimos anos têm mantido as emissões quase estáveis (veja no quadro abaixo).

“De 2005 a 2015, a queda de emissões totais do Brasil foi de 39%, mas se fizermos um corte, vemos que isso se concentra de 2005 a 2010 (queda de 42,1%). De 2010 para 2015 ficou praticamente estável (2% de redução no período). Na verdade só tivemos uma redução grande num momento muito curto, quando houve a principal redução no desmatamento. Nos outros setores as emissões continuaram crescendo sempre. As de energia, em dez anos, cresceram 44,7%. No mundo foi de 10%”, disse Azevedo em coletiva à imprensa.





Excluindo a fatia de mudanças no uso da terra, as emissões no Brasil cresceram 24% nos últimos dez anos, movimento parecido com o de outros países em desenvolvimento.

Contramão de Paris. Para Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima, os números de emissões revelados pelo levantamento fazem até parecer que nada aconteceu no Brasil recentemente em termos de combate ao aquecimento global.

Ele lembrou que o País foi a terceira grande economia mundial a ratificar o Acordo de Paris, depois de Estados Unidos e China. Mas que as ações que estão sendo tomadas internamente vão na contramão desse compromisso.

Rittl citou como exemplo a alta do desmatamento (contrária à meta assumida de zerá-lo até 2030), e relativizou a queda das emissões de energia. “Por causa da recessão econômica, as emissões do setor de energia caíram. Mas o que vai acontecer se mantivermos o conjunto de políticas públicas atuais quando a gente voltar a ter taxas de crescimento econômico razoáveis, que deve acontecer nos próximos anos?”, questionou.

“A gente precisa tirar o Acordo de Paris do papel e mudar o rumo da nossa economia. Já que estamos em momento de grandes ajustes, vamos ajustar a economia para que a retomada do crescimento nos leve no rumo da descarbonização”, complementou.

O ambientalista lembrou que apenas 1,6% do crédito agrícola em 2015 e 2016 foi investido no plano ABC (para atividades agrícolas de baixo carbono) e que o plano mais recente de expansão de energia, o PDE 2020-2024, ainda traz um aumento de projeção de investimento em combustíveis fósseis.

“Ainda se acha que a grande solução para o País é o pré-sal. E além disso a gente continua desmatando, por mais que se saiba que a quantidade de pastagem degradada que existe no Brasil é mais que suficiente para permitir que a gente tenha um aumento da produção de alimentos sem precisar cortar qualquer árvore. Por que tudo isso? Porque a gente ainda não tornou realidade o que foi celebrado em Paris”, disse.

Fonte: Estadão Sustentabilidade



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Valor da produção florestal brasileira cai e fecha 2015 em R$ 18,4 bilhões





O valor da produção da extração vegetal e da silvicultura no país em 2015 atingiu R$ 18,4 bilhões, total inferior aos R$ 19,2 bilhões de 2014. A informação consta da pesquisa Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (Pevs) 2015, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (27) com os números relativos às atividades ligadas ao setor florestal.

Os números indicam que, dos R$ 18,4 bilhões, a silvicultura, atividade diretamente ligada à regeneração e plantação de florestas, respondeu por 74,3% da produção, o equivalente a R$ 13,7 bilhões; enquanto os que estão ligados diretamente à extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) participaram com 25,7% (R$ 4,7 bilhões).

Apesar de registrar uma ligeira queda no faturamento em relação a 2015, quando os produtos florestais acusaram valor da produção de R$ 19,2 bilhões, o setor florestal, em especial a produção obtida em florestas plantadas, vem, segundo o IBGE, assumindo, nos últimos anos, “uma posição de destaque no cenário nacional”.

Queda de 2% na produção

Em 2014, os dados do IBGE indicam que, do total da produção florestal de R$ 19,2 bilhões, R$ 14,62 bilhões corresponderam a produtos provenientes da silvicultura (76,3% do total), uma queda de 2% em relação à participação do setor em 2015; a extrativa contribuiu com R$ 4,58 bilhões (ou 23,7% do total), neste caso um aumento de 2% na participação global.

Em entrevista à Agência Brasil, o gerente da pesquisa do IBGE, Luís Celso Guimarães, atribuiu a queda no valor total decorrente da produção florestal “à crise econômica que atinge o Brasil e o mundo, hoje demandante em menor escala de produtos derivados da siderurgia, que utiliza muito carvão vegetal proveniente da silvicultura. A exceção ficou com os produtos voltados para a produção de papel e celulose, cujo aumento da demanda compensou, em parte, a retração dos produtos voltados para a siderurgia e a queda na exportação de madeiras em toras”.

Os dados da Pevs 2015 indicam, ainda, que a participação dos produtos madeireiros na extração vegetal chegou a R$ 3,2 bilhões e a de não madeireiros somou R$ 1,5 bilhão. Na silvicultura, os quatro produtos madeireiros somaram R$ 13,4 bilhões e os três não madeireiros, R$ 292,9 milhões.

Já o grupo de produtos alimentícios foi o que acusou o maior valor da produção extrativa não madeireira em 2015, participando com 69,4%, seguido pelas ceras (14,8%), oleaginosos (8,3%) e fibras (7%) e demais grupos (0,5%).

Embora o número de produtos em crescimento no extrativismo tenha sido menor em relação a 2014 (de 15 para 13 produtos), o açaí mostrou o maior crescimento absoluto (17,9 mil toneladas a mais que em 2014). Já entre os 21 produtos com queda na produção, o maior decréscimo foi o da produção de amêndoas de babaçu (-6 mil toneladas).

Todos os produtos madeireiros do extrativismo vegetal caíram em 2015, “o que está diretamente ligado à crise e à recessão econômica” que atinge o país, segundo Luís Guimarães.

Geração de emprego

O setor florestal, em especial a produção obtida em florestas plantadas, vem assumindo, nos últimos anos, posição de destaque no cenário nacional gerando emprego e renda.

Os dados divulgados pelo IBGE, com base em estimativas da Indústria Brasileira de Árvore (Ibá) – que representa os segmentos de painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas, produtores independentes de árvores plantadas e investidores financeiros – indicam o Brasil como o quarto maior produtor de celulose do mundo, atrás da China, Estados Unidos e Canadá; e o Brasil já é o primeiro em produção de celulose de eucalipto.

“O clima favorável é um forte componente do alto rendimento florestal obtido no país. No Brasil, uma árvore de eucalipto está pronta para corte aos sete anos, enquanto no Chile somente aos 18”, lembra o IBGE. Segundo o Ibá, estimativas apontam o setor como responsável por cerca de 3,8 milhões de empregos diretos, indiretos e resultantes do efeito renda.

Produtos mantêm mesmo patamar

Os principais produtos que se destacaram em função do valor da produção se mantiveram no mesmo patamar em relação a 2014, puxados por alguns alimentícios como o açaí (R$ 480,6 milhões), a erva-mate nativa (R$ 396,3 milhões) e a castanha-do-pará (R$ 107,4 milhões);

O IBGE destaca, ainda, entre as ceras, o pó de carnaúba com R$ 195,6 milhões; nos oleaginosos, as amêndoas de babaçu (R$ 107,7 milhões); e, nas fibras, a piaçava (R$ 101,3 milhões). A soma do valor da produção representou 91,4% total da produção extrativista vegetal não madeireira.

A produção do extrativismo vegetal não madeireiro, em sua maioria, se concentra na região Norte, com destaque para o açaí (93,1%) e a castanha-do-pará (94,9%), e na região Nordeste, onde ressaltam as produções de amêndoas de babaçu (99,7%), fibras de piaçava (96,1%) e pó de carnaúba (100%). Na região Sul, sobressaem apenas dois produtos: erva-mate (99,9%) e pinhão (85,5%).

Crise econômica

A crise econômica afetou todos os produtos madeireiros do extrativismo vegetal em 2015 com decréscimo generalizado na quantidade obtida, tendo à frente o carvão vegetal, cuja retração foi de 21,9%; seguido da lenha (-6,8%); da madeira em tora, principalmente para a exportação (-3,2%); e o nó-de-pinho (-55,3%).

Em consequência, o número de árvores abatidas do pinheiro brasileiro nativo caiu 40%. A demanda industrial, o preço, a disponibilidade de mão de obra na coleta de determinados produtos e a atuação de órgãos de controle ambiental e fiscalizadores – que ora liberam abertura de áreas para a agricultura, ora intensificam a fiscalização (aplicando multas e fechando serrarias e carvoarias) – bem como as condições climáticas, foram fatores que explicam em boa parte as oscilações da produção do extrativismo vegetal. “Nessa atividade, é comum serem observadas flutuações expressivas da produção”, diz o estudo do IBGE.

A produção madeireira da silvicultura tem a região Sudeste como a principal produtora de carvão vegetal (84,6%) e de madeira em tora para papel e celulose (36,9%). A região Sul responde por 65,1% da lenha e 66,6% da madeira em tora para outras finalidades.

A produção não madeireira da silvicultura também está concentrada no Sudeste e Sul – a de cascas de acácia-negra só é encontrada no Sul, enquanto as produções de folhas de eucalipto (94,7%) e de resina (73,7%) estão na Região Sudeste.

Por: Nielmar de Oliveira
Fonte original: Agência Brasil – EBC
Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Portal Amazônia







sexta-feira, 28 de outubro de 2016

WOLBACHIA: Continua a implantação em Niterói de tecnologia inovadora da FIOCRUZ para o combate à dengue, zika e chikungunya

 
 
COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:
 
A tecnologia de inoculação da bactéria Wolbachia em mosquitos como forma de combater a dengue e outras doenças é uma solução inovadora, que está sendo implementada no Brasil pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).
 
As duas localidades escolhidas para testar a tecnologia foram o bairro de Jurujuba (Niterói) e Tubiacanga (na Ilha do Governador).
 
Em Niterói, a Prefeitura e o Projeto Grael são parceiros do trabalho. A sede do Projeto Grael é uma das bases de atuação dos técnicos da FIOCRUZ e local de soltura dos mosquitos infectados. Segundo os técnicos, no próximo verão, momento de maior presença dos mosquitos, espera-se poder colher os primeiros dados da pesquisa em curso.
 
Axel Grael
Vice-Prefeito de Niterói &
Fundador e ex-presidente do Projeto Grael.
 
 

 
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Dengue: ‘mosquitos do bem’ de volta 
 
 
Em projeto experimental, de agosto de 2015 a janeiro deste ano, o bairro de Jurujuba recebeu milhares de ovos infectados com a bactéria Wolbachia. Foto: Agência Brasil / Fernando Frazão.


Uma nova liberação de mosquitos com bactéria Wolbachia vai ocorrer em Niterói e no Rio de Janeiro a partir de 2017, onde vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas. A expansão – que ocorrerá em um prazo de três anos no Brasil e também na Colômbia, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros –, tem o objetivo de combater a transmissão de dengue, zika e chikungunya. O projeto, que vai custar US$ 18 milhões, já foi testado no Brasil por meio de parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates em Jurujuba, e em Tubiacanga, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, entre agosto de 2015 e janeiro deste ano, teve resultados positivos.

Ricardo Barros informou que o projeto deverá ser ampliado em outras cidades isoladas para a gente ver se consegue ter uma avaliação mais efetiva”, disse o ministro.

“Mas isso está em decisão pelo grupo de pesquisa. Decidimos pegar uma cidade de médio porte isolada e ver como se comporta nessas condições o tratamento por meio da Wolbachia”, completou.

Uma pesquisa inédita da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que a bactéria Wolbachia reduz a transmissão do vírus Zika através do mosquito Aedes aegypti. O artigo, publicado na revista Cell Host & Microbe, é o primeiro estudo científico do mundo que comprova que a bactéria usada para tentar reduzir a propagação da dengue também tem eficácia contra o Zika.

Desde 2014, a Fiocruz testa os chamados “mosquitos do bem” como um meio natural de controle da dengue. O pesquisador Luciano Moreira, líder do projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, diz que a nova experiência de laboratório mostrou que os mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia não tem capacidade para transmitir o Zika.

Experiência – “Mostramos isso fazendo o seguinte experimento: tínhamos mosquitos que estavam infectados (com Zika), divididos em dois grupos: com Wolbachia e sem Wolbachia. Depois de duas semanas, coletamos a saliva dos mosquitos dos dois grupos e a injetamos em mosquitos sadios, que nunca haviam visto o vírus (Zika). Quando a saliva tem origem nos mosquitos com Wolbachia, a gente não consegue fazer infecção nos mosquitos (sadios), mostrando que a Wolbachia bloqueou a transmissão do vírus”, disse.

Os pesquisadores defendem que essa é uma alternativa natural, segura e autossustentável para o combate da dengue, zika e chikungunya.

Jurujuba – O bairro de Jurujuba, em Niterói, recebeu em agosto de 2015 milhares de ovos do Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, encontrada no meio ambiente e capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito. A experiência faz parte do projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’. No bairro moram 2 mil pessoas. Conforme o projeto, foram liberados, durante quatro meses, aproximadamente 10 mil mosquitos modificados com a bactéria.

Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e coordenador do projeto no Brasil, explicou que, em Jurujuba, ovos do mosquito com a bactéria foram liberados em pequenos baldes. A experiência ocorreu em 80 residências que aceitaram colaborar com a iniciativa.

“É um método mais simples e mais barato e, em termos de logística, podemos facilitar bastante o processo de soltar o mosquito com Wolbachia.

Fonte: O Fluminense




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Pesquisadores identificam marcador do Antropoceno no Atlântico Sul



Amostras de colunas de lama, conhecidas como testemunhos, foram divididas em fatias, de acordo com o momento de depósito de cada camada de sedimento (foto: Rubens Figueira)

Peter Moon  |  Agência FAPESP

– Os Estados Unidos e a antiga União Soviética conduziram, entre 1945 e 1963, centenas de testes nucleares em terra, ar e mar, para testar e ampliar o seu arsenal nuclear. Os elementos radioativos forjados nas explosões, ao serem ejetados à estratosfera, depositaram-se em toda a superfície. Em 1963, as duas superpotências assinaram um tratado banindo os testes nucleares de superfície, mantendo apenas aqueles subterrâneos, que confinariam a radiação no subsolo.

Mas se o banimento dos testes feitos durante a Guerra Fria eliminou a possibilidade de futuras contaminações, não havia como eliminar os efeitos dos testes nucleares realizados até o momento da assinatura do tratado. Seus elementos radioativos permanecem.

Ao longo de mais de uma década, pesquisadores do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO-USP), em conjunto com colegas do Pará, Pernambuco, Paraná e Uruguai, coletaram em diferentes sistemas estuarinos amostras de sedimentos. Um dos autores da pesquisa no IO-USP foi Rubens Cesar Lopes Figueira, que contou com apoio da FAPESP desde o início – em quatro projetos, com início em 2007, 2009, 2011 e 2014.

Foram feitas coletas na bacia do rio Caeté (Pará), na foz do rio Capibaribe (Pernambuco), no estuário de Caravelas (Bahia), nos sistemas Santos-São Vicente e Cananeia-Iguape (São Paulo), na bacia do Paranaguá (Paraná) e no estuário do rio da Prata (Uruguai).

Ao estudar a composição das amostras, os cientistas detectaram um dado comum: radionuclídeos (traços) do elemento químico césio, na forma do isótopo radioativo césio-137. Radionuclídeos são elementos que emitem vários tipos de partículas e que eventualmente se tornam estáveis.

Usado em radioterapias, o césio-137 é o mesmo do maior acidente radioativo ocorrido no Brasil, em 1987, em Goiânia. Mas a única fonte desse radionuclídeo artificial no Atlântico Sul até a década de 1960 resulta dos testes norte-americanos e soviéticos, destacam os autores em artigo publicado na revista Anthropocene.

Segundo os pesquisadores, a presença de radionuclídeos em matrizes ambientais é uma ferramenta importante para estudos oceanográficos, uma vez que esses elementos químicos registram processos em escalas espaciais e temporais de acordo com seus níveis e distribuição nos sedimentos.

“No caso do césio-137 dos estuários, foram coletadas mais de 30 amostras de coluna de lama na forma de cilindros com 1 a 2 metros de comprimento, que chamamos de testemunhos”, disse Figueira.

Os testemunhos foram divididos em fatias com cerca de 2 centímetros, de acordo com o momento em que cada camada de sedimento foi depositada, as mais novas no topo. Com isso, foi possível estabelecer uma escala de tempo e saber em quais proporções o césio-137 – forjado nas explosões termonucleares americanas e soviéticas, alçado à estratosfera e transportado pelas correntes de ar – foi depositado no litoral sul-americano.

Os pesquisadores também conseguiram identificar com precisão nas amostras de lama coletadas o momento em que o césio-137 foi depositado no hemisfério Sul. Suas quantidades começam a ser perceptíveis a partir de 1954, com o início dos testes das bombas termonucleares de hidrogênio, milhares de vezes mais potentes que as bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki.

“As proporções de césio-137 se acentuaram ano a ano de 1954 até 1963, quando atingiram o pico. Em seguida, devido ao banimento dos testes, declinaram subitamente”, disse Figueira.

Passagem de era geológica

Segundo outro autor do estudo, o doutorando Paulo Alves de Lima Ferreira (http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/152647/metodos-de-estudo-de-parametros-e-processos-de-dinamica-sedimentar-marinha-com-radionuclideos-natura/), colaborador do Laboratório de Química Inorgânica Marinha do IO-USP, embora o césio das explosões tenha sido detectado em todas as amostras, ainda assim o foi em quantidades muito menos significativas do que aquelas detectadas em testemunhos no hemisfério Norte, onde os testes nucleares foram realizados.

“A descoberta desse novo marcador ambiental de césio-137 é um exemplo do trabalho que desenvolvemos. Nosso trabalho consiste em achar marcadores químicos dos mais diversos tipos para estudar os efeitos da era industrial, ou seja, os últimos 250 anos”, disse.

Para estudar esses efeitos está a importância da detecção feita pelos pesquisadores: a possibilidade de o isótopo radioativo ser utilizado como marcador na geologia do Atlântico Sul.

Esse marcador, chamado de modelo estratigráfico, poderá validar a passagem do Holoceno ao Antropoceno – termo cunhado em 2000 pelo químico holandês Paul Cruitzen, ganhador do Nobel de Química, para definir a época geológica atual, dominada pelo homem, e que, segundo Cruitzen, seria fundamentalmente diferente de todas as anteriores.

Desde então, pesquisadores têm discutido o ideia e a Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS), organismo responsável pela padronização da geocronologia mundial, passou a procurar marcadores que possam definir na geologia o momento em que teria se iniciado o Antropoceno.

Descobrir o momento é uma condição necessária para que a ICS possa um dia proclamar o término do Holoceno, a época atual, iniciada há 11.700 mil anos com o fim da mais recente Idade do Gelo, e inaugurar oficialmente o Antropoceno.

O artigo Using a cesium-137 (137Cs) sedimentary fallout record in the South Atlantic Ocean as a supporting tool for defining the Anthropocene (doi: http://dx.doi.org/doi:10.1016/j.ancene.2016.06.002 ), de Paulo Alves de Lima Ferreira, Rubens Cesar Lopes Figueira e outros, pode ser lido em http://dx.doi.org/doi:10.1016/j.ancene.2016.06.002.

Fonte: Agência FAPESP









Guarda-vidas intensificam presença nas praias



Corpo de Bombeiros vai intensificar a presença de guarda-vidas nas praias a partir de novembro. Foto: Divulgação / Marcelo Horn


Objetivo é reduzir o número de afogamentos durante o verão

O Corpo de Bombeiros vai intensificar a presença de guarda-vidas nas praias a partir de novembro. A medida, que ocorre anualmente no período do Verão, tem o objetivo de reduzir o número de afogamentos. Somente este ano, a corporação já realizou cerca de 11 mil salvamentos na orla carioca.

“Este é um número significativo e que cresce exponencialmente na época mais quente do ano. Infelizmente, são muitos casos de afogamentos. Geralmente há banhistas que vêm de bairros distantes da orla e desconhecem os perigos relacionados às praias. Há ainda os casos de ingestão de bebida alcoólica”, afirmou o comandante das atividades de Salvamento Marítimo do Corpo de Bombeiros, coronel Marcelo Pinheiro.

Segundo o oficial, haverá um incremento de 50% no número de guarda-vidas devido à redução da escala, de 12 horas trabalhadas por 60 horas de folga, para 12 horas trabalhadas por 36 horas de folga. Como acontece todos os anos, os militares receberão uma gratificação durante o período. Outros 205 profissionais se somarão ao efetivo, além de 64 bombeiros que passam por estágio.

“O treinamento dos bombeiros militares dura aproximadamente 8 meses. É um trabalho difícil, exigimos muito dos profissionais. Eles correm, nadam, realizam exercícios localizados, aprendem técnicas de salvamento e primeiros socorros e ainda têm que enfrentar o mar de ressaca. O serviço de salvamento no mar realizado pelos guarda-vidas do Rio é considerado um dos melhores do mundo, sobretudo pela eficiência de nossos profissionais”, acrescentou o comandante.

Para agilizar o atendimento à população, o Corpo de Bombeiros também atuará com embarcações de resgate, como as 39 motos aquáticas. Elas são usadas para fazer o patrulhamento na orla, além de auxiliarem nos salvamentos.

Fonte: O Fluminense







Operação Verão começa neste final de semana em Niterói



GM irá disponibilizar 23 agentes neste final de semana, em pontos fixos nas praias da Região Oceânica e rondas periódicas nas praias da Baía. Foto: Lucas Benevides


Giovani Mourão

Como no passado, operação contará com apoio do CISP Móvel

Apesar do número de agentes que foram cedidos ao TRE, a Operação Verão em Niterói começa neste sábado (29). A ação da prefeitura visa minimizar os impactos causados pelo grande fluxo de pessoas que frequentam as praias de Niterói no período de calor. Neste final de semana, o foco das ações será a orientação aos banhistas, comerciantes e motoristas.

A Guarda Municipal irá disponibilizar 23 agentes neste final de semana em pontos fixos nas praias de Itaipu e Piratininga, e com rondas periódicas nas praias de Itacoatiara, Camboinhas e da Baía. O efetivo da GM para esse primeiro fim de semana da Operação foi reduzido para atender uma requisição da Justiça Eleitoral, que solicitou 90 guardas para trabalhar nas eleições.

Além disso, a NitTrans, Guarda Municipal e Polícia Militar vão ordenar o acesso e saída das praias de Niterói. O efetivo da NitTrans na Região Oceânica vai contar com 64 agentes atuando diariamente com o apoio de 4 viaturas, 2 motos, e dois reboques - sendo um deles fixado permanentemente na Praia de Itacoatiara. O objetivo é coibir o estacionamento irregular de carros e motos, manter as vias livres para garantir a fluidez do trânsito, orientando comerciantes e ambulantes para não ocuparem as vias litorâneas, e ordenar os espaços destinados aos ônibus circulares. Outra função é a operação das faixas reversíveis em horários flexíveis para atender a demanda de banhistas.

A partir do primeiro fim de semana de novembro, entrará em vigor a segunda fase, com o patrulhamento reforçado e ações para coibir o estacionamento irregular, a ação de flanelinhas e os ambulantes ilegais, a ocupação irregular do espaço público, e fiscalizar a atuação dos ambulantes regularizados.

Como no ano passado, a operação deste verão contará com o Cisp Móvel, que ficará na Praia de Piratininga, podendo ser realocado em caso de necessidade. O Cisp Móvel é um micro-ônibus equipado com sete câmeras externas e que tem acesso às imagens de todas as câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp). Os agentes irão monitorar a movimentação através de nove telas LCD.

Já neste final de semana, a ação também contará com a participação da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) e Neltur, cada uma atuando em suas competências. A Operação Verão vai até o dia 26 de fevereiro de 2017.

Fonte: O Fluminense






MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Agropecuária é responsável por 69% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil



Brasnorte, MT, Brasil: Árvore em meio a plantação de soja. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O setor agropecuário é responsável por 69% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, segundo balanço divulgado pelo Observatório do Clima – rede que reúne 40 organizações da sociedade civil. Estão incluídos nesse percentual os poluentes decorrentes do processo digestivo dos rebanhos, o uso de fertilizantes e o desmatamento para abertura de novas áreas para a atividade econômica.

O setor de transportes é o segundo maior emissor de gases, com 11% do total. Em seguida vem a indústria (em especial a metalurgia), com 9% e a produção de energia, incluídos a geração de energia e fabricação de combustíveis, com 7%.

Em 2015, as emissões brutas do país chegaram a 1,927 bilhão de toneladas de CO2, 3,5% mais do que o 1,861 bilhão de toneladas registrado em 2014. Os números são do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (Seeg) do Observatório do Clima.

Mudança de perfil

Nós últimos anos, o Brasil tem apresentado uma mudança no perfil das emissões. Apesar das mudanças do uso da terra terem crescido 11,3% em 2015, sendo o fator principal da elevação das emissões, ao longo dos últimos dez anos as relações com o solo têm perdido importância como fonte de poluentes. O lançamento de poluentes decorrentes do desmatamento, em especial para abrir terreno para pasto e plantações, caiu 69% entre 2005 e 2015. No mesmo período, os gases gerados pelo uso de energia cresceram 44%.

“O Brasil tem um padrão de crescimento das emissões muito parecido com outros países em desenvolvimento”, ressaltou o coordenador do Seeg, Tasso Azevedo. Para comparação, ele mencionou que no mesmo intervalo as emissões mundiais de gases estufa cresceram 15%. Ou seja, fora a redução do desmatamento, que segundo Azevedo aconteceu principalmente entre 2005 e 2010, o lançamento de poluentes no Brasil tem crescido.

Na análise por atividade econômica, 82% das emissões do ano 2000 estavam relacionadas à agropecuária, percentual que ficou em 69% neste ano. No mesmo período, os poluentes ligados aos transportes passaram de 6% para 11%.

Em relação às atividades agrícolas e criação de gado, que totalizaram 1,3 bilhão de toneladas de CO2 em 2015, 33% das emissões estão concentradas o Centro-Oeste. Em seguida, vem o Sul, com 20 % do laçamento de poluentes do setor e o Sudeste, com 19%. O estado com maior percentual de poluição desse tipo é o Mato Grosso (12%), seguido por Minas Gerais (11%) e Rio Grande do Sul (11%).

Por Daniel Mello, da Agência Brasil, in EcoDebate, 28/10/2016

Fonte: EcoDebate







Reformado pela Prefeitura, DPO da Vila Progresso é reaberto após sete meses

 
 
Logo após a reabertura, policiais já realizavam ações na frente do novo DPO. Foto: Divulgação.


27/10/2016- A Polícia Militar reabriu na manhã desta quinta-feira (27/10) o DPO (Destacamento de Policiamento Ostensivo) da localidade da Vila Progresso, na região de Pendotiba. O posto foi todo reformado pela Prefeitura de Niterói. Ele ficou fechado por sete meses.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, foi feita reforma das instalações elétricas e hidrossanitárias, troca de louças e metais, e pintura geral. Foram investidos cerca de R$ 20 mil na recuperação da unidade.

O comandante do 12º BPM, coronel Fernando Salema disse que, antes da reforma, as condições do local estavam precárias. Ele afirmou ainda que em nenhum momento houve redução no patrulhamento na região. “Eu queria policiamento nas ruas. Durante todo esse período que o DPO esteve fechado o policiamento foi feito com viaturas, 24 horas por dia. Com a reforma podemos reabrir o Destacamento e atender uma demanda dos moradores da região”, disse, acrescentando que com a reabertura do posto, a viatura vai continuar fazendo o patrulhamento, mas a região ganha o reforço da presença de policiais no DPO 24h por dia.

A secretária de Conservação da Prefeitura de Niterói, Dayse Monassa também comentou a importância da reabertura do DPO da Vila Progresso, destacando que os moradores da região vinham pedindo a reativação do posto. “A localização desse DPO é estratégico e traz mais segurança para a população. Acredito que com a reabertura vai inibir ações de criminosos. Aqui vinha sendo usado como rota de fuga”, comentou.

Os moradores da região estão muito contentes com a reabertura do DPO. Eles dizem que com o policiamento no posto e a ação da viatura a segurança vai aumentar. “Nós moradores chegamos a fazer manifestação quando o DPO foi fechado, mas agora estamos bastante felizes. A gente se sente mais seguro em saber que, se for preciso, podemos recorrer ao posto, pois encontraremos um policial para nos atender”, disse Felipe Souza Bandeira, morador da região.

Fonte: Prefeitura de Niterói







quinta-feira, 27 de outubro de 2016

ESPORTE E CONVIVÊNCIA NAS COMUNIDADES DE NITERÓI: Cavalão vai contar com área de lazer



Espaço no alto da comunidade será destinado para o lazer de todas as idades. Foto: Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói


Projeto prevê a construção de uma quadra de grama sintética, vestiários, além de área de convivência

Os moradores do Morro do Cavalão, na Zona Sul de Niterói, estão em contagem regressiva para ganhar um grande presente em um dia especial. Em 22 de novembro, dia do 443º aniversário da cidade, a comunidade irá ganhar uma nova área de lazer e esporte, com quadra, vestiário, academia da terceira idade, área de convivência e um parquinho para as crianças. O prefeito Rodrigo Neves visitou as obras, na manhã desta quinta-feira (27), aprovando o andamento do projeto e cravando a inauguração para o próximo mês.

“Estamos tirando do papel um projeto aguardado há décadas pelos moradores do Morro do Cavalão. É uma comunidade muito querida pela cidade e merece esse investimento, como o Médico de Família. Temos outros projetos sociais sendo desenvolvidos aqui, na Casa Cidadã, e essa área de convivência, lazer e esporte, agrega a esse trabalho que tem sido feito pela Prefeitura junto às lideranças comunitárias”, informou o chefe do Executivo Municipal, que esteve acompanhado do secretário de Esporte e Lazer, Bruno Souza, de técnicos e engenheiros da Emusa e de membros da associação de moradores da comunidade.

"Estamos tirando do papel um projeto aguardado há décadas pelos moradores do Morro do Cavalão". Rodrigo Neves

O projeto prevê a construção de uma quadra de grama sintética com dimensões de 40mx19m, com alambrado, iluminação e vestiários. Também serão construídos uma academia da terceira idade, área de lazer com churrasqueira e um parque infantil.

“Acho que esse campo da aos moradores da comunidade a possibilidade de desenvolver projetos, como escolinhas de futebol e de outros esportes, então observo como um grande passo para a população do Cavalão”, destacou o secretário municipal de Esporte e Lazer de Niterói, Bruno Souza.

Fonte: O Fluminense







NITERÓI DE BICICLETA: Niterói pretende se tornar referência em cicloturismo



Niterói está recebendo investimentos na implantação de infraestrutura cicloviária. Foto: Bruno Eduardo Alves / Ascom Niterói

Cidade recebeu evento para debater estratégias de desenvolvimento para o ciclismo

A Prefeitura de Niterói pretende elaborar um Plano Municipal de Cicloturismo, em parceria com universidades, sociedade civil e iniciativa privada. Essa foi a principal proposta anunciada no I Encontro para o Desenvolvimento do Cicloturismo, que terminou nesta quinta-feira (27). Na cidade, que está recebendo investimentos na implantação de infraestrutura cicloviária é cada vez maior o número de usuários da bicicleta. Iniciativas para o incentivo do turismo de bike podem transformar Niterói na porta de entrada para o cicloturismo no Estado do Rio de Janeiro, e também contribuir para que cada vez mais pessoas optem pelo transporte sustentável no município.


O evento contou com pedalada por pontos turísticos da cidade. Foto: Bruno Eduardo Alves / Ascom Niterói

 
Segundo pesquisa realizada pelo coletivo Mobilidade Niterói, na ciclovia da Avenida Roberto Silveira, cerca de 86 ciclistas por hora passaram pela via, em dezembro do ano passado. Este ano, o número saltou para 166 por hora. Já na Avenida Amaral Peixoto, no primeiro mês (2013), a ciclovia foi usada por 63 ciclistas por hora. Este mês, nova contagem revela que 120 ciclistas circularam por hora.

Os participantes do encontro, organizado pela Prefeitura, pelas universidades Federal Fluminense (UFF) e Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelo coletivo Mobilidade Niterói, foram unânimes ao afirmar que não se pode dissociar o cicloturismo urbano da discussão sobre mobilidade nas cidades. Para o desenvolvimento do turismo no setor, são necessários infraestrutura, segurança e roteiros planejados. Segundo a Prefeitura, em Niterói, o projeto Niterói Bike Tur, promovido pelo Programa Niterói de Bicicleta, pela Neltur e pela UFF, tem atraído moradores de outras cidades e até mesmo quem vive em Niterói e não conhece muitas das atrações, como os museus.

“Já temos aqui duas inciativas emblemáticas, o Niterói Bike Tur e a Terra Brasilis, agência niteroiense que já recebe há alguns anos turistas estrangeiros através de um programa bem estruturado de cicloturismo. Não estamos falando apenas de uma proposta para o futuro, nós já temos experiências presentes e um potencial muito maior a ser desenvolvido. Tenho certeza de que as pessoas reunidas neste encontro, com seus olhares especializados, saberão apontar esse potencial e até mesmo nos orientar nos futuros investimentos públicos para a implantação dessa malha cicloviária, para que a gente possa cada vez mais atrair turistas para Niterói, que venham para cá olhando a cidade como uma oportunidade para o ecoturismo, através dos parques implantados no município, e para o cicloturismo. Temos aqui o ambiente fértil para que a gente planeje e sonhe com uma Niterói cada vez mais amiga da bicicleta e mais atraente para o turismo”. Axel Grael

Isabela Ledo, coordenadora do Niterói de Bicicleta, programa da prefeitura que tem o objetivo de estimular a cultura cicloviária na cidade, fez uma apresentação no evento com o intuito de refletir como o cicloturismo pode influenciar no desenvolvimento do município.

“A proximidade com o Rio é um desafio para o fomento do turismo em Niterói, que busca o fortalecimento de sua identidade. Podemos dizer que Niterói é a cidade da arquitetura moderna, dos fortes, verde e, por que não?, cidade da bicicleta e da mobilidade”, disse.

A coordenadora listou os motivos que levaram a Prefeitura de Niterói a investir na infraestrutura cicloviária e no cicloturismo – atualmente o município conta com cerca de 35 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas.

“Um projeto voltado para o turismo de bicicleta vai proporcionar diversificação da economia local, valorização do patrimônio natural, arquitetônico, cultural e histórico da cidade, incentivo à mobilidade ativa e sustentável, indução à requalificação do espaço urbano, estímulo à inclusão socioespacial, entre outros benefícios. Temos um grande potencial que já começou a ser explorado no Niterói Bike Tur, que possui quatro roteiros. Com o Plano de Cicloturismo, poderemos ampliar o número de rotas e circuitos e, dessa forma, contribuir para o aumento de visitantes na nossa cidade”, destacou Isabela.


O encontro terminou com um passeio ciclístico guiado, que saiu do Caminho Niemeyer até o Museu de Arte Contemporânea (MAC). Foto: Bruno Eduardo Alves / Ascom Niterói

Cicloturismo na Europa, no Chile e no Brasil

Na abertura do evento, na quarta-feira (26), o vice-prefeito Axel Grael falou sobre a importância dessa temática para Niterói.



Abertura do Encontro. Fotos Alexandre Vieira.


“Niterói está desenvolvendo sua vocação. Somos a segunda cidade do estado que recebe mais turistas, o que torna o município um belo laboratório para que a gente reflita sobre o potencial do cicloturismo", disse Grael.

O vice-prefeito disse que esse não é um tema novo para a cidade: “Já temos aqui duas inciativas emblemáticas, o Niterói Bike Tur e a Terra Brasilis, agência niteroiense que já recebe há alguns anos turistas estrangeiros através de um programa bem estruturado de cicloturismo. Não estamos falando apenas de uma proposta para o futuro, nós já temos experiências presentes e um potencial muito maior a ser desenvolvido. Tenho certeza de que as pessoas reunidas neste encontro, com seus olhares especializados, saberão apontar esse potencial e até mesmo nos orientar nos futuros investimentos públicos para a implantação dessa malha cicloviária, para que a gente possa cada vez mais atrair turistas para Niterói, que venham para cá olhando a cidade como uma oportunidade para o ecoturismo, através dos parques implantados no município, e para o cicloturismo. Temos aqui o ambiente fértil para que a gente planeje e sonhe com uma Niterói cada vez mais amiga da bicicleta e mais atraente para o turismo”.
“Niterói está desenvolvendo sua vocação. Somos a segunda cidade do estado que recebe mais turistas, o que torna o município um belo laboratório para que a gente reflita sobre o potencial do cicloturismo", disse Grael.


O presidente da Neltur, José Haddad, também participou da abertura do evento. Ele ressaltou a importância da bicicleta na vida das pessoas e o quanto Niterói já fez para incentivar o crescimento deste meio de transporte alternativo e saudável, e que pode incrementar ainda mais a atividade turística da cidade, que está se preparando também para essa nova demanda.

"A bicicleta é um dos transportes do futuro e Niterói está atenta para isso. Nós já contamos com 35 quilômetros de ciclovias, nosso túnel Charitas-Cafubá (Transoceânica) terá uma área exclusiva para os ciclistas nas suas galerias”, destacou Haddad.

No primeiro dia do encontro, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de forma detalhada como funciona o setor de cicloturismo na Europa. Em sua palestra, Marcio Deslandes, da European Cyclists’ Federation (ECF), ressaltou o impacto econômico do cicloturismo naquele continente. Experiências de turismo de bicicleta no Chile foram passadas por Cristóbal Pena, da empresa Bella Bike. Também foram apresentados os programas do setor em Santa Catarina, Curitiba, São Paulo e Pernambuco.

O encontro terminou nesta quinta-feira com um passeio ciclístico guiado, que saiu do Caminho Niemeyer até o Museu de Arte Contemporânea (MAC), onde os convidados participaram de uma mostra acadêmica. 

Fonte: O Fluminense



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terça-feira, 25 de outubro de 2016

TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS: Programa Conexão Futura, do canal Futura, mostra parceria do Projeto Grael com a expedição Nômades dos Mares





A expedição francesa: Nômade dos Mares trouxe ao Rio de Janeiro jovens cientistas a bordo de um catamarã. Eles estão percorrendo vários países buscando estudar, desenvolver e realizar protótipos de tecnologias de baixo custo junto com parceiros locais. No estado do Rio, o catamarã ficou aportado na sede do Instituto Rumo Náutico do Projeto Grael, em Niterói.

Entrevistado: Thiago Marques, coordenador de meio ambiente Projeto Grael.
Apresentação: Larissa Werneck

Exibição: 24 de outubro de 2016



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REGIÃO METROPOLITANA: Jaime Lerner propõe Rio sem 'periferia' em 2042





Urbanista defende desenvolvimento de grandes centros para reduzir fluxo no horário do rush

RIO - Como será a Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2042? O urbanista Jaime Lerner sugere uma cidade sem periferia. A ideia foi defendida nesta segunda-feira (24), na Sala Cecília Meireles, na Lapa, durante a apresentação dos primeiros resultados da fase de diagnóstico do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (PDUI-RMRJ).

— O Rio pode ser um exemplo de cidade sem periferia. Não dá para ficar falando em mobilidade só pensando no veículo, no automóvel, em coisas isoladas. A melhor solução de mobilidade é a vida e o trabalho, lazer, tudo junto. Isto é possível — observa Lerner, que participa da elaboração do estudo e desenvolveu estratégia similar para Curitiba, onde foi prefeito por três vezes.

Para Lerner, os pontos centrais dos bairros devem oferecer emprego, lazer e moradia, reduzindo a necessidade de grandes fluxos de deslocamento como o ocorrido no horário do rush. Atualmente, 75% da população economicamente ativa da Região Metropolitana se desloca para trabalhar na capital.

O plano é desenvolvido pelo consórcio Quanta-Lerner e coordenado pela Câmara Metropolitana de Integração Governamental. O objetivo é desenvolver estratégias de ações integradas entre sete eixos estruturantes: expansão econômica; patrimônio natural e cultural; mobilidade; habitação e equipamentos sociais; saneamento e meio ambiente; gestão pública e centralidades e reconfiguração espacial. A previsão é que o estudo — que servirá de base para decisões de governo nos próximos 25 anos — esteja concluído em julho do ano que vem.

Novo modelo de transporte

Jaime Lerner sugeriu ainda que o Rio possa adotar o Veículo Leve sobre Pneus (VLP). O modelo é elétrico, carregável nas estações.

— Hoje estamos trabalhando numa solução de transporte que vai ser fabricado aqui no Brasil, o Veículo Leve sobre Pneus elétrico (VLP). Talvez, a coisa comece em Curitiba. Posso dizer que a qualidade é melhor do que a do metrô, ou tão boa. É agradável, amigo do pedestre. Não tem aquelas separações tão rígidas. Isto pode ser implantado no Rio. Nos lugares onde já tem BRT, então, será super rápido e tem um custo mais baixo que o do metrô e o do VLT — afirma Lerner.

Inúmeras propostas estão sendo debatidas por gestores públicos e representantes das concessionárias, de ONGs e da iniciativa privada. Uma delas, o projeto de desenvolvimento urbano integrado para o eixo Pavuna-Arco Metropolitano, será discutida nesta terça-feira (25) em encontro promovido pela Câmara Metropolitana. Um escritório francês elaborou propostas para revitalizar o corredor de 18 quilômetros que cruza Pavuna, São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita e Nova Iguaçu (Santa Rita). No local, a linha férrea é utilizada apenas para o transporte de carga, mas se debate o uso das margens para adoção do BRT ou outro transporte de passageiros.

Fonte: O Globo






METEOROLOGIA: Estudo desvenda como são produzidas as partículas que alimentam as nuvens da Amazônia


 
Pesquisadores do experimento GoAmazon descrevem na revista Nature o papel das nuvens como transportadoras de partículas entre a superfície do planeta e a alta atmosfera; novo conhecimento deve aprimorar modelos climáticos (Foto: Eduardo César)



Karina Toledo | Agência FAPESP – Um estudo divulgado segunda-feira (24/10) na revista Nature solucionou um mistério que há mais de uma década intrigava os cientistas: a origem dos aerossóis atmosféricos que alimentam as nuvens da região amazônica em condições livres de poluição.

Essas partículas microscópicas suspensas no ar desempenham um papel fundamental para o clima, pois dão origem aos chamados núcleos de condensação de nuvens – partículas sobre as quais o vapor d’água presente na atmosfera se condensa para formar as gotas de nuvens e a chuva, explicaram os autores.

De acordo com novos resultados da pesquisa, conduzida com apoio da FAPESP no âmbito da campanha científica Green Ocean Amazon Experiment (GoAmazon), as partículas precursoras dos núcleos de condensação de nuvens são formadas na alta atmosfera e transportadas para perto da superfície pelas nuvens e pela chuva.

“Há pelo menos 15 anos temos tentado medir no solo a formação de novas partículas de aerossóis na Amazônia e o resultado era sempre zero. As novas partículas nanométricas simplesmente não apareciam na Amazônia. As medições eram feitas em solo ou com aviões voando até no máximo 3 mil metros de altura. Mas a resposta, na verdade, estava ainda muito mais no alto”, contou Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e coautor do artigo.

Segundo Artaxo, que coordena o Projeto Temático “GoAmazon: interação da pluma urbana de Manaus com emissões biogênicas da Floresta Amazônica”, a floresta naturalmente emite gases conhecidos como compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês) – entre eles terpenos e isoprenos –, que são carregados pela convecção nas nuvens para a alta atmosfera, podendo chegar a 15 mil metros de altitude, onde a temperatura gira em torno de 55°C negativos.

“Com o frio, os gases voláteis se condensam e formam partículas inicialmente muito pequenas – entre 1 e 5 nanômetros. Essas nanopartículas adsorvem gases e se chocam umas com as outras, rapidamente coagulam e crescem até alcançar um tamanho em que podem atuar como núcleo de condensação de nuvens – em geral acima de 50 a 70 nanômetros”, explicou Artaxo.

Em altitudes elevadas, acrescentou o pesquisador, o processo de coagulação das partículas é facilitado pela baixa pressão atmosférica, baixas temperaturas e pelo grande número de partículas presentes.

“Até que, em uma determinada hora, uma dessas gigantescas nuvens convectivas gera uma forte corrente de ar com ventos descendentes e, ao precipitar, traz essas partículas para perto da superfície”, continuou Artaxo.


Imagem: Nature, Wang et al.


Achado surpreendente

Parte das medições apresentadas no artigo foi feita em março de 2014 – período de chuva na Amazônia – por um avião de pesquisa capaz de voar até 6 mil metros de altura. A aeronave, conhecida como Gulfstream-1, pertence ao Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), dos Estados Unidos.

Outro conjunto de dados foi obtido entre março e maio de 2014 no laboratório operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) – chamado Torre Alta de Observação da Amazônia (ATTO, na sigla em inglês), que tem 320 metros de altura e está situado na Reserva Biológica de Uatumã, uma área de floresta distante 160 quilômetros a nordeste de Manaus, onde a poluição urbana dificilmente chega.

Medições de aerossóis complementares foram feitas em um conjunto de torres situado cerca de 55 quilômetros ao norte de Manaus, conhecido como ZF2. E também na cidade de Manacapuru, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Manaus, onde está instalada a infraestrutura do Atmospheric Radiation Measurement (ARM) Facility – um conjunto móvel de equipamentos terrestres e aéreos desenvolvido para estudos climáticos, pertencente ao Departamento de Energia dos Estados Unidos.

“Para nossa surpresa, observamos que a concentração de material particulado aumentava com a altitude – quando o esperado seria uma quantidade maior próximo da superfície. Encontramos uma quantidade muito grande de aerossóis nesse limite de voo de 6 mil metros do Gulfstream-1”, contou Luiz Augusto Toledo Machado, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coautor do artigo.

A observação inicial se confirmou quando, no âmbito do projeto Acridicon-Chuva, coordenado por Machado e apoiado pela FAPESP, foram feitas novas medições com uma aeronave de pesquisa alemã capaz de voar até 16 mil metros de altitude. O avião denominado Halo (High Altitude and Long Range Research Aircraft) é administrado por um consórcio de pesquisa que inclui o Centro Alemão de Aeronáutica (DLR), o Instituto Max Planck (MPI) e a Associação de Pesquisa da Alemanha (DFG).

“Notamos que, em regiões poluídas, havia uma quantidade extremamente grande de material particulado próximo da superfície, o que não acontecia nas regiões livres de poluição. Mas, em altitudes elevadas, encontrávamos grande concentração de partículas independentemente do grau de poluição. Agora, este trabalho mostra que a chuva traz essas nanopartículas para perto da superfície, onde formam novas populações de material particulado que atuam como núcleo de condensação de nuvens”, disse Machado.

Como pontuou o pesquisador do Inpe, já se sabia que a chuva limpa a atmosfera, mas não se conhecia o mecanismo pelo qual os aerossóis eram repostos. “O interessante foi ter apreendido que, ao mesmo tempo que a chuva remove os aerossóis, ela traz, em suas correntes descendentes, os embriões [as nanopartículas] que, após crescerem, vão recompor a concentração de aerossóis.”

Segundo Artaxo, a observação foi surpreendente porque quando se ultrapassa a camada limite planetária – altitudes superiores a 2,5 mil metros – ocorre uma inversão de temperatura que costuma inibir a movimentação vertical de partículas. “Mas não levávamos em conta o papel das nuvens convectivas como transportadoras dos gases emitidos pela floresta”, disse.

Os estudos feitos no âmbito do experimento GoAmazon, acrescentou o pesquisador, estão demonstrando que os VOCs oriundos das plantas fazem parte de um mecanismo fundamental para a produção de aerossóis em áreas continentais.

“Os VOCs emitidos pela floresta e as nuvens fazem uma dinâmica muito peculiar e produzem enormes quantidades de partículas em altas altitudes, onde se acreditava que elas não existiriam. É a biologia da floresta atuando junto com as nuvens para manter o ecossistema amazônico em funcionamento”, ressalta Artaxo.

Esses gases, segundo o pesquisador, são jogados para a alta atmosfera, onde a velocidade do vento é muito grande, e são redistribuídos pelo planeta de forma muito eficiente. No caso da Amazônia, parte é transportada para os Andes, parte para o sul do Brasil e parte afeta a própria região da floresta tropical. “Estamos atualmente realizando trabalhos de modelagem para precisar as regiões afetadas pelas emissões de VOCs da Amazônia e transportadas pela circulação atmosférica”, contou o professor da USP.

Como era até agora desconhecido, esse mecanismo de produção de aerossóis não está contemplado em nenhum modelo climático. “É um conhecimento que terá de ser incluído, pois ajudará a tornar as simulações de chuva mais precisas”, afirmou Machado.

O pesquisador do Inpe ressaltou ainda que a descoberta só foi possível graças aos aviões de pesquisa que estiveram em Manaus por meio das parcerias firmadas no âmbito do experimento GoAmazon, uma campanha internacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos conduzida em parceria. “O Brasil ainda não tem uma aeronave laboratório desse porte, o que seria fundamental para o avanço de pesquisas atmosféricas”, disse.

Além do Acridicon-Chuva, coordenado por Machado, e do Projeto Temático coordenado por Artaxo, conta ainda com apoio da FAPESP o projeto “Pesquisa colaborativa Brasil-EUA: modificações causadas pela poluição antrópica na química da atmosfera e na microfísica de partículas da floresta tropical durante as campanhas intensivas do GoAmazon”, coordenado por Henrique de Melo Jorge Barbosa, pesquisador do IF-USP.

O artigo Amazon boundary layer aerosol concentration sustained by vertical transport during rainfall pode ser lido em http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature19819.html.

Fonte: Agência FAPESP